Deus criou o mundo em seis dias e descansou no sétimo. E teve pressa em criar a vegetação, logo no terceiro dia, diz o livro do Gênesis.
Veremos quantos dias levará André Mendonça, o ministro terrivelmente evangélico do Supremo Tribunal Federal, para devolver a julgamento as duas ações para deter o desmatamento, exigindo do governo um plano para limitar a devastação ambiental.
Pois Mendonça – dirão estes “chatos” que o acham um agente governista – correu para pedir vistas e suspender o exame da ação movida por sete partidos políticos e 10 organizações não governamentais, pedindo a retomada do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal, que recebeu hoje a finalização do voto da relatora, Cármem Lúcia.
E um voto duríssimo, no qual ela diz que “o meio ambiente vive um processo de destruição institucional por ‘cupinização’. As instituições são destruídas por dentro, como [por] cupins. Promovem-se políticas públicas ineficientes, processos de destruição”.
Mas, sabe como é, neste período de eleição, desmatador, garimpeiro, fazendeiro criminoso, toda esta gente, além de devastar, vota e comanda votos, votos adivinhem em quem…
A questão, portanto, fica a esperar que o senhor André Mendonça se disponha a votar, sabe lá Deus quando.
E tomara que Mendonça não produza um voto, como acontece com as plantas e árvores do Gênesis, cujos “frutos produzem sementes de acordo com as suas espécies”.
Da espécie que o plantou no STF pouca coisa boa há de brotar.