Imobiliária corrupta de SP é braço da Brascan, a velha “dona da Light”

 

A Brookfield Incorporações, imobiliária que  pagou à máfia dos fiscais da Prefeitura de São Paulo, na gestão Gilberto Kassab, não é nenhuma empresinha pequena, sem poder para resistir aos achaques de uma fiscalização corrupta, ainda mais porque a propinagem reduziu, em alguns casos, a menos de 2% o imposto que deviam à municipalidade.

É o braço imobiliário – de alto luxo – da Brookfield Asset Management’s, antes conhecida como Brascan (de Brasil-Canadá), uma multinacional tristemente famosa no Rio e em São Paulo como “Light”…

É curioso que se vende a imagem de que o brasileiro genericamente é corrupto, o servidor público é genericamente corrupto e se apresenta os empresários, sobretudo as grandes multinacionais, como exemplos de eficiência e eficiência.

Siemens, Alstom e, agora, a Brookfield estão mostrando que a história é outra, mas se são apresentadas, depois dos casos aparecerem, como “colaborando com as autoridade”.

Como nos outros casos, conversa fiada. O pagamento de propinas pela Brookfield já tinha sido denunciado ano passado por uma diretora demitida da empresa por supostas irregularidades – tal como na Siemens, com Adilson Primo.

Essa história, felizmente, vai começar a ter fim com a nova Lei Anticorrupção sancionada pela Presidenta Dilma Rousseff, que entra em vigor no dia 1° de fevereiro.

A partir daí, empresa que corromper vai ter de pagar até 20% de seu faturamento bruto – bruto! – de multa e pode ser até fechada por isso. E isso é punição administrativa, sem contar as sanções judiciais.

Mesmo que a empresa queira fazer um acordo de leniência, isso só pode ocorrer se ela procurar espontaneamente as autoridade.

Fernando Brito:

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  • Rico corromper e surrupiar não tem problema. Eles fazem isso para desenvolver o país e gerar emprego. Pegos em flagra, logo se dispõem a colaborar com as autoridades e, de vilões, se transformam em cidadãos beneméritos. Corja!

  • Estou revoltado com a Presidenta Dilma. Aonde já se viu, propor e conseguir aprovar - com esse nosso Congresso - uma lei que penalize as "empresas" corruptoras. Aonde já se viu isso? Mais uma lei pro Poder Judiciário "matar no peito" depois de alguns juristas dizerem que ela é inconstitucional. Aguardemos o desdobramento.
    Tenho dó dessas empresas. Coitadinhas. Pequenininha. "Vítimas" do Estado. Pobrezinhas. E o PIG revela o nome algumas delas, assim assim, sem menor intere$$e. Claro, o portfólio de clientes para anunciar no PIG aumentará e muito depois que ele - o PIG - teve acesso a essa lista. Imagina o repórter e o responsável pela área comercial de um dos veículos do PIG ligando para umas dessas empresas.
    Seria mais ou menos assim o diálogo:
    (repórter) -Alô, boa tarde, a empresa que o senhor dirige está com o nome naquela lista da Prefeitura.
    (empresário) - Ah, é.
    (repórter): - Sim, o que o senhor tem a declarar.
    (empresário): - Meus advogados irão se pronunciar tão logo sejamos notificados judicialmente.
    (repórter): - Sei, mas está tudo bem claro aqui. Mas a propósito, meu Diretor da Área Comercial quer falar com o senhor, assunto de seu inter$$e.
    (Diretor do PIG): - Olha, boa tarde, estamos no fechamento do espaço publicitário pros próximo ano, e com uma promoção em nosso espaço nobre, tudo com um desconto de 50% sobre o preço quadruplicado de ontem, uma verdadeira "Black Friday". Estás intere$$ado.
    (empresário): - Tô nessa (sem titubear).
    (Diretor do PIG): - O senhor é inteligente, a procura está grande nesses dias, tudo isso depois desse famigerado "listão" liberado por esses fiscais corruptos e apurado por essa maldita Prefeitura. Esses petistas vivem atrapalhando os empreendedores, né?
    (empresário): - Isso mesmo, o senhor captou o espírito da coisa. Mas em 2015 isso volta às nossas mãos. Estamos juntos!
    (Diretor do PIG): - O que é isso! Nunca duvide disso. Sempre foi assim, não iríamos deixar os parceiros de sempre na mão. Grato pela preferência, estamos a disposição, e vamos aos costumes. Assim, de grão em grão, garantimos nossa sobrevivência e mantemos as coisas como sempre foram, né? Passar bem. Pena que o nosso amigo Marcos Valério não poderá fazer a campanha publicitária.
    (empresário): - Isso mesmo, vamos em frente, abraços.
    (Diretor do PIG): - Abraços.
    E após desligar o Diretor do PIG fala ao repórter.
    - Sabe, essa matéria ia dar um trabalhão, né? Ainda bem que arrumamos uns anúncios pra encher de vida e core$ o nosso veículo de informação.
    Pano não tão rápido.

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