Jair Bolsonaro, hoje, no Twitter, diz que “estudos” de Paulo Guedes “mostram” que se gerarão 4,3 milhões de empregos com a aprovação da reforma da Previdência.
Os tais “estudos”, claro, não aparecem. São tão reais quanto a “mamadeira erótica” que ajudou o ex-capitão a se eleger.
A tal geração de empregos, ainda que se admita ser real, por um eventual aumento de contratações por empresas que já não tenham de pagar previdência a seus empregados (o que é duvidoso, porque para a maioria será, simplesmente, menos custo, porque a necessidade ampliar a mão-de-obra, sem aumento de demanda, inexiste), é uma balela do ponto de vista do desemprego.
O emprego/desemprego se refere à população em idade de trabalho. Quando se posterga a aposentadoria, é evidente, também se posterga a saída de pessoas do mercado de trabalho. Ou continuam empregados nos anos que se lhes exige a mais de contribuição ou vão engrossar o exército de desempregados.
É claro que o quadro vai se repetir entre os que se aposentam por idade, aceitando qualquer coisa que lhes permita contribuir ou, pior, sendo incapazes de completar a cota de 20 anos e ficando condenados a receber o Benefício de Prestação Continuada, aos 70 anos.
O impedimento e a postergação das aposentadorias por tempo de contribuição, apenas eles, vão fazer com que se deixe de abrir perto de 20 mil empregos por mês na economia. E por idade, mais uns 15 mil.
Isso dá, num horizonte de quatro anos, 1,5 milhão de empregos que não se abrem. Ou se abrem, porque as pessoas mais idosas, com mais facilidade, vão ser substituídas por outras, contratadas no regime de capitalização, sem obrigações previdenciárias.
Com efeito zero, claro, sobre os índices de desemprego. Mas desastrosos sobre o recolhimento da Previdência.
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Temos que prestar bem atenção no que foi dito no twiter . Isso vai acontecer na matriz , lá pras bandas do grande irão .
Tem uma forma dessa reforma gerar empregos.
As multinacionais escravagistas se mudam todas para o Brasil, onde a exploração do trabalho estará amparada por lei.
Obviamente, vão produzir apenas para exportação, pois os 10% da população representados pelos muito ricos e pelos seus capatazes não darão conta de consumir o que for produzido.
A riqueza gerada pela nossa mão de obra baratésima e sem direitos vai para o exterior.
E o Brasil se transformará na senzala do mundo.
Fake News?!. Não! É mais uma MENTIRA BOL$Onarista!
Chover no molhado, mas... era só tirar a Dilma que as empresas iriam investir. Depois era só aprovar a reforma trabalhista que os empregos iam voltar (Um ano depois, reforma trabalhista não gera empregos esperados https://veja.abril.com.br/economia/um-ano-depois-reforma-trabalhista-nao-gera-empregos-esperados/). E agora isso. Sinceramente, tem que ser muito jumento pra acreditar nisso!
SEM CONTAR AS PESSOAS QUE ENTRAM NATURALMENTE NO MERCADO DE TRABALHO...
ENFIM, A VENEZUELA É AQUI MESMO!
AFUNDA BRAZZZIL!
Cadê a comparação com a Reforma Tributária, Reforma sobre a Concentração Bancaria, a Tributação de ganhos especulativos, lucros e dividendos e a taxação de Fortunas?
É o jeito simples de contar mentiras, fala o que é possível provar mas não mostra as provas, se mostrar estará se desmentindo. Se é que existe algum estudo.
Que o povo morra de fome, o Bozo já garantiu a aposentadoria aos 33 anos. Depois disso só curtindo uma contribuição de campanha da JBS!
Com a confessa vontade que o Bozo tem de legalizar milícias, as vagas a serem abertas devem ser para contratação de 4,3 milhões de milicianos.
Será uma grande oportunidade dele regularizar a situação trabalhista do Queiroz e família!
Olhando o avatar do coiso eu me pergunto: tá rindo de quê? Segundo dados oficiais (é assim que ele gosta, né?) o Censo do IBGE diz que, de 2000 a 2010, a população aumentou em 21 milhões. E as pessoas que estão chegando ao mercado de trabalho estão nessa geração. Rateando-se entre 4 anos de mandato, esse governo tem a responsabilidade de gerar emprego para 8,4 milhões de pessoas. Então seria bom ele já ir dizendo qual será o truque para gerar a OUTRA METADE dos empregos necessários (e isso para manter a taxa de desemprego atual).