Quem acompanhou com um pouco mais de profundidade o golpe na Ucrânia, sabe que ele foi apoiado por grupos neonazistas, que são bastante fortes no país, e recebeu dinheiro dos Estados Unidos, abertamente ou via serviço secreto.
A foto abaixo é do blog Deadline. Mas há inúmeras fotos na internet mostrando que os neonazis compunham a vanguarda armada dos protestos.
Ou mesmo que não se tenha certeza disso, deve-se analisar a situação com prudência. É óbvio que se trata de uma conjuntura geopolítica extremamente complexa. Não é prudente festejar um banho de sangue que não trouxe nenhum resultado social, econômico ou político positivo à população. Morreram milhares de pessoas e a economia da Ucrânia está devastada. Não houve nenhuma “revolução” porque nenhuma estrutura econômica foi ou seráreformada.
Apenas trocaram um presidente eleito por outro, não eleito.
Pois bem. Luciana Genro, candidata a vice na chapa do PSOL a presidente da república, não leu nada disso. Para ela, houve apenas uma “revolução popular”.
Na esteira dessa opinião irresponsável, vemos milhares de analfabetos políticos, nas redes sociais, pregando algo parecido no Brasil, ou seja, uma revolução violenta, conduzida por black blocs armados com coqueteis molotov.
E tudo para quê? Para substituir o chefe de Estado, uma coisa que se pode fazer pelo voto, sem derramar uma gota de sangue.
E hoje me deparo, num tweet do João Sicsu, que Luciana Genro está fazendo outra dobradinha vil com a direita. Tenta surfar no linchamento político da mídia contra os petistas presos, renovado diariamente, e que agora assumiu a forma de denúncias de “regalias”.
A postura de Genro é lamentável, porque finge combater uma injustiça mas acaba incorrendo numa outra injustiça ainda pior.
O ator negro preso injustamente foi libertado após 12 dias de detenção; será indenizado; ganhou espaço na mídia para se defender.
Nunca foi linchado pela mídia.
Já Dirceu está preso há mais de 90 dias em regime fechado tendo sido condenado ao semi-aberto, além de ter sido condenado a muitos anos por um crime para o qual a própria Procuradoria admitiu não ter provas, lançando mão, por isso, à teoria do Domínio do Fato.
Genro não está vendo que, ao contrário de regalias, Dirceu está sendo perseguido pelo sistema judiciário de Brasília? Joaquim Barbosa inclusive trocou o juiz, numa manobra ilegal, substituindo por outro mais “obediente” a suas diretrizes.
Essa é a famosa “esquerda que a direita gosta”, que aposta na divisão, na intriga, que não se importa em usar as mesmas táticas desonestas do conservadorismo para atacar quem ela vê como adversário.
Mais um pouco e Genro poderá figurar ao lado de Heloísa Helena, outra heroína da nossa direita, que ajudou a derrubar a CPMF. O imposto da Saúde gerava mais de R$ 40 bilhões/ano antes de ser extinto, no fim de 2007. Se estivesse valendo, e fazendo os devidos ajustes, a CPMF poderia ter gerado, de 2008 até 2014, mais de R$ 300 bilhões, a serem investidos exclusivamente em Saúde Pública, além de ajudar no combate à lavagem de dinheiro e à corrupção, visto que ele criava um rastreamento automático sobre toda operação financeira.
View Comments (31)
Dar publicidade para uma VIGARISTA DESSE PORTE,somente faz o que ela pretende.Aparecer.Não passa de uma vigarista,que não merece que se de ouvidos.Se assim fizerem,ela certamente desaparece!Ai sim,ela ficara sem o pincel!
De adolescente idiota, transformou-se em uma velha idiota.
Como biologia é destino, nada de novidades.
Não está exagerando com o pai, não?
Não. Mutações são, via de regra, deletérias.
Então presumo q seu pai seja assaz idiota....
"sociedade racista e discriminatória". Será que essa senhora está se referindo a ela e seus pares? Eu não me considero....!!!!
EUROPA
01/03/2014 - 13h00 | Charles Nisz | São Paulo
EUA e dono do eBay financiaram oposição ucraniana, indicam documentosPierre Omidyar é dono do site de comércio eletrônico eBay e financiador do blog de jornalismo independente 'The Intercept'
Documentos vazados pelo site de notícias PandoDaily mostram como o governo dos Estados Unidos e Pierre Omidyar, dono do eBay e do site jornalístico The Intercept, ajudaram a financiar os oposicionistas ucranianos. O governo dos EUA doou dinheiro aos ucranianos por meio da USAID (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional). Já a outra parte do dinheiro veio do bilionário norte-americano, que já trabalhou com o governo dos EUA.
Reprodução/PandoDaily
Um dos documentos obtidos pelo site de notícias PandoDaily que demonstraria envolvimento de Omidyar com opositores ucranianos
Pierre Omidyar é dono do site de comércio eletrônico eBay e financiador do blog de jornalismo independente The Intercept, editado pelo jornalista Glen Greenwald. Greenwald foi o repórter responsável por vazar os documentos obtidos por Edward Snowden sobre a espionagem feita pela NSA (Agência de Segurança Nacional dos EUA).
Leia mais:
Ucrânia: do carnaval laranja às cinzas da guerra civil
Ou seja, numa reviravolta, Omydiar passa de financiador de projetos para desmacarar governos a apoiador de iniciativas políticas capazes de causar instabilidade numa região do globo. De modo algum os documentos vazados pelo PandoDaily atestam um golpe de Estado apoiado pelos EUA, mas como o financiamento externo impulsionou muitos dos grupos envolvidos na derrubada do presidente Viktor Yanukovych.
Reprodução
Além disso, não pode ser desprezado da direita neo-nazista ucraniana na crise. Mas muito do poder político envolvido no processo está nas mãos de políticos pró-União Europeia, como Oleh Rybachuk. Ribachuk era o braço direito de Viktor Yuschenko, líder da chamada Revolução Laranja - movimento contra fraudes eleitorais e corrupção ocorrido em 2004.
[Omidyar é dono do site de comércio eletrônico eBay e financiador do blog de jornalismo independente The Intercept]
Em dezembro, o jornal britânico Financial Times mostrou como a New Citizen, ONG fundada por Rybachuk desempenhou importante papel nas manifestações contra o governo de Yanukovych. Além da New Citizen, outras ONGs como a Centre UA, Chesno e Stop Censorship alvejaram aliados de Yanukovych em campanhas no interior do país antes de desembocar nos massivos protestos na capital Kiev.
Carlos Latuff: Ucrânia, a guerra dos mundos
A articulação dessas ONGs foi tão forte ao ponto do governo ser acusado de “jogo sujo” para impedir os protestos, segundo reportagem do jornal Kyiv Post. Essas organizações tiveram força - e isso significa dinheiro, sublinha a reportagem do PandoDaily – para resistir aos ataques do governo. Qual é a fonte desse dinheiro?
Cerca de US$ 180 mil, 36% do orçamento de 2012 da Centre UA vieram da Omidyar Network, empresa de Pierre Omidyar. Outros US$ 220 mil do orçamento de 2012 da Centre UA vieram da USAID. Ou seja, 90% dos recursos utilizados por uma das principais forças oposicionistas ucranianas vieram dos EUA. Já em 2011, Omidyar doou US$ 335 mil para a New Citizen, a ONG liderada por Rybachuk.
Omidyar sempre falou com orgulho sobre a New Citizen: “usando mídia e tecnologia, a New Citizen coordena esforços de membros da sociedade civil preocupados com o país, aumentando suas possibilidades de moldar e definir políticas públicas”, diz o texto no site da ONG. “Com apoio da Omidyar Network, a New Citizen vai aumentar seus esforços em trazer mais transparência e engajar cidadãos em assuntos importantes para eles”.
Rybachuk segue um roteiro comum nas ex-repúblicas soviéticas: de bem-relacionado com a KGB (serviço secreto da antiga URSS) a lobista pró-neoliberalismo nas repúblicas independentes. Ele chefiou o departamento de relações internacionais do Banco Central da Ucrânia sob as ordens de Yuschenko. No governo, Rybachuk comandou a privatização das estatais ucranianas. Nesse período, o futuro líder de ONG estabeleceria contatos com governos ocidentais e instituições de ajuda financeira internacionais. Na época, um dos doadores para ONGs na Ásia Central era o investidor George Soros.
Logo, se instalou um conflito de interesses para Omidyar: ao mesmo tempo que trabalha ao lado do governo dos EUA para derrubar governos estrangeiros e financiar a queda de um regime democraticamente eleito, o empresário investe em um grupo de jornalistas independentes para investigar as ações do governo dos EUA dentro e fora do território ianque. No mínimo, contraditório.
Ao contratar Greenwald e outros jornalistas independentes, Omidyar ganhou elogios e nenhum criticismo por parte da imprensa, de acordo com o DailyPando. A história sobre o financiamento da oposição ucraniana foi levantada por Marcy Wheel, uma das estrelas do jornalismo investigativo contratadas por Omidyar. No Twitter, Marcy perguntou quem estaria financiando a segunda revolução laranja na Ucrânia. A ironia foi ela descobrir que um dos patronos da insurgência era seu próprio chefe.
Orçamento da ONG Chesno (Honestamente) para 2012 (PDF), mostrando ajuda da USAID e da Omidyar Network.
psol psdu...partido de playboy e patricinha "revoltados"..
O que dizer de uma idiota destas.....?
Que ela é nociva às forças progressistas!
Parabéns Miguel, muito bom. Acrescento mais um detalhe, em pouco tempo estaremos consolidando a vitória e a reeleição de Dilma Rousseff e estaremos vendo, também, uma debandada significativa do exército político de mercenários brasileiros da oposição, para o lado da situação. Porém, ainda que alguns consigam, será fácil distingui-los porque o efeito será parecido com o da pororoca, ou seja, parte limpa separada da parte suja.
Quanto oportunismo e irresponsabilidade! Estou na Europa nesse momento e acompanhei diariamente o processo de golpe na Ucrânia. Por mais críticas que se tenham ao presidente que se encontrava no poder, a "revolta popular" foi altamente incentivada pela opinião pública europeia e seus parceiros que, agora, se encontram numa sinuca de bico: há um "presidente" interino não eleito, um eleito no exílio que reivindica o seu posto, a parte leste ameaça independência sob ajuda do exército russo que já tem 6000 homens na região e 30 blindados. O problema desse "povo" que acha que basta tirar o governante do lugar é que eles esquecem de pesar bem na balança o dia seguinte. O que eram manifestações violentas, de ambas as partes, ameaça agora poder se transformar em guerra civil, com exércitos envolvidos e armamento muito mais pesado em jogo. Multiplicam-se o número de mortes e elevam as negociações diplomáticas a um patamar difícil. Já havia negociação de distencionamento em curso, mas a fúria da praça depôs o presidente no dia seguinte do acordo. O que essa esquerda "revolucionária" esquece é que revolução não se faz só com insatisfação popular, muito menos tendo que "negociar" em ato com neonazistas, fascistas ou pseudo-anarquistas.
Tirar para colocar o que? Um ditador fantoche.
O discurso de defesa da democracia não pega mais depois que Inglaterra e USA invadiram o Iraque. A justificativa era a democracia e a existência de armas químicas e biológica. Tudo mentira. Causaram apenas chacinas e continuam a matar inocentes. É o petróleo.
Agora terão a Russia a resistir com o uso de seu poder bélico. Até por questão de soberania para não ser o próximo país a ter o governo depostos pro manifestações blcks blocs - Venezuela, Brasil, Ucrânia, Argentina, etc - a Russia não deixará a Europa e USA dominarem a Ucrânia. No mínimo ficará com a parte mais rica da Ucrânia: a CRIMEIA, onde 60% do povo é Russo. É briga de cachorro grande Russia x USA. Ou ninguém tem razão ou todos têm.
Esquerda coxinha.
"Desde de o inicio dos protestos, quando manifestantes lotaram a praça central para combater a policia ucraniana e exigir a expulsão do corrupto presidente pró-russia Viktor Yanukovich, as ruas estavam cheias de pelotões de extrema-direita, prometendo defender a pureza ética de seu país.
Bâners dos partidários da “supremacia branca” e bandeiras dos confederados norte-americanos [escravocratas] foram fixadas dentro da prefeitura de Kiev ocupada. Manifestantes içaram bandeiras da SS nazista e símbolos do poder branco sobre a estátua tombada de Lenin. Depois que Yanukovich fugiu do palácio estatal de helicóptero, os manifestantes destruíram a estátua dos ucranianos que morreram lutando contra a ocupação alemã durante a Segunda Guerra Mundial. Saudações nazistas e o símbolo do Wolfsangel tornaram-se cada vez mais comuns na praça Maiden. Forças neo-nazi estableceram “zonas autonômas” em torno de Kiev.
Um grupo anarquista chamado União Ucraniana Antifascista tentou juntar-se aos manifestantes de Maiden, mas encontrou dificuldades, com ameaças de violência das gangs neo-nazis itinerantes da praça. “Eles disseram que os anarquistas são gente como judeus, pretos e comunistas. E nem havia comunistas entre nós, foi um insulto”, disse um integrante do grupo."
http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=236923&id_secao=9
Fernando, nessa balada ela vai terminar como Heloisa Helena: Vereadora de Porto Alegre..