A decisão, recém-anunciada, do ministro Luiz Edson Fachin vai apressar a queda de Michel Temer.
É que a imunidade presidencial não se aplica a crimes cometidos durante o mandato e o “cala-boca” da JBS a Eduardo Cunha se enquadra nesta categoria.
A sede com que a Procuradoria Geral da República, desde que Temer acenou com a possibilidade de não reconduzir Rodrigo Janot ou o mais votado da lista tríplice para chefiar o órgão faz antever uma ação rápida, ainda mais que as gravações, ao que tem sido divulgado, traçam um quadro muito claro do comportamento do ocupante do Planalto.
Ajuda, também, o fato de estar se esvaindo velozmente sua base de apoio. Para o PPS falar em largar cargos e para o PSDB, seu partner no golpe romper com o “Meu Governo, Minha Vida” que lhe deu Temer é sinal de que não sobra quase nada a ele.
Temer, que mataria a longo prazo a viabilidade política dos seus aliados, parece que, agora, pode mertecer a frase de Aécio Neves: “mata antes”.
A campanha por eleições diretas é algo que não tem de esperar nem mais um minuto para ser desfechada.
Hoje, no Rio e em São Paulo, ainda de forma embrionária, vai-se sentir o pulso da indignação fartamente realimentada.
Se Temer tivesse alguma grandeza, seu pronunciamento daqui a pouco seria de renúncia.
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Grandeza de político brasileiro? Não, não há.
São até nisso vagabundos, em geral....
Fernando Brito, eu sei que sua última frase é retórica mas, se ele tivesse alguma grandeza não teria feito o que fez.