Duas colunas e uma revelação: a nossa grande imprensa perdeu o pudor de que a Justiça em nosso país seja exercida com dirigismo.
Ou seja, que aquela venda dos olhos de Têmis dê uma levantadinha e veja o que pode ser tratado por quem.
Miriam Leitão é mais discreta e apenas sugere a indicação de Sérgio Moro para o STF en passant, mas cobra de Cármem Lúcia uma “solução criativa” para a redistribuição dos processos da Lava Jato que estavam com Teori Zavascki.
Diz que o novo relator deveria ser, segundo as palavras do próprio Teori sobre a magistratura, “alguém que não tenha perdido a capacidade de condenar nem de absolver”.
Seria bom que dissesse quem perdeu esta condição, mas é melhor ainda que atente que guindar Sérgio Moro à corte suprema do país, em meio a um julgamento em que ele é o maior exemplo de quem perdeu de absolver e apenas condena é, mesmo ele ficando impedido nos julgamentos, constranger o STF num caso onde o falecido Teori tinha anulado e repreendido o juiz paranaense por realizar e divulgar escutas ilegais.
Já Eliane Cantanhêde, mais desabrida, fala na necessidade de “encontrar brechas” no regimento do STF:
A escolha do novo relator da Lava Jato, a maior investigação de corrupção de todos os tempos, tem de seguir o regimento, mas deve também recorrer às brechas para evitar uma pessoa errada, na hora errada, no lugar errado – o oposto de Teori.
Também ela faria um favor aos seus leitores se dissesse quem seria, e porquê, a pessoa errada, na hora e errada e no lugar errado de ministro do Supremo. Mas faz um desserviço à Justiça quando prega buscar brechas para uma solução dirigida, por se tratar de um caso “excepcional”.
A lei é – ao menos deveria ser – para todos e tratar algo como exceção na Justiça é transformar o tribunal num tribunal de exceção, o que é uma ofensa à Constituição e ao Estado de Direito. Mais ou menos como fizeram os que deram a Moro, apesar da decisão de Teori Zavaski, de não sofrer sanções por aquelas ações absurdas.
Os dois absurdos narrados, porém, já escandalizam a muito poucos, tamanho o dirigismo judicial em que mergulharam nosso país, onde – como lembrava Teori Zavascki – um juiz já não tem condições de absolver ninguém sem tomar a culpa de cúmplice.
A única excepcionalidade que se pode e até se deve permitir neste processo, se é que se busca a lisura, é sortear em “papeizinhos” o novo relator da lava Jato, para evitar qualquer suspeita de que, face à série de coincidências, alguém possa imaginar que o sorteio eletrônico do STF tenha, nos casos que possam atingir Lula, indicar Gilmar Mendes como relator, como em um punhado de vezes recentes.
View Comments (10)
Paula Alfafa Lins: você entendeu o texto? Foi mesmo o blogueiro quem disse isso? Se achas que sim, você tem sérios problemas cognitivos. Leia de novo o texto. Se ainda não entender, leia de noco, de novo, de novo. Se bem que não vai resolver várias leituras, pois você é muito burra.
Os marinhos e frias podem não combinar em seus negócios em que foram sócios, mas nos negócios PÚBLICOS há um entendimento imediato.
Escalam seus capacho e esses capachos imediatamente mandam o recado em conformidade com o desejo de seus DONOS.
É o Brasil da desorganização e acéfalo.
É o reino da DITADURA dos endinheirados.
Será que os marinhos e os frias combinaram com os RUSSOS?
Paula lins não existe fisicamente, ela certamente é uma sombra de Eliane Catanhede, ou de Janaina, ou K.Cataguiri, ou Anécio Cunha, ou ... ou .... Assim, não tenham isso como referência. Ela não tem real identidade, é robô, troll , fake , ou ... ou .... Em frente.
Viram o Zanchetta ? Sem assunto, fóra de eixo, muda o rumo da prosa. Pois é, não tem identidade, nem corpo físico. É Robô virtual .
Viram a sintonia da Paula com o Zanchetta?
Acompanhem os robôs e verão a linha de conduta e sintonia deles e aí poderão definir o que realmente são. Meras sombras da gLobo, da Éporca, Vexa-me, Isto Não é, Filha da ... SP, etc
Já conseguiram,há bastante tempo,DESAVERGONHAREM-SE de qualquer pudor,desde que façam e escrevam,o que O AMADO PATRÃO LHES ORDENAR. Prostituíram-se por LIVRE ARBÍTRIO ! Arbitrado naturalmente,por qualquer PATRÃO !
Na verdade, de forma escancarada, a midia bandida começa a indicar os ministros do judiciário, usurpando a competencia do Presidente da República. Desculpem-me prezados leitores, a nossa presidencia da república, realmente está vaga.A casa da mãe joana.
Se moro for indicado para o stf, não poderá ser relator da farsa à jato!
Simples assim.
Já bastam as exceções que por aqui aportam.