Israel, o menino arrogante por conta do grande irmão

O Brasil sempre cultivou as melhores relações com Israel.

Foi, aliás, um brasileiro que presidiu a criação de seu Estado, Oswaldo Aranha.

Nunca partiu de nosso país um ato sequer de agressão diplomática contra o estado israelense e se algo o Brasil fez foi participar das decisões da Assembléia-Geral da ONU que, há mais de 30 anos e sem sucesso, pedem o reconhecimento dos direitos dos palestinos.

O fato de nosso país reagir, chamando seu embaixador, depois do massacre de mais de uma centena de crianças na faixa de Gaza é, dentro das regras diplomáticas, uma atitude severa, mas que não se confunde com qualquer ofensa ao Estado de Israel.

Mas a cobertura que os Estados Unidos dão a qualquer – repito, qualquer – atitude de Israel deixou o governo de Tela-Aviv assim, como um menino mimado que só aceita que lhe aplaudam as atitudes, inclusive a de desfechar um bombardeio em larga escala contra instalações civis e, miseravelmente, crianças.

É por isso que Israel reagiu com, essa sim, agressão de chamar nosso país de “anão diplomático”.

Qualquer país dotado de um mínimo de racionalidade tentaria demover o Governo brasileiro, apresentaria argumentos, defenderia, se é que isso é possível, seus atos.

Israel não tem racionalidade porque não precisa ter. Se a tivesse não teria tido a empáfia de nos agredir como agrediu.

Julga que não precisa de ninguém, porque tem a cobertura de seu irmão muito maior, os EUA, que lhe  permite todas as suas traquinagens.

E o torna, a cada dia, mais enlouquecido em fazer o que acha que tem o direito de fazer, inclusive bombardear Gaza, uma nesga de terra onde, por isso, cada vez mais ódio a Israel fermenta.

E fermenta também o ódio dentro de Israel, que se faz representar em governos adeptos do diálogo zero e do força total.

Mas Israel passou dos limites ao dizer que o Brasil dá  “suporte ao terrorismo” .

É um desrespeito ao nosso país e as comunidades judaica e árabe que aqui vivem e convivem em harmonia.

O Brasil não deve das “uns cascudos” diplomáticos em Israel.

De ir logo falar com o grande irmão que o protege.

E dizer publicamente que, em matéria de crianças, quer todas, as israelenses e as palestinas, vivas.

E não mortas a bomba.

Fernando Brito:

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  • fora do contesto e um pouco atrasado, mas vocês não podem deixar de assistir o programa globo rural do dia 13 de julho agora, isso mesmo, o programa é da globo mas por algum milagre falou a verdade do Programa Federal tão criticado pela mídia Mais Médicos, o milagre é que mostra a verdade e está salvando milhares de pessoas pelo Brasil à fora http://globotv.globo.com/rede-globo/globo-rural/t/edicoes/v/medicos-melhoram-as-condicoes-de-saude-em-regioes-agricolas-distantes/3492395/

  • E as centenas de foguetes que o Hamas (inimigo da humanidade) disparou e ainda dispara no território de Israel?
    Até mesmo o mundo árabe está condenando esses terroristas que se tornaram mais fortes e a única forma deles pararem é jogando todos os israelenses no mar. Pelo menos é isso que eles declaram abertamente.
    Foi um erro o governo brasileiro ter se posicionado daquela forma e acabou tendo a resposta.

    • Cidadão, vc está querendo comparar foguetes feitos de encanamentos de metal e latas emendadas com mísseis guiados por GPS? É isso mesmo?
      Israel se tornou - infelizmente para a memória dos milhões de judeus mortos por eles - uma trágica contrafação dos nazistas: só é gente quem seja judeu ortodoxo, cidadãos de outros credos e "etnias" não têm os mesmos direitos dos judeus, mesmo suas famílias vivendo naquele território por séculos, os palestinos, em especial, são todos terroristas medonhos (e esquecem dos "feitos" da Haganah!). Direitos civis só existem para quem apoia o governo, ser oposição de verdade, divergir desses métodos desumanos, mesmo para judeus, é risco de prisão e maus tratos.
      Os árabes estavam lá fazia mais de mil anos quando começou a migração hebréia, no século XIX. São alienígenas reivindicando um direito que a nenhum outro povo se concede - Ou alguém pensa em devolver as Américas aos povos ameríndios, a Austrália aos aborígenes, etc.
      Vai demorar, mas um dia os EUA não poderão mais sustentar essa loucura. E aí o povo de Israel vai sofrer as consequências de alimentar tanto ódio em ambos os lados...

    • Pirou Wagner?
      As "centenas de foguetes que o inimigo da humanidade disparou" fizeram 30 vítimas, entre elas apenas 3 civis, e é um erro o governo brasileiro se posicionar contra a desproporcionalidade da reação que já vitimou 800 palestinos, e não cessa?
      E o Hamas é que é inimigo da humanidade!!!?

  • Israel se tornou um estado pária e covarde. O povo judeu é muito maior que isso e, por consequência, deve tomar consciência das atrocidades cometidas sem seu nome. Sob o risco de passar a ser comparado a outros, cujos mandatários de ocasião tornaram-se assassinos, em nome de justificativas de triste memória para eles próprios.

  • Em primeiro lugar é inaceitável que um Estado se refira a outro dessa forma desrespeitosa.

    E quem é Israel pra falar em relativismo moral quando ocupa terras palestinas há mais de 40 anos e expande seu território a custa dessas terras?

    Óbvio que qualquer ser humano digno não pode achar normal a morte de civis inocentes,sejam palestinos ou israelenses,mas o Hamas é sim um instrumento de resistência dos palestinos contra a opressão da ocupação de Israel.

    E pra finalizar,antes ser um anão diplomático do que moral.

    • Gigante diplomático para Israel foi a Alemanha de Hitler.

      Quando o anão moral Israel elogiar o Brasil, aí sim ficarei preocupada.

  • Se para Israel o Brasil é um anão político, para mim e para o Brasil, Israel é um micróbio moral. Assassinos de crianças indefesas.

  • Israel e o sionismo se utilizam do holocausto, até hoje, para se vitimizar, enquanto assassina crianças inocentes em Gaza. O que é isto?

    • Industria do holocausto-- de Norman Finkelstein. Escrita por um professor judeu americano da Universidade de Nova York, filho de judeus egressos do Gueto de Varsóvia e sobreviventes do campo de concentração de Maidanek e Auschwitz, o livro é uma denuncia da exploração política, ideológica e financeira do Holocausto pelas grandes organizações judaicas internacionais. Para Norman G. Finkelstein, ...as atrocidades nazistas transformaram-se num mito americano que serve aos interesses da elite judaica, sendo que nesse sentido, o holocausto transformou-se em Holocausto (com h maiúsculo), ou seja, numa indústria que exibe como vítimas o grupo étnico mais bem sucedido dos Estados Unidos e apresenta como indefeso um país como Israel, uma das maiores potências militares do mundo, que oprime os não judeus em seu território e em áreas de influência. Nesse seu último livro, Norman Finkelstein mostra que o extermínio de judeus durante a Segunda Guerra foi transformado em uma representação ideológica que defende interesses de classe e sustenta políticas. O número de sobreviventes nos campos de concentração é exagerado segundo o autor, para chantagear bancos suíços, indústrias alemãs e países do Leste Europeu em busca de indenizações financeiras. A luta feroz por indenizações teria como efeito colateral insuflar o anti-semitismo na Europa. Israelenses e judeus americanos são hoje a grande força de opressão, perseguindo palestinos e negros americanos. Finkeltein não nega e existência do holocausto como fato histórico, denunciando porém o Holocausto, como uma submissão dos fatos a uma interpretação interessada, no caso a política de autoconservação do Estado de Israel apoiada pelos Estados Unidos.

  • Há mais de 60 anos Israel vem massacrando os palestinos e roubando suas terras. A violência do Estado judeu é patrocinada pelos Estados Unidos, com a complacência da ONU e apoio da União Europeia. Quem critica este genocídio é tachado de anti-semita, terrorista ou coisa parecida.
    E o mundo se cala diante desse absurdo.

  • Defendo que todos os paises que não se sintam moralmente confortáveis com as carnificinas no Oriente Médio, cortem relações econômicas, comerciais, técnicas, etc. com o Estado Palestino e Israel. Acho que é a unica forma que leve, principalemente, Israel a buscar a paz e a devolução da maior parte possível das terras palestinas, sem o que, com certeza, não haverá paz.

  • Israel e seu primeiro ministro é que se tornaram anões morais, assassinos de crianças e população civil tem que calar a boca frente a indignação de nações civilizadas como o Brasil.

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