A redução a zero dos impostos sobre a importação de feijão´de países vizinhos, anunciada ontem com estardalhaço pelo Governo, não vai ajudar baixar o preço do produto significativamente.
Primeiro, porque o feijão disponível para importação é o argentino, preto, que foi o tipo que menos subiu, comparado ao feijão de cor, o carioquinha. (Que, aliás, carioca não come).
Segundo, porque a área plantada em grandes empreendimentos deu lugar à soja, por conta da recuperação do preço desta commodity, o que o feijão não é, porque não tem preço internacional.
A situação só não é pior porque dois terços da produção de feijão brasileira vem da agricultura familiar, que não muda de tipo de produção com a mesma facilidade de produtores de maior porte, quando se trata de lavoura sazonal, que pode ser mudada (ao contrário das perenes, como o café).
O Plano Safra, que está sendo demonizado nesta discussão do impeachment, é vital para culturas como a do feijão, que já mal se sustentam economicamente. Na agricultura, deixar que os preços e as “leis do mercado” governem tudo é mortal, social e economicamente, para o país.
O resto é emergência e demagogia.
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Boa parte da sabotagem da economia promovida com finalidade de derrubar o governo legítimo vai estourar no colo do "presidente" do golpe. Mas é bom que o povo burro se f_da de verde e amarelo. Quem sabe assim passe a ser menos burro. Se o povão analfabeto político zumbi da globo não sentir na pele e no estômago as consequências de ter feito papel de besta, não vai se mexer contra estes saqueadores.
Livre mercado é uma pinóia! Agricultores e pecuaristas brigam pra entrar na união européia e estados unidos, onde existem barreiras, e todo o tipo de subsídio!
Como o problema é sazonal, por que é que não se tem um subsídio até a regularização da situação?
E o estardalhaço que se faz por isso? Até parece que o brasileiro ultimamente consumia só feijão. O atum subiu, o salmão também. Mas pobre tem é que comer arroz e feijão. Rico come haddock, aspargos, trufas, mas isso não vem ao caso!
Vão bora Ademário!
Já de há MUUUUITO tempo deveria haver leis obrigando grandes proprietários de terra a entregar aos reguladores estatais, pelo preço mínimo, ao governo "X" toneladas de produtos da cesta básica por hectare, plantados em sua área.
É ridiculo o Brasil ter qualquer problema com alimentos: somos os maiores produtores MUNDIAIS de alimento!