Os mais velhos irão se lembrar de um antigo comercial de vodca que, na TV, colocava um sujeito de “ressaca” diante de um sósia que, ao ser perguntado quem era, dizia: “eu sou você, amanhã”.
Semelhantes apenas na insignificância moral, é possível que, a esta altura, seja possível dizer que Rodrigo Maia é o pior dos Rodrigos (há outros, como se sabe: o Pacheco, da CCJ; o Janot, da PGR e o imprevisível Rocha Loures, o da mala) para Michel Temer.
Mas é, também, o “Temer do Temer”, a presença sombria do que espera que o poder lhe caia às mãos pela única forma que poderia cair – votos populares, como o original, nem pensar.
O apelo da traição, claro, depende da fraqueza do traído em potencial, porque quando ele era forte era-lhe fiel por poder e honrarias, como Temer foi com Dilma e o PT. Mas quando o rei se corrói, os cortesãos se agitam e, há um mês, já se dizia aqui:
(…) pela cabeça de menino bafejado pelas heranças políticas de que sempre foi beneficiário, a hipótese de herdar o cargo com a saída cada vez mais provável de Temer já entrou pelas portas abertas da ambição sem mérito e agora pulsa, indócil. Imagine, assumir o cargo e promover o desmonte dos direitos trabalhistas e previdenciários, que, como a Globo mostrou ontem, são tudo o que o empresariado e o mercado financeiro querem do governo?
Maia, até agora, tem sido mais decoroso que o original no seu papel de “boca de jacaré”. Viaja, para evitar exibir-se na cadeira. Diz que não tem ambições. Não se proclama capaz de “unir o Brasil”.
Nem precisa. Basta unir, com seu “low profile” a corporação parlamentar, que opera distante e independente dos combalidos partidos políticos e se fazer confiável à corporação empresarial dizendo, como vinha dizendo, que o governo deveria ser, essencialmente, o que o “mercado” queria.
Temperado ao apoio da Globo e com ares de “cumprimento da Constituição”, vai-se montando o “Golpe, parte 2”, com o “Fora, Temer” no lugar do “Fora,Dilma”, e o tucanato, de novo, de eminência parda do novo Governo.
Há dois fatores diferentes, porém.
O primeiro é que Temer tem nenhum escrúpulo em sua luta desesperada para não ser defenestrado da cadeira – imagem magnífica de Carla Guimarães, ontem – roída pelo cupim da ilegitimidade.
O segundo são as raízes mais frágeis de Maia em meio à política no parlamento e no Judiciário. Ainda é “um garoto do paipai” César Maia, para muitos.
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Temer, corroído pelo cupim da ilegitimidade e a chaga da corrupção, espera o bote final de uma cascavel dissimulada em cordeiro amigo: Rodrigo "Botafogo da Odebrecht" Maia, o queridinho dos Titios Marinhos da Globo e do papi César Maia, o ex Prefeito Maluquinho (ou Espertinho?) do Rio.
Mas "Botafogo", caso assuma a partir de um golpe no golpe, já chega trazendo um imenso telhado de vidro na bagagem: propinas diversas a partir das "obras do papai", onde se destacam as oriundas da faraônica Cidade da Música da Barra/Rio, que o diga Marcelo Odebrecht, não na base do "ouvi falar", mas do "ousei pagar". Isso sem contar as maracutaias propineiras do sogrão, Moreira "Angorá" Franco, secretário geral da Organização Criminosa que tomou de assalto o Palácio do Planalto, com o devido apoio logístico midiático da Globo.
O Brasil não pode aceitar "trocar 6 por meia dúzia" e ficar tudo como está ou pior.
#DiretasJá
O Angorá já está apunhalando Temer pelas costas para continuar ministro do genro e manter sua imunidade. Zveiter no Rio sempre foi ligado ao Angorá. O problema será a delação de Cunha que se não atingir diretamente o Botafogo da Odebrech, o deixará queimado já na largada se manter o sogro Angorá no ministério. Mas se não manter, Angorá fará companhia ao Sérgio Cabral e só restará à ele delatar o genro.
Os rejeitados pelas urnas estão governando o brazil.
globo e Brasil como Nação são incompatíveis.
É quase inacreditável. Quando pensamos que o golpe já tinha despejado sobre o país tudo quanto é de mais surpreendente, eis que agora vamos ter o filho do Cezar Maia na Presidência da República. Sem que jamais tenhamos sequer sonhado que isso viesse a acontecer. Mas parece que está sem jeito, quando o Merval garbosamente vem dizer que isto vai ser bom, é porque as sumidades do golpe já segredaram para ele que assim será.
Ele só se salva da perseguição judicial se assim que eleito abdicar do cargo e pedir eleições diretas.
Do contrario é o proximo Temer.
Ele é fraco. Não vai querer segurar a peteca do golpe.
Ele ainda pode sair como o garantidor dos direitos trabalhistas e dos aposentados.
"Botafogo" é a nova aposta do MERCADO para tocar adiante suas contra-reformas, já q o moribundo desgoverno Temer já não tem mais legitimidade (aliás, nunca teve), e nem condições práticas de implementar a degola de direitos trabalhistas e previdenciários.
China devolve 350 toneladas de carne para o Brasil, até pê de frango esta sendo devolvido.
O golpe é fruto de traição, não deu certo com Temer e não pode dar certo com Maia que é outro golpista. A reparação é o retorno de Dilma o mais urgente possível.
Perigo também é no caso de uma eleição indireta botarem o Pablo Escobar de Minas como presidente da república.