A segunda prévia do Índice Geral de Preços de Mercado, divulgada hoje pela Fundação Getúlio Vargas confirma que, apesar da queda do dólar depois das eleições norte-americanas, a inflação não deve ceder tão cedo.
Conhecido como “inflação do aluguel” (para o que já não serve faz tempo), o IGP-M de 3,05% alcançou a inacreditável marca de 21,7% desde o início do ano e de 24,25% em 12 meses.
Mais útil como indicador dos custos empresariais, que correspondem a 60% do índice, é sinal que não cessaram as pressões de custo de matérias-primas e demais insumos da produção.
A isso, soma-se outra pressão: a orçamentária. Como os gastos com previdência e benefícios de seguridade social são vinculados ao INPC, que ficará 2% acima dos 2,09% previstos pelo Governo em agosto deste ano, cria-se um rombo extra de mais de R$ 8 bilhões no orçamento público.
Como os gastos não dão nem sinal de poderem diminuir e a receita não acelera, é mais déficit.
O Governo não tem de onde tirar dinheiro para manter o auxílio que vem sustentando Jair Bolsonaro.