O Boletim Focus, do Banco Central, reajustou para cima – e forte – a previsão de inflação para este ano.
Os bancos e financeiras agora preveem uma alta de 7,05% no IPCA do ano, contra 6,31% de há quatro semanas.
Para agosto, a projeção da inflação, que era, há um mês, de 0,35% subiu para 0,55 e deve aumentar ainda um pouco mais.
O mercado subiu ainda a expectativa de subida da Taxa Selic, neste momento de 5,25% para 7,5% no final do ano.
Nem é preciso falar o quanto a inflação praticamente “dobrou a meta” estabelecida para o ano pelo Banco Central, que é de 3,75%.
As previsões otimistas para o PIB de 2021 também tomaram um balde de água fria, parando de crescer e caindo de 5,30% para 5,28%, depois de subir por meses a fio. Exceto nas contas amalucadas de Jair Bolsonaro, por conta da base inferior de 2020, isso dá um crescimento de 1% sobre o PIB de 2019, já medíocre em si.
Mas isso é “por enquanto”, porque com crise político-institucional, confusão tributária, incerteza fiscal, câmbio desvalorizado e instável e uma crise hídrica enchendo de interrogações sobre o quanto encarecerá a energia, tudo pode piorar.