A notícia, no UOL, é clara: o (P)MDB decidiu que a candidatura presidencial de Henrique Meirelles não terá recursos do Fundo Eleitoral e terá de ser bancada com a fortuna pessoal do ambicioso ex-ministro da Fazenda.
“Nós vamos discutir com ele a forma de disputar a eleição com recursos próprios que ele dispõe. Felizmente ele tem essa condição, o que desafoga o aperto dos partidos”, disse Romero Jucá, afirmando que isso será “um desafogo” para deputados e senadores que, assim, vão poder dividir quase sozinhos (há uma cota obrigatória para mulheres – os R$ 234 milhões que cabem ao partido no Fundo.
Não leia a informação somente pelo lado absurdo de que, numa eleição onde as doações empresariais (já tardiamente) estão proibidas, o candidato pessoalmente mais rico terá todas as vantagens ao disputar com os que, na vida pública, acumularam – como deveria ser a regra – modesto patrimônio pessoal.
É a sagração de um novo tipo de “democracia censitária”. Na antiga, no Império, só quem tinha dinheiro acima de certo valor poderia votar; agora, na novíssima república da “meritocracia”, privilegia-se quem pode tirar de suas burras o dinheiro para ser candidato.
Claro que há os energúmenos que acham isso ótimo, porque não se vai gastar dinheiro público, esquecido que os ricos não ficaram ricos aplicando dinheiro no que não vai lhes dar muito mais. Ou, também, os que crêem que, como nos tempos imperiais, isso vai deixar a política reservada aos “homens bons”, que a fariam por puro espírito público, como as mutucas gordas não continuassem picando.
Mas há um outro componente, e dos mais sórdidos, nesta decisão do inefável Romero Jucá. É que assim elimina-se o risco de que Roberto Requião possa representar algum perigo para o domínio do temerismo na convenção do partido.
Como boa parte dos convencionais é formada por deputados e senadores – que querem dividir o menos possível a “bufunfa” do Fundo Eleitoral, vai aderir, quase todos, ao “dinheiro só pra gente, Meirelles presidente”.
Dificilmente, porém, mesmo com tudo isso, o delírio presidencial de Henrique Meirelles se sustentará.
Mesmo com sua caneca rica, seguirá sentado na sarjeta de seus 1% de votos, isso se Geraldo Alckmin não conseguir forças para levá-lo de volta ao ninho.
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Sistema Bancário Financeiro de Tio Sam, ao qual Henrique Meirelles serviu de forma magistral, bancará uma candidatura à presidência do Brasil. Maior perda de soberania nacional impossível. O Brasil pós golpe voltou à condição histórica de quintal dos fundos da Casa Branca.
Quintal é demais... é só um galinheiro
da autofagia do Golpe sobrou como seu candidato viável apenas Bolsonaro.... São realmente geniais esses golpistas, destruíram a economia, a política e as instituições e nem assim conseguem estabilizar e perpetuar seu novo regime. Sobra portanto a ditadura da toga para manter o arbítrio e a instabilidade como regime. Ou saímos as ruas para protestar e nos unimos para vencer as eleições ou legitimamos com nossa inação o novo regime. Não temos mais escolhas.
Vá ser patriota e altruísta assim lá em Boston!
Como conselheiro financeiro da JBS Meireles não sabia das mutretas? Kkkkkkk.... essa justiça politiqueira do Brasil necessita de uma REFORMA JÁ. Conselheiro de bandido, bandido é. Mas não vem ao caso, né juizinho?
JUCÁ merecendo a sarjeta.....
O truque é simples:
- O Meirelles gasta uma baita nota na campanha, utilizando a grana que ele pode comprovar que tem.
- A "Banca" (como diz o Requião) repõe a grana numa conta no exterior, bem escondidinha, num desses paraísos fiscais (que a Lava Jato não vai procurar, certo?).
- Os demais candidatos ficam inviabilizados, porque não podem se dar a esse luxo.
SIMPLES LAVAGEM DE DINHEIRO, minha gente !!!
Nem é preciso desenhar, não é mesmo?
vendo e lendo no site do TOCANTINS, esse picareta chamado MEIRELLES, foi a PALMAS TO pedir votos pra ninguem, contei estenderam uma faixa os babacas apoiamos o MEIRELLES foram 10 gatos pingados, so conheci o possante MARCELO e sua esposa, e os demais todos estranhos, acho que nao ouviram o que o caveirao falou, esse ja se fu.kkkkk
Meirelles não botará dinheiro que roubou de nós nessa P* do MDB. Não sairá candidato a P* nenhuma.
Que bom que ele pode, não vai tirar dinheiro do povo vai tirar da sua própria conta.
Isso, Renata, se a "verba eleitoral" de que dispõe Meirelles não foi amealhada nesse leilão!
Sugestões de padrão monetário para a corrupção política no Brasil:
1. Geddel, cada Geddel equivalendo a R$ 51 milhões.
2. Serra, no valor de R$ 110 milhões.
Para o tráfico de drogas, pode-se usar o Aécio, equivalente a 450kg de cocaína (ou arredondar para 500kg para facilitar as contas).
Tem gente que não entende como a fauna humana que este golpe gerou acalenta tanto sonho impossível. Mas é fácil de entender: Estão todos eles loucos. Todos - Tanto golpistas políticos quanto golpistas jurídicos, golpistas empresariais e também os golpistas da mídia. Todos loucos. Não têm a mínima noção real do país sobre o qual estão operando suas fantasias. Vejam o caso do Alexandre Garcia - o homem parece um disco de vinil que enganchou na vitrola e não aparece nenhuma alma caridosa para desenganchar. Ele parou em 2015. Para ele, o mundo inteiro ainda acredita que toda a esculhambação que acontece no Brasil é culpa da Dilma e do Lula. Ele não cansa de falar que tudo o que o PT fez foi mentira, e para ele o Brasil nunca foi a sexta economia mundial e nem o PT tirou da miséria 35 milhões de brasileiros. Para ele, o Brasil nunca saiu do mapa da fome e nem o Lula nunca foi homem do ano da Forbes. Tenho a leve impressão de que depois que ele termina seu programa e sai do ar, veste de novo o pijama e volta a dormir.
Também acho que a cumbuca não é dele, além de achar que se trata de uma cumbuca explosiva. Se não fosse perigosamente explosiva, o conselheiro mor do golpe Romero Caju não sairia de seus cuidados para dizer publicamente que o Meirelles pode ir em frente, mas por sua conta e risco, o PMDB não tem nada a ver com isso.