Não é só com o aeroporto que a cúpula da campanha de Aécio Neves está preocupada.
A continuidade da tendência de queda dos índices de inflação, apesar do terrorismo diário dos jornais (a capa de O Globo, hoje, é um primor), vai eriçando as penas do tucanato.
A queda anunciada hoje pela Fundação Getúlio Vargas – deflação de 0,61% – é o dobro do que os -0,3% previstos pelo “mercado” no último Boletim Focus, uma publicação do Banco Central que se assemelha à cartinha do Santander.
Mais do que a queda, a terceira seguida – assusta o tucanato que tenha continuado a acontecer – o IGP do 2° decêndio, fechado 10 dias antes, tinha registrado queda de 0,51% – e, sobretudo, que siga firme a queda no índice de preços ao consumidor, que caiu à metade em relação ao mês passado.
É um “terror”, porque a continuidade é que gera a percepção pública de que a alta dos preços “sossegou”, o que é seu mais importante termômetro de avaliação da economia, num quadro de desemprego baixo como o que temos.
Semana que vem, o IBGE divulga o IPCA, que deve ficar em torno de 0,15% e só não vai praticamente “zerar” por conta do brutal reajuste das tarifas elétricas, “cortesia” da Aneel que acredita na “petição de miséria” alardeada pelas geradoras, que choram os lucros que previam com estiagem.
Uma delas, a Tratecbel, lucrou “apenas” R$ 73 milhões no segundo trimestre porque “guardou” energia para vender na segunda parte do ano, esperando preços mais altos. É, como se lembram os mais velhos como eu, aquela história do “boi no pasto”.
Boi elétrico, claro.
A essa hora, no alto comissariado tucano para a economia, todas as esperanças se concentram numa mulher.
E claro que não é a Dilma, mas Janet Yellen, chefona do Federal Reserve americano.
Torcem para ela voltar atrás e retirar de uma vez só os estímulos à liquidez (conhecidos como “quantitative easing”) da política monetária americana e provoquem uma corrida – improvável – dos capitais aplicados aqui.
O FMI, sempre porta-voz dos interesses do capital financeiro, voltou com a lenga-lenga dos “cinco frágeis”.
A reação do governo brasileiro à essa história se explica como um recado na base do “não vem que não tem” para o Fundo.
Até porque, agora, no campo financeiro, a aliança dos Brics engrossou nossa voz.
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Depositei R$ 50,00 hoje, "anonimamente". Mês que vem deposito mais. Parabéns pelo Blog!
Não tem tempo ruim para o PiG e para a oposição (embora sejam a mesma coisa):
espirro na inflação = inflação descontrolada, quiçá hiperinflação pré-Real;
deflação ou inflação próxima de zero = economia desaquecida, quiçá recessão.
O que vale é a linguagem. A guerra é comunicacional.
NO fim do governo Lula, surgiu a estratégia de colar no ex-presidente a herança maldita da inflação que deixara pra pobre da Dilma (não nos esqueçamos que no começo o PiG quis criar, sem sucesso, uma cizânia entre o ex e a atual presidente).
Cansei de mandar mensagens e e-mails, inclusive para jornalistas, com os resultados da inflação de 2002 (último de FHC) e 2010 (último de Lula). NInguém parecia dar bola.
MAs a questão é de informação.
O PT sempre comeu muita bola, deixando esses discursos vigorarem sem contraponto.
Então, esqueçamos. Com inflação ou sem inflação, o discurso vai ser da economia em frangalhos e ponto final.
Como diria PHA, quem mandou não fazer a "Ley de Medios"!
Os piguentos são assim mesmo. Na entrevista de Dilma com alguns "jornalistas" do PIG esta semana, um deles chegou a afirmar em sua pergunta que o desemprego teria aumentado e a renda estaria caindo. Falou isso diretamente para Dilma. Ela respondeu e o corrigiu, mas para os telespectadores que não sabem sobre os números da economia, essa jogada dos jornalistas do PIG acaba funcionando,eles vão martelando as mentiras ao público constantemente e as pessoas ficam cada vez mais desinformadas, acreditando nas mentiras. Mas, 11 anos, e nada de se regulamentar o que a Constituição (de 1988!) determinou sobre a mídia, fazer o que?
Pois é, Ricardo.
O governo poderia ter deixado o controle remoto de lado e ter entendido que o PiG segue à risca um ensinamento do... do... De quem mesmo?:
"repita uma mentira mil vezes até que ela se torne verdade".
A inflação fora de controle já é uma dessas "verdades" e eu sou testemunha de que mostrar tabelas em PDF do Banco Central comparando a inflação do último ano de FHC e a atual não adianta nada.
O que são fatos quando comparados a "mentiras" repetidas um milhão de vezes na Globo?
Ei Dona Luiza Trajano... Mais um e-mail pro cavaleiro mor do apocalipse de Manhattan. Sir Manhardi Connection!!!
Como? A imprensa e os "economistas de prateleira" não pregam, diuturnamente,que não vai ter amanhã, que a economia quebrou, o Brasil fechou e salva-se quem puder.
(hehehe)
Estes idiotas pensam que o povo brasileiro e formado, majoritariamente, por imbecis.
Há sinais claros de que o povo em geral está tendendo a não acreditar mais nas projeções caóticas da mídia sobre a economia e outros aspectos de implicações políticas. A mídia está a um passo para atingir o descrédito generalizado. A completa desmoralização das previsões apocalípticas sobre a copa, sobre os estádios, os aeroportos, a hospedagem e a mobilidade para os turistas, ficou muito clara para todos. A rede das mentiras midiáticas é uma malha sutil, onde qualquer rompimento leva a imprevisíveis consequências. Talvez a atual repercussão do caso/aeroporto e a consequente desgraça do Aécio, estejam relacionadas com o sucesso da copa e o rompimento severo da malha de mentiras da mídia, embora este seja um tema para muita investigação por parte de competentes estudiosos. Durante a Copa, cada depoimento positivo de turista era uma alfinetada na mídia, por suas erradas previsões com interesse político. O acontecimento todo foi uma facada quase mortal no peito da credibilidade da mídia. É tarefa urgente da situação aproveitar a faca enfiada e aprofundar o golpe.
Acho que a situação dos PSDbostas irá piorar muito até a eleição. Aécio já está dando sinais que tem telhado de vidro. Muita coisa ainda virá à tona, aguardem.