Homem rouba para ser preso e ter médico. O modelo americano de saúde

A cena se passou sexta-feira, nos Estados Unidos, paraíso do pensamento “coxinha” brasileiro.

Timothy Dean Alsip, 50 anos, entra numa agência do Bank of America filial, em  Portland e entrega um bilhete a um dos caixas.

“Isto é um assalto. Entregue-me um dólar”. 

Depois de receber o dólar, Alsip sentou-se no hall de entrada e esperou a polícia, disseram funcionários segundo o jornal OregonLive .

Quando os policiais chegaram ao banco, o Alsip disse que era um “sem teto”  e precisava de assistência médica. 

Como resultado, ele foi jogado na cadeia do condado de Clackamas sob a acusação de roubo em segundo grau com uma fiança de US $ 250 mil.

É a isso que leva um sistema privadíssimo de saúde como o americano, onde a direita se insurge contra qualquer tentativa de medicina pública.

Mas está tudo dentro da lei, como exigem  alguns doutores de jaleco branco ou de toga negra.

Obscurantistas, como os monstros da Idade Média, sobre os quais o Giordano Bruno – o da peça de Bertold Brecht – teve de dizer o seu “eu sustento que a única finalidade da ciência está em aliviar a miséria da existência humana”.

Também nós não devemos ter medo de falar, se não nos fizerem como ao Bruno em Roma, pondo-lhe um pedaço de madeira como rolha à boca.

A ciência, muito menos a ciência médica, pode ser evocada para justificar o abandono de seres humanos.

Idem a lei.

Ambas, se não trabalham pelo ser humano, são odiosas e desprezíveis.

PS. Obrigado a @MoniquePrada pela pauta original

Fernando Brito:

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  • É quando a mafia de branco se encontra com a mafia de preto, para a miséria da humanidade.

  • Na alternativa de o Brasil ter médico alocado ao interior, nacional ou estrangeiro, com remuneração razoável e não ter médico algum nessas localidades não vejo o que debater. Porém, médicos sem suporte de uma estrutura mínima adequada (inatalações, aparelhagem técnica, remédios etc.) pouco podem fazer mais que os curandeiros locais. Quanto à medicina cubana esta é de terceiro mundo e a qualidade profissional dos ali formados é muito aquém da brasileira, por exemplo. Só quem esteve em Cuba (e em Angola) sabe da precariedade da medicina cubana e do país. As instalações das faculdades de medicina em Cuba caem aos pedaços.Fidel, depois de exportar dezenas de milhares de soldados cubanos para lutar em Angola, onde milhares morreram, não deixou de cobrar e receber de Angola uma fortuna. Tempos depois, finda a guerra, exportou médicos que recebiam só $100, 00 por mês ( a parte do leão ficava para o governo cubano) em Angola onde a vida é muito cara e estes ainda economizavam para mandar para suas famílias em Cuba. Dava pena deles, e logo muitos desertaram e se casaram com angolanas. Com a abertura de Angola chegaram jovens médicos de todo o mundo inclusive muitos brasileiros e logo a população local percebeu a diferença de qualidade e passou a rejeitar os médicos cubanos. Hoje Angola já tem faculdades de medicina e custou a se livrar dos médicos cubanos pelos quais pagava muito dinheiro ao governo cubano! Mas Fidel continua escravizando seus cidadãos e é um proxeneta (cafetão) dos profissionais e atletas que vão trabalhar fora. Uma vergonha!

  • Médicos não questionam quanto o hospital paga a empresa que terceiriza a limpeza e o salario minimo que estas empresas repassam ao trabalhador.
    Agora ficam dizendo que a situação dos cubanos é escravidão.

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  • O Calango Seco da Caatinga jogará merda no ventilador do Ébrio Never.

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  • O Imperio respeita o que, se mata milhões com mentiras fajuntas em troca de petroleo.

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