Se as eleições não tivessem outros méritos, só este já seria maravilhoso: faz a elite brasileira perceber que, afinal, existe um povo por aqui.
Hoje, a colunista da “massa cheirosa”, Eliane Cantanhêde produz um artigo em defesa da garotada da periferia que anda fazendo “rolezinhos” nos shoppings paulistas.
Claro, eles podem e devem entrar nos shoppings o quanto quiserem.
Aliás, só podem fazer isso porque eles e seus pais tiveram um expressivo aumento de renda nos últimos anos.
É uma imbecilidade – e uma ilegalidade – recebe-los a polícia, como foi (e é) uma imbecilidade receber a cassetete as manifestações contra o aumento do preço dos transportes coletivos.
Mas só um tolo não percebe as intenções dos “cheirosos aliados do povo” com esta onda em torno dos “rolezinhos”.
Uma gente que, na beira da eleição, defende o direito da gurizada de classe média baixa ou da pobreza de entrar nos shoppings.
Mas que durante anos vociferou contra o direito de entrarem na Universidade, pelo sistema de cotas.
Ou no mercado de trabalho, pela falta de vagas.
Ou até de comerem, com o Bolsa-Família.
Exceto os empedernidos, que acham que podem barra-los com liminares, os mais espertos assumem o discurso de uma radicalidade democrática que jamais tiveram.
A direita cheirosa sente o cheiro da oportunidade.
E sua colunista-símbolo já se fantasia de “madrinha do rolé”, saudando o fato de que ali não estão os meninos ricos, “que não têm mais a ALN, a Polop, o partidão, nem ditadura, para protestar”, como se a luta contra uma ditadura sanguinária fosse “zoar” numa praça de alimentação.
Esperemos a chegada do Arnaldo Jabor e do Merval Pereira, de bermuda grunge e boné.
A democracia e as eleições, afinal, são uma festa que tem lá seus ares de carnaval.
Muita gente sai fantasiada.
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Esta vestimenta eles sabem usar muito bem : Farsa.
O Fernando Brito se enganou com o seu comentário "como se a luta contra uma ditadura sanguinária fosse “zoar” numa praça de alimentação". O que a Catanhêde queria dizer é que o pessoal que lutou contra a ditadura, agrupando-se em ALN's, Polop's, partidão, etc., esse pessoal era composto por meninos ricos, que não tinham o que fazer (e, como não existiam shoppings, foram lutar contra a ditadura.
Repare que, a certo momento, ela fala que se houvesse a proibição (dos jovens entrarem nos shoppings) seria "lenha na fogueira". Ou seja, permitir sua entrada não por direito, mas para evitar "desagradá-los" com o medo de que sigam seu instinto primitivo e se tornem violentos.
Ela esta tentando tirar proveito. Mesmo que a elite esteja apavorada com essa situação inusitada de ter seu espaço invadido por pobres. As manifestações quando feitas nas ruas não atingia tão diretamente a elite que se resguardava. lembrem que foi só chegar ao Leblon para mudar a receptividade em relação aos manifestantes que passaram a ser baderneiros, vândalos e marginais.
Sabemos que existe um limite muito tênue entre manifestação, rolezinhos e vandalismo baderna. A mídia sabe disso. Entretanto, vislumbrando tirar proveito não só estimulou mas infiltrou baderneiros para criar as mesmas condições de 1964 que descambaram para o golpe. Sem chances nas urnas, a direita viu a manifestação como unica e derradeira saída para derrubar o governo. Repetiu padrões conhecidos quando provocou o suicídio de Getúlio e o golpe de Jango. Castanhêde pensa que pode se aproveitar dos rolezinhos para causar a desordem e culpar Dilma. Está enganada. Pois a baderna esta sendo feita na casa dos 1% - donos dos shoppings, templo do mercado, o deus da elite - e atingindo os consumidores coxinhas seguidores do PiG. A linha esta sendo ultrapassada. Resta saber contra quem a corda quebrará.
a elite tar kerendo uzar manifestaçao de junho a seu favor,eraum contra tds as inclusoes sociais agora ven defender o q.
em junho as manifestações do passe livre começaram pacificas até o governo de são paulo reprimir com violencia que acabou por gerar toda a indignação que em solidariedade se espalhou pelo país; agora de novo o cenario se repete com os mesmos ingredientes, só mudando o nome de "passe livre" pra "rolezinho"; a direita sabe que a unica chance de voltar ao poder é criar um quadro de grande instabilidade social no país com quebra-quebra nas cidades, inviabilizando a realização da copa e assim dar condições que justifiquem(?) o cancelamento das eleições; estaria com isso armada as condições que o stf precisa pra decretar o afastamento da presidenta, nomeando alguém realmente capaz de administrar com competencia o país; a certeza é que dessa vez não será um general; talvez algum dos nossos nobres ministros do stf que fariam esse sacrificio pelo bem do brasil
Algum ministro? O ministro já está escolhido e preparado e não é o meu mui ético e competente Lewandowski.
Perfeita análise! Ensaio para a Copa. Os da massa cheirosa vão ser os animadores dos protestos, podem escrever.
Essa "molecada" nunca foi impedida de entrar no shopping.
Em condições normais eles entram e consomem como qualquer outro morador do bairro de Itaquera, que aliás, não possui "elite branca de olhos azuis" como querem fazer crer alguns dos utópicos colegas nossos, de pensamento mais a esquerda do que a própria esquerda.
O fato é que "rolezinho" é só desculpa para tumulto, baderna e furtos, que são praticados nestes eventos, dentro e fora dos shoppings.
Quem não acredita, sugiro "participar" de um destes "eventos", ou então que mande seus filhos participarem, de preferência sózinhos com um tenis de marca e um celular na mão, para ver se voltarão, ou não, descalços, sem dinheiro e sem celular e com alguns hematomas pelo corpo.
Vamos glamurizar menos.
Não se trata de "manifestação" legítima e sim de formação de quadrilha para a prática de crimes.
fica permitida a formação de (quadrilha) cartel nos certames licitatórios do governo de são paulo, contudo, meia duzia de membros da patuleia nos shoppings não será permitido e tal ocorrência será rigorosamente reprimida pelos caninos adestrados e fardados!
Manifestação do povo para os cheirosos pode, desde que se delimite o espaço e o lugar onde se possa fazer as manifestações, ou seja, nas ruas das periferias da cidade. Não pode no Leblon, Ipanema, Morumbi, Higienópolis. E só pode contra Lula, Dilma, PT e cia.
Quanto aos rolezinhos, só pode nos shoppings o da classe media alta comemorando a entrada nas faculdades.
Enfim as mascaras caíram. O rei está nu.
Tudo o que a elite não queria invasão de seu espaço irá ocorrer como desdobramento das manifestações que apoiou para tenra manipular contra o governo petista.
Catanhede pegou carona no palpite de um sujeito que disse que a moçada da periferia tinha direito à diversão e aconselhou o prefeito a liberar o sambódromo paulista. Nisso, a Catanhede pensou, vamos nos incomodar um pouquinho e deixar o rolezinho acontecer nos shoppings para provocar medo e instabilidade. São só 10 meses até outubro. Apenas um detalhe, nesse dia rico fica em casa, já avisado. Isso bem lembra os arrastões nas prais do Leblon e Ipanema em época de eleição.Teve uma em especial, quando Benedita foi candidata a governadora. Nos arrastões, mesmo que não houvesse roubo, o tumulto já era grande. Periferia, se você não está sendo paga por algum (alguns) partido (s), não seja usada. Porque se estiver recebendo já é coisa de mercenário fora da lei. Reclame seu direito de ir e vir. E ao lazer e à cultura (embora, cultura seja um pouco pobre nos shoppings).
A globo esta a defender - ARROCHO SALARIAL - o fim do reajuste do salario minimo que dá condições ao pobre de manter seu padrão de compra, de consumo e frequentar os shoppings para comer BIG MAC, olhar vitrines e fazer seus rolezinhos.
Quem sabe assim empobrecidos eles param de frequentar o templo do mercado: os Shoppings.
A proposta da Globo é a ultima e derradeira esperança do coxinha para se ver livre da massa mal cheirosa em seu espaço.
Qualé! Agora os democratas de esquerda, mas que adoram dar respaldo à direita, a Cantanhede é o melhor exemplo, estão assanhados, como fizeram com os vândalos do black block, querem defender esse absurdo de grupos de manifestantes (ou seriam militantes de alguma linha auxiliar da direita?, convocarem um encontro no pátio de um centro de compras, centenas deles, alguns com máscaras, para em seguida adentrar no recinto gritando, berrando palavras de ordens, correndo, pulando e escalando o que puderem, até que sobrevêm a quebra de lojas como já tem acontecido. Claro está que essa não é a maneira adequada para se portar nesses ambientes, e seus donos fazem muito bem em tentar impedir essa tentativa de invasão de espaços privados, defendendo entre outras coisas seus clientes e a imagem da casa. Não tem nada de desrespeito a direitos humanos. São ações válidas para evitar problemas e prejuízos. Quer dizer que a Democracia deve dar respaldo a essa gente, que nada têm de democratas. Ou são inocentes inúteis ou o mais provável: mercenários pagos para perpetrar atos de terrorismo, porque de terrorismo se trata, para amedrontar pessoas pacíficas que estejam nesses ambientes, comprando ou divertindo-se. À frente, as eleições e muitos defensores desses absurdos dizem repudiar a oposição. Quem tem esses apoios vê a oposição dar pulos de alegria. É tudo que quer. Conturbar o ambiente.