Janio: Bloc, agressividade à flor da pele

Janio de Freitas lutou muito pela democracia para ser condescendente com quem a ameaça. Seu artigo de hoje na Folha é cru  como deveria ser.

Os direitos que temos a todos nos obrigam ao dever de conviver. Nosso direito à vida não pode ser tolerante com que ameaça ou extingue a vida alheia, gratuitamente.

Sua leitura é indispensável:

Um Amarildo sem polícia

O disparo do rojão foi muito esclarecedor da índole criminosa que muitos ainda negam ao ‘black bloc’

A razão que levou Fábio Raposo Barbosa a se apresentar à polícia, por conselho de um advogado, é perceptível: está no seu braço. Ao usar manga comprida em sua apresentação à polícia, ele quis, e conseguiu, que ninguém prestasse atenção no seu braço, ali ou depois. O braço já dizia tudo a seu respeito. Sua agressividade já se expõe no tipo de imagem escolhido para tatuar-se: arma, punhal e lâmina de ataque. Estavam à vista no dia da baderna e terminariam por ser observadas para a busca de identificá-lo. Melhor apresentar-se com uma ficção e tatuagens à vista.

O disparo do rojão foi muito esclarecedor da índole criminosa que muitos ainda negam ao “black bloc”, use ou não esse nome. As imagens móveis mostram que Fábio e seu comparsa caminham em direção determinada, não ao acaso. O segundo avança para depositar o rojão em certo lugar do solo. E, é nítido, ajeita-o para ficar precisamente assim: em direção a uma pessoa de pé, sozinha, tão desprevenida que nem percebe o que se passa ali –está de costas, e é para suas costas que aponta o artefato conduzido por Fábio Raposo e apontado por seu comparsa.

Uma poderosa bomba de fogo e som em velocidade fulminante, dirigida, deliberadamente, contra uma pessoa indefesa. “Não havia a intenção de matar¨ E precisaria haver? O que foi decidido fazer, o que foi feito, como foi feito e por que foi feito dispensava qualquer consideração sobre consequências.

Um Amarildo sem a PM. Foi esse o primeiro aspecto.

Continue lendo na Folha.

Fernando Brito:

View Comments (15)

  • Que raiva! Queria que este texto fosse meu. Muio bom esse Janio de Freitas.

  • Ainda bem que esse jornalista Jânio de Freitas refez sua trajetória em tempo.
    Ele, a um período atrás, estava trilhando pelo mesmo caminho dos conhecidos jornalistas recionários que, dia e noite, articulam golpes contra o governo petista.
    Seus artigos têm sido coerentes e lúcidos.

  • Um bando de covardes mascarados!

    Dilma, Zé da Justiça, vocês querem ganhar a eleição?? A maioria do povo brasileiro que trabalha é contra esse tipo de grupo terrorista, apenas os que querem lhes derrubar estão com eles. O governo Federal precisa utilizar toda sua inteligência para desmascarar esse grupo mascarado e mostrar para a população quem são eles, precisam de punição os que insultam ao depredamento e a violência gratuita, precisam ser punidos também aqueles Blocs que não usam máscaras e insultam a violência e o quebra-quebra todos os dias no horário nobre na TV. Esse país não tem lei? Não tem constituição? Não tem ministro da justiça? Não tem Governo Federal para proteger a população, a imagem do país? Parece que não.

  • O Congresso deveria baixar a "Lei Santiago" contra atos de vandalismo e terror nas ruas.

  • Como é que algumas pessoas acreditaram que as ações desse grupo representavam,segundo eles mesmos,uma violência simbólica? Ou não sabem o que é um símbolo ou nunca chegaram perto de alguma violência.A única analogia que posso fazer dessa violência concreta é a imagem em retrocesso da nave (tecnologia) voltando no seu percurso para a mão do primata em forma de clava, logo no início do filme 2001 - Odisséia no espaço.

  • Quem continua impune é o duble de jornalista Boechat. A policia deveria indiciar esse sujeitinho atiçador de baderna. Não pode ficar na sombra da Band impune. O que ele tem a dizer agora a família de seu colega. Tem que tomar vergonha na cara e fazer um jornalismo isento, se ater aos fatos. Se quer fazer politicagem que entre pra politica.

  • É muita cara-de-pau!!! Diego Escosteguy, diretor da Época (e ex-reporter da
    Veja, tendo sido responsável por grandes barbaridades cometidas pela revista-esgoto, como aquela "reporcagem" de capa de título "Caraca! Que dinheiro é esse?") agora culpa os pequenos blogs de esquerda (que criticam o "jornalismo terrorista" que os rola-bosta da grande mídia nativa praticam) pela morte do cinegrafista Santiago. Tampe o nariz e leia:
    http://oglobo.globo.com/rio/um-rojao-espera-de-mais-fatalidades-11567945

  • Precisou morrer alguém. E os apoiadores do "Não vai ter Copa", os partidos à esquerda da esquerda que se igualam à direita mais canalha, à mídia golpista e hipócrita, será preciso morrer alguém da família para descobrirem que o que querem é autofagia, que para chegar ao poder não pode ser a qualquer preço? O basta é agora ou, vai ficar muito pior.

    • Será que lá no fundo da consciência, esses lixos de apresentadores que dedica seus programas de esgoto,a insuflar o povo e principalmente os terroristas de plantão, contra a copa, não se sentem um pouco culpados pela morte de um ser humano, trabalhador, pai de família e acima de tudo colega de trabalho?

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