No discurso em que saudou a indicação de Geraldo Alckmin, do PSB, como candidato a vice-presidente em sua chapa, Lula, depois de frisar que o fato de que ele e o ex-governador paulista sempre foram adversários “civilizados” reforçou a ideia de que os dois, juntos, têm a “experiência” necessária para governar o país num quadro de dificuldades como o atual.
—Nós vamos precisar da minha experiência e da experiência do Alckmin para reconstruir o país, conversando com toda a sociedade brasileira.
Lula focou na economia, mencionando o índice de inflação de março, o maior em 28 anos, e disse que fará um programa comum com o PSB o partido de Alckmin será ouvido na montagem do governo.
—Vocês vão participar da elaboração do programa de governo, vão participar da combinação da montagem do governo e, antes disso, a gente vai ter que combinar como ganhar essas eleições, porque é importante saber que se essa chapa for formalizada, não é só pra ganhar as eleições, talvez ganhar as eleições seja mais fácil do que a tarefa que nós teremos pra frente de recuperar esse país.
O ex-presidente reforçou a ideia de que é preciso acabar com o clima de ódio na política, dizendo que “o Brasil está precisando de amor e não de ódio”, e isso começa dentro da própria chapa: “você será recebido como um velho companheiro dentro do nosso Partido dos Trabalhadores.”
Hoje à tarde, a partir das 15 horas, comento, ao vivo, no programa Bom para Todos, da TVT, a formalização desta surpreendente aliança.