A imbecilidade autoritária e seus falos corporativos

Não toquei no caso dos médicos – último ano, beira da formatura, porque não? – do Espírito Santo que se exibiram, feito os babacas que são, de calças arriadas e gestos, digamos, vulvares, nas redes sociais. Não sou muito chegado a divulgar coisas estúpidas, que amanhã estarão sendo repetidas, com variações, porque este grau de imbecilidade agressiva já anda mais para regra que para exceção.

Não seria, se fosse apenas uma pataquada de jovens viajando, se divertindo, que depois de umas cervejas tirassem umas fotos pelados. Nudez não é pecado. antes é condição natural de todos.

Não há nada de moralismo em condená-los, porém. Ao contrário, moralistas são eles, que querem revestir da autoridade de um jaleco branco e um estetoscópio o poder – pretenso, talvez – que estão prestes a assumir como médicos.

Não são iconoclastas, não querem demolir símbolos, querem é estar entre eles, incapazes de ver que por mais que sejam, serão sempre desprezíveis para o sistema que idolatram e, como acontece neste caso, atirados ao lixo sem cerimônia.

Estes idiotas – e falo com certa piedade, porque todos temos parte nessa “descivilização” do gênero humano – estão apenas exibindo seu poder, porque a ideia de sociedade, afinal, passou a ser a da selva, onde tudo se abre aos fortes, poderosos e portadores de posições que lhes permitem dispor da vida alheia: policiais, promotores, juízes, médicos, gestores públicos, executivos etc…

São os meritocratas, por canudo ou concurso, passaram à condição de seres dominantes.

Eles figuram um caso típico desta afirmação selvagem: a condição de predador.

Suas jubas são seus carros, sua fartura, seu dinheiro.

As presas são, claro, os mais fracos e vulneráveis: pobres, pretos, jovens, crianças, mulheres.

Mas e daí? O dinheiro não é deles, os diplomas não são deles, não são todos propriedade privada a qual cada usa como tem e como quer?

É, assim é na selva.

Olhe em volta, olhe para o que se transformaram as instituições brasileiras e vejam como, tal como eles infantilmente se intitularam “Pintos Nervosos” é outros, por toda a parte, cheios de suas “insinuações explícitas” fálicas, saindo de togas, paletós, e até fantasias de gari.

Fernando Brito:

View Comments (19)

  • ... 'Molleques' &$ covardes &$ inescrupulosos paneleiros de merda do jaleco branco de imundícies mentais!
    "Canalhas, canalhas, canalhas!"
    Perdão aos canalhas!

  • Boa tarde,

    já passou de hora de dá um jeito na turma do judiciário e dos patetas desses médicos!

  • Quando ficar doente, gravemente doente, pedirei a minha família que me levem a um curandeiro ou, no máximo, peguem minha mão e fiquem comigo. Porque cada dia mais que passa, confio menos em médicos ou em hospitais.

  • se eles se expuseram, por que não dar nomes e caras? se não se envergonham de serem imbecis, por que nós deveríamos ter pudor? quantas décadas mais ainda teremos que esperar pela mudança de paradigmas na qual dignidade, solidariedade, justiça e outros conceitos caros à civilização não serão apenas palavras gastas?

  • Por isso um grande professor e médico me disse certa vez - "a única vantagem de ser médico é jamais precisar deles".......tai mais um motivo.

    SÃO LIXO !!!!!! Talvez por isso a recorrente fantasia de GARI do benequinho do Chuchu.

  • 7 idiotas. Capixabas peguem os nomes deles e fujam dos seus consultorios.

  • Já que a cara de cada um está exposta em outros sites, atenção mulheres do Espírito Santo, não se esqueçam dessas caras!
    O Conselho diz que, como ainda não são formados não pode punir, a Universidade; que “repudia qualquer tipo de ofensa a uma profissão tão importante e fundamental como a medicina”. Repudiar, todo mundo repudia, não só a ofensa a uma profissão, como a ofensa aos futuros pacientes.

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