A expectativa de inflação dos bancos e financeiras, notoriamente moderada, continua sua trajetória de alta de sete meses contínuos.
Passou para 9,33%, contra 8,59% esperados há quatro meses. E nos números fornecidos durante a semana passada, a alta já sobe a 9,46%, sempre no acumulado de 31 de dezembro.
Vai ficando claro que os 10% de inflação anual, de janeiro a dezembro, não devem ficar abaixo dos 10% e 11%, no caso do INPC, que mede a perda de valor para famílias com renda até 5 salários mínimos, a inflação dos pobres.
As projeções para o PIB para o ano eleitoral de 2022 ficaram mais pessimistas: dos 3% que se previa ao início do ano, baixaram a 1%, por enquanto. Mas devem cair mais, como devem subir os prognósticos de inflação, que já chegou a 4,63%, bem perto do limite superior das previsões do BC, de 5%.
Da mesma forma, apesar das previsões, ninguém aposta um tostão furado nos indicadores do ano que vem.
E com razão, porque segundo o Valor, o diretor de Política Monetária do Banco Central já admitiu um aumento que superaria a 1,5% na taxa de juros oficial, no levando a Selic já a 9,5% na reunião do Conselho de Política Monetária dos dias 7 e 8 de dezembro, a última deste ano.