Além dos países que formam os Five Eyes, ou Cinco Olhos (Reino Unido, EUA, Canadá, Austrália e Nova Zelândia), os documentos vazados por Snowden revelam que o serviço secreto norte-americano partilhava seus segredinhos sujos com um outro país.
Segundo reportagem de Greenwald publicada há pouco em seu blog, Israel também lê nossos emails. A NSA, principal serviço de inteligência do governo americano, entrega a seus colegas de Jerusalém todo “material bruto” obtido com a espionagem realizada em escala mundial.
A expressão “material bruto” se refere a documentos não analisados previamente pela NSA para identificar informações sensíveis sobre cidadãos americanos.
O acordo ultra-secreto entre a NSA e o órgão de inteligência do governo israelense não é nenhuma surpresa para quem analisa, mesmo que superficialmente, a geopolítica dos EUA para o oriente médio.
Uma confirmação documental, contudo, é sempre benvinda.
Na matéria de Greenwald, o espanto se concentra no fato da NSA partilhar dados pessoais de cidadãos americanos com Israel.
Desde meados de 2011, diz o repórter, EUA e Israel mantêm um acordo secreto, sem força de lei e sem valor diplomático. Nos documentos vazados, a NSA pede que o serviço secreto israelense tome cuidado ao lidar com informações referentes a cidadãos estadunidenses. Quanto aos segredos de cidadãos de outros países, aí vale tudo.
Aqueles hippies paranóicos, caricaturizados em tantos filmes, vivendo em trailers e obcecados com teorias de conspiração envolvendo o imperialismo americano e Israel, não eram, afinal, tão malucos assim.
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Me espantaria se Israel não lesse nossos emails.
Para aqueles que formão sua opinião lendo revista veja e assistindo a jornalismo da globo ou a folha de sao Paulo.