Lula faz carta aberta ao STF. E o Supremo, permitirá o massacre?

O ex-presidente Lula divulgou, agora à noite, carta aberta ao Judiciário brasileiro. Transcrevo o texto:

Creio nas instituições democráticas, na relação independente e harmônica entre os Poderes da República, conforme estabelecido na Constituição Federal.

Dos membros do Poder Judiciário espero, como todos os brasileiros, isenção e firmeza para distribuir a Justiça e garantir o cumprimento da lei  e o respeito inarredável ao estado de direito.

Creio também nos critérios da impessoalidade, imparcialidade e equilíbrio que norteiam os magistrados incumbidos desta nobre missão.

Por acreditar nas instituições e nas pessoas que as encarnam, recorri ao Supremo Tribunal Federal sempre que necessário, especialmente nestas últimas semanas, para garantir direitos e prerrogativas que não me  alcançam exclusivamente, mas a cada cidadão e a toda a sociedade.

Nos oito anos em que exerci a presidência da República, por decisão soberana do povo – fonte primeira e insubstituível do exercício do poder nas democracias – tive oportunidade de demonstrar apreço e respeito pelo Judiciário.

Não o fiz apenas por palavras, mas mantendo uma relação cotidiana de respeito, diálogo e cooperação; na prática, que é o critério mais justo da verdade.

Em meu governo, quando o Supremo Tribunal Federal considerou-se afrontado pela suspeita de que seu então presidente teria sido vítima de escuta telefônica, não me perdi em considerações sobre a origem ou a veracidade das evidências apresentadas. 

Naquela ocasião, apresentei de plano a resposta que me pareceu adequada para​ preservar a dignidade da Suprema Corte, e para que as suspeitas fossem livremente investigadas e se chegasse, assim, à verdade dos fatos​.

Agi daquela forma não apenas ​porque teriam sido expostas a intimidade e as opiniões dos interlocutores.

Agi por respeito à instituição do Judiciário e porque me pareceu também a atitude adequada diante das res​ponsabilidades que me haviam sido confiadas pelo povo brasileiro.

Nas últimas semanas, como todos sabem, é a minha intimidade, de minha esposa e meus filhos, dos meus companheiros de trabalho que tem sido violentada por meio de vazamentos ilegais de informações que deveriam estar sob a guarda da Justiça.

Sob o manto de processos conhecidos primeiro pela imprensa e só depois pelos diretamente e legalmente interessados, foram praticado atos injustificáveis de violência contra minha pessoa e de minha família.

Nesta situação extrema, em que me foram subtraídos direitos fundamentais por agentes do estado, externei minha inconformidade em conversas pessoais, que jamais teriam ultrapassado os limites da confidencialidade, se não fossem expostas publicamente por uma decisão judicial que ofende a lei e o direito.

Não espero que ministros e ministras da Suprema Corte compartilhem minhas posições pessoais e políticas.

Mas não me conformo que, neste episódio, palavras extraídas ilegalmente de conversas pessoais, protegidas pelo Artigo 5o. da Constituição, tornem-se objeto de juízos derrogatórios ​sobre meu caráter.

Não me conformo que se palavras ditas em particular sejam tratadas como ofensa pública, antes de se proceder a um exame imparcial, isento e corajoso do levantamento ilegal do sigilo das informações.

Não me conformo que o juízo personalíssimo de valor​ se sobreponha ao direito.

Não tive acesso a grandes ​estudos formais, como sabem os brasileiros. Não sou doutor, letrado, jurisconsulto. Mas sei, como todo ser humano, distinguir o certo do errado; o justo do injusto.

Os tristes e vergonhosos episódios das últimas semanas não me farão descrer da instituição do Poder Judiciário. Nem me farão perder a esperança no discernimento, no equilíbrio e no senso de proporção de ministros e ministras da Suprema Corte.

Justiça, simplesmente justiça, é o que espero, para mim e para todos, na vigência plena do estado de direito democrático.

Fernando Brito:

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    • Em Honduras, meu caro Motta, a justificativa para a derrubada do Zelaya foi a de que ele queria "se perpetuar no poder", como um ditador. Balela.
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      Zelaya havia proposto um plebiscito para que o povo decidisse se deveria ser formada uma Assembleia Constituinte. Uma proposta que ele levaria à AC era a possibilidade de reeleição para todos os cargos.
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      Detalhe. A reeleição só passaria a valer a partir do mandato do novo presidente, que não poderia ser ele. Assim, se quisesse "se perpetuar" no poder, Zelaya teria que convencer os hondurenhos a votarem sim no plebiscito à constituição da AC.
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      Obtendo sucesso no plebiscito, Zelaya teria que convencer os membros da AC a aprovarem a reeleição. E, para usufruir do direito à reeleição e materializar seu suposto intento de "se perpetuar no poder", ele teria que convencer o povo hondurenho a elegê-lo uma outra vez, para substituto do seu sucessor.
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      Note que, em todos os estágios, digamos assim, pelos quais a proposta de Zelaya teria que passar, não havia espaço para que ele impusesse sua vontade. O povo sempre teria a última palavra.
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      Contudo, os órgãos da mídia hegemônica não fizeram por menos; procuraram, exaustivamente, nos convencer de que Zelaya queria se transformar num ditador em Honduras. Assim trabalha a grande mídia, porta-voz do Sistema de Poder que domina os Estados Unidos e boa parte do planeta. Sistema de poder que tem anseios de dominar o mundo por completo.

      • Vc só conta uma parte da história. A parte da Constituição Hondurenha que proibia esse tipo de plebiscito podia ser rasgada por ele sem problema nenhum, né?

  • É um pedido de arrego! Viu que a situação ficou preta com o supremo. Kkkkkk outra coisa será que foi o Franklin que escreveu a carta?! Ou o Mino?!

    • Não não vá tomar no .... Apenas aguarde amanhã na paulista a zl chegar e observem e tome mito cuidado pois haverá sim brancos filhos de Alagoanos e outros Nordestinos, tenha medo, pavor, respeito, pois arrego mep quem vai pedir não é você coxinha mas é o império do mal: rede manipuladora globo.

    • Notou jovem neo idiota amanhã é o dia de mostrar o peso e a força de nordestino.

  • Grande Lula, tão vilipendiado! Vamos às ruas! Não vou ficar em casa assistindo mauricinhos brincarem de dar golpe!

  • Simplesmente irretoável, democrático e forte.
    Pelo menos aos q ainda teem sede de justiça (verdadeira) e não.estejam atrás de justicialismo.

  • Essa carta não tem mais sentido depois das gravações transmitidas pelo jn. Faltou um pouquinho de inteligência para perceber que poderia estar com o celular grampeado, né? ficou complicado agora.

  • Por isso no você Lula , manda todis sim para a ... No momento de explosão, sabe recuar e pedir desculpar, conhece como ninguém o povo fala a língua do povo dos bares e restaurantes vive intensamente e ama o Brasil , aliás o ministro Marco Aurélio já se ligou nisto , amanhã vamos a batalha srmmefo de ser feliz.
    Lula sua resposta é cabal.

  • Vamos às ruas para defender a Democracia contra os fascistas, contra o golpista Moro e a famiglia Marinho.

  • Às ruas de vermelho e bandeira do Brasil porque ela TAMBÉM é nossa! Não abrimos mão da democracia

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