Do mestre Janio de Freitas, na Folha de hoje:
Agora ficou mais fácil compreender o que se tem passado no Brasil. O poder pós-impeachment compôs-se de sócios-atletas da Lava Jato e, no entanto, não há panelaço para o despejo de Moreira Franco, ou de qualquer outro da facção, como nem sequer houve para Geddel Vieira Lima. Não há panelaços nem bonecos inflados com roupa de presidiário.
Logo, onde não há trabalhador, desempregado, perdedor da moradia adquirida na anulada ascensão, também não há motivo para insatisfações com a natureza imoral do governo. Os que bancaram o impeachment desfrutam a devolução do poder aos seus servidores. Os operadores políticos do impeachment desfrutam do poder, sem se importar com o rodízio forçado, que não afeta a natureza do governo.
Derrubar uma Presidência legítima e uma presidente honesta, para retirar do poder toda aspiração de menor injustiça social e de soberania nacional, tinha como corolário pretendido a entrega do Poder aos que o receberam em maioria, os geddeis e moreiras, os cunhas, os calheiros, os jucás, nos seus diferentes graus e especialidades.
Como disse Aécio Neves a meio da semana, em sua condição de presidente do PSDB e de integrante das duas bandas de beneficiários do impeachment: “Nosso alinhamento com o governo é para o bem ou para o mal”. Não faz diferença como o governo é e o que dele seja feito. Se é para o mal, também está cumprindo o papel a que estava destinado pela finalidade complementar da derrubada de uma Presidência legítima e de uma presidente honesta.
Não há panelaço, nem boneco com uniforme de presidiário. Também, não precisa. Terno e gravata não disfarçam.
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Da facada mortal desferida covardemente nas costas do Brasil, Aécio era apenas a faca...
As críticas que Janio de Freitas fez ao PT eram justas. Nunca disse ou insinuou uma mentira sequer. Mas jamais fez coro aos mervais e às urubólogas. Mestre Jânio nunca defendeu o golpe. Apenas elucidava o que estava acontecendo. Quando Dilma reconduziu Janot à PGR e não ameaçou o PMDB quando Cunha botou suas garras de fora e se fez presidente da Câmara, selou sua sorte. Mesmo que você seja defensor da Natureza, se houver hienas por perto e você estiver perdido na selva e armado, precisa mandar bala.
Bandidos querem atuar nas sombras, liberdade para roubar o cidadão, para roubar o país.
As delações já foram homologadas, Já foi escolhido o relator. Tanto situação como oposição querem o fim dos sigilos porque as defesas estão cegas. O Brasil quer transparência, quer o fim dos sigilos.
O fim dos foros privilegiados que só alimenta a ladroagem na câmara e no senado.
O fim das celas especiais para a elite de bandidos. A prisão especial por escolaridade contraria a constituição brasileira, fere a isonomia, cria privilégios e reafirma distinção de classes perante as leis.
Fernando Brito, recomendo uma visita no currículo do nosso querido Alexandre de Moraes(antes que apaguem):
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4771215A7
É uma pérola da encheção de linguiça. Basicamente ele pegou panfleto de Congressos e foi copiando e colando os títulos em seu currículo, como quem pendura enfeites em uma árvore de Natal. Na correria pra entrar no STF, até o "Almoço" aparece entre os eventos acadêmicos:
196-Almoço - Palestra.RESPONSABILIDADE SOCIAL E FEBEM. 2005. (Outra).
Outro evento bacana:
362-.A CONSTITUIÇÃO DE 1988. 1989. (Encontro).
Ele só atrasou um ano... mas quem liga?
Já homenageava Temer academicamente desde 2012... agora vai ficar imparcial!!! Ainda bem!!!
9-MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional Contemporâneo - Homenagem ao Professor Michel Temer. 1. ed. São Paulo: Quartier Latin do Brasil, 2012. v. 1. 959p .
Mas alguém ainda tinha dúvidas de que o golpe foi dado apenas para "parar a sangria"? Venho dizendo isso desde janeiro do ano passado. Aí está a "gran finale".