Da Agência Câmara:
O diretor-presidente da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), Ricardo Melo, afirmou há pouco, na Câmara, que a sua temporária destituição do comando da empresa foi equivalente a um “ato institucional”, se referindo ao instrumento que a ditadura militar usava para efetivar suas decisões. Melo participa de audiência pública das Comissões de Cultura, de Legislação Participativa e de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, que discute as regras para escolha do diretor-presidente da EBC.
Em 12 de maio, o presidente interino Michel Temer exonerou Ricardo Melo, alegando “desvio de finalidade” na decisão da presidente Dilma Rousseff, que nomeou Melo para o cargo oito dias antes do afastamento dela. Por decreto, Temer indicou Laerte Rimoli para o controle da empresa. No entanto, Melo recorreu ao Supremo Tribunal Federal e conseguiu liminar do ministro Dias Toffoli para ser reconduzido ao cargo, sob o argumento de que só o Conselho Curador da EBC poderia destituir o presidente da empresa.
Ricardo Melo rebateu argumentos de que a TV Brasil – um das emissoras controladas pela EBC- é governista. “Dilma Rousseff deu apenas uma entrevista à TV Brasil desde que a emissora foi criada. E dizem que é TV oficialista”. Também criticou aqueles que defendem o fim da emissora devido à suposta baixa audiência. Segundo Melo, a TV Brasil tem audiência bem maior do que a divulgada oficialmente. “Onde o índio, o coletivo de mulheres, os LGBTs, o movimento sem teto e outros teriam espaço? É isso que irrita o governo que está aí. É um ataque político à democracia”, completou.
O presidente da EBC admitiu problemas na gestão da empresa – como confusão entre o estatal e o público, expansão da rede, falhas de sinal e problemas de pessoal -, mas ressaltou que a solução deve vir de decisões internas, tomadas em conjunto com as instâncias de controle público, como ouvidoria, conselho de ética, representação de funcionários, representação sindical e o conselho curador. “A comunicação pública é um desafio recente, de 8 anos, e requer um trabalho de formiguinha para trazer a sociedade para o modelo de comunicação plural e inclusiva, sem seguir as regras de mercado”. Melo lembrou que a empresa enfrenta ainda a dificuldade de não poder usar plenamente os recursos de um fundo que deveria financiar suas atividades.
O Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal e a Federação Nacional dos Jornalistas também saíram em defesa da EBC. O coordenador do sindicato, Jonas Valente, reconheceu que há posições divergentes entre os funcionários da empresa, mas ressaltou que eventuais críticas à atual gestão não podem justificar as ameaças de extinção da EBC. “Não é porque há problemas na saúde pública que vai se pensar na extinção do SUS. Os problemas são levantados para ser superados”, disse.
View Comments (3)
Quem deveria ser tirado do ar é esse governo golpista e fascista. Mas eles não perdem por esperar a cabeça deles estão muito mais a premio do que o do Ricardo Melo.
A EBC durante o governo Dilma foi oposicionista. O site da EBC/Ag.Brasil era parte do PIG.
Ministério pornográfico:
- Ministro de Temer pagou com DINHEIRO PÚBLICO programação "adulta" de TV.
Jornal GGN - O ministro interino da Defesa, Raul Jungman, pagou com dinheiro público um pacote de TV por assinatura com 11 canais de cinema e um canal de filmes adultos. Seu gabinete justificou, em nota, dizendo que na época esse era o único pacote que disponibilizava sistema de gravação da TV Câmara.
Mas a TV Câmara disponibiliza gratuitamente os vídeos, basta solicitar. Além disso, a operadora de TV por assinatura disse que tinha outros pacotes disponíveis na época, inclusive com preços mais baratos. O ministro interino ainda era deputado quando assinou o serviço, que ficou ativo por 12 meses a um custo de R$ 3,1 mil pagos pelo contribuinte.
http://jornalggn.com.br/noticia/ministro-de-temer-pagou-com-dinheiro-publico-programacao-adulta-de-tv
Então o então deputado golpista queria apenas poder gravar a tv Câmara? Por isso escolheu o pacote de pornografia e sacanagem?