É uma guerra política em todos os sentidos.
A direita brasileira não admite que exista nenhuma iniciativa independente de suas patranhas imperialistas e golpistas.
Blogs de esquerda, tem que ser processados judicialmente e não podem obter qualquer patrocínio, público ou privado.
A mídia brasileira só protege blogueiros cubanos – que escrevem contra Cuba, claro.
Agora a “força-tarefa” de setores tucanos da PF e mídia, num conluio criminoso, vazando informações seletivamente, promove um ataque político a uma das mais importantes iniciativas da esquerda brasileira: a editora Atitude, que produz a Rede Brasil Atual, a Revista do Brasil, o programa de rádio Jornal Brasil Atual, entre outros projetos.
Além de bloquearem o debate sobre a democratização dos meios de comunicação, as forças reacionárias da mídia, as mesmas que se locupletaram por décadas do regime militar e de conchavos dentro do governo, tentam matar qualquer ação que ouse trazer um mínimo de contraponto à narrativa eternamente golpista das corporações midiáticas.
Na ditadura, perseguiram e censuraram somente editoras e jornalistas que ousavam discordar do discurso único pró-imperialista.
Hoje fazem a mesma coisa, talvez com um pouco mais de sofisticação.
Uma pena que o ministro da Justiça seja leniente com essa transformação da Polícia Federal em polícia política à serviço da mídia, da direita e do golpe.
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Editora rebate site do ‘Estadão’ e vê tentativa de criminalização
por Redação RBA
São Paulo – A reportagem publicada hoje (22) no portal do jornal O Estado de S. Paulo – “Gráfica ligada ao PT girou R$ 67 mi em cinco anos, aponta PF” – não é a primeira em que, de maneira enviesada e manipuladora, o jornal tenta desqualificar uma empresa de comunicação de esquerda e, ao mesmo tempo, produzir informação sensacionalista baseada em interesses políticos alinhados com o jornal, e não nos fatos.
Em meio ao texto postado no blog do jornalista Fausto Macedo, assinado por Julia Affonso, Valmar Hupsel Filho e Ricardo Brandt, são incluídos hiperlinks para dois relatórios da Polícia Federal, um relacionado ao funcionamento, movimentações e operações da Editora Atitude – que mantém o portal Rede Brasil Atual, a Revista do Brasil, o programa de rádio Jornal Brasil Atual, entre outras publicações – e outro ao inquérito da PF contra o empresário Marcelo Odebrecht e outros, que nada têm a ver a Editora.
Nenhum dos documentos dá sustentação à intenção da manchete – criminalizar a editora. Registre-se ainda o caráter “confidencial” dos relatórios, portanto, mais um caso de emprego de vazamento seletivo e privilegiado de informação a ser investigado pelas autoridades competentes por um veículo tradicionalmente hostil aos movimentos sociais. Para se ter uma ideia da manobra ilusionista da manchete, equivaleria a utilizar algo como “Jornal ligado a oligarquias movimenta ‘N’ zilhões em 140 anos”, para uma notícia descrevendo o quanto paga a seus colaboradores e quanto recebe de seus clientes, assinantes e patrocinadores.
A direção da Editora Atitude lamenta que uma imprensa tão zelosa em ocultar com tarjas pretas siglas e nomes de pessoas citadas em investigações da PF, com as quais nutre identidade partidária ou de classe – não tenha o mesmo zelo com informações de caráter privado de pessoas com reputação, papel social e profissional respeitável.
A editora enfatiza a sua origem independente, como iniciativa do movimento sindical pelo direito à liberdade de expressão, reafirma que todas as receitas e despesas da empresa têm como finalidade exclusiva o custeio de produção e veiculação de informação jornalística e contesta inverdades publicadas pelo site – que ignora depoimentos de diretores e colaboradores da Editora Atitude, prestados perante à Justiça com transparência e correção. Segue nota da editora.
NOTA À IMPRENSA
Em relação a matéria “Gráfica ligada ao PT girou R$ 67 mi em cinco anos, aponta PF”, divulgada nesta quarta-feira (22) no blog do jornalista Fausto Macedo, no site Estadão, assinado por Julia Affonso, Valmar Hupsel Filho e Ricardo Brandt, a Editora Gráfica Atitude Ltda esclarece:
1. A Editora Gráfica Atitude, fundada em 2007, não funciona como gráfica e sim como editora com o objetivo de viabilizar um projeto de comunicação construído em conjunto por entidades sindicais e movimentos sociais para levar à sociedade informação de qualidade e fortalecer a luta dos trabalhadores e sua participação maior em assuntos relacionados ao seu cotidiano.
2. A Editora Atitude é formada por 40 entidades sindicais que escolheram o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região e o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC para representá-los. Localizada no centro de São Paulo, sua estrutura é composta por 34 profissionais que integram a equipe.
3. A Editora Atitude é uma empresa privada que produz conteúdo jornalístico para vários veículos, sem vínculo partidário. Seu conteúdo é focado no mundo do trabalho, no emprego, no crescimento econômico do país com inclusão social, nos direitos humanos e na defesa da cidadania do povo brasileiro.
4. A matéria publicada pelo site ignora os depoimentos de diretores, funcionários e coordenadores da Editora Atitude, prestados no mês de julho, perante à Justiça, onde foram esclarecidas as demandas com total transparência.
5. As transações financeiras da Editora passam por uma única conta corrente e sua contabilidade é retratada nos respectivos extratos. Entre junho de 2010 a abril de 2015, a Editora teve receita média de R$ 6,1 milhões/ano (o que totaliza R$ 33 milhões no período) para custeio de despesas com a folha de pagamento e produção jornalística, valor este totalmente compatível com as atividades prestadas.
6. Não é verdadeira a informação de que seriam depositados em espécie (em dinheiro) na conta Editora Atitude R$ 17,95 milhões entre dezembro de 2007 e março de 2015. Não há nenhuma movimentação financeira em dinheiro feita pela Editora e todos os depósitos ocorrem por meio de cheques cruzados e nominais.
7. A matéria também erra ao relacionar a Odebrecht com a Editora Atitude. Em relação a reunião organizada a pedido do ex-presidente Lula em 2012, tratou-se de evento realizado entre sindicalistas e empresários para debater a conjuntura nacional, absolutamente comum no meio político e empresarial.
8. A Editora contesta a publicação de O Estado de S. Paulo que apresenta relatório policial confidencial, expondo dados pessoais de jornalistas e dirigentes sindicais.
9. A Editora Atitude reafirma que toda a receita da empresa destina-se ao custeio das atividades de produção jornalística.
Editora Gráfica Atitude Ltda.
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O Estadão "esqueceu" das empresas de Comunicação (Rádio,TV e jornais) da família do Aécio, na qual a sua irmã distribuía grande parte das verbas publicitárias p/ as empresas da família. No qual os veículos do Aécio (que superam os do Collor) estão todos em nome da empresa. O Estadão se "esqueceu" de contar também quando eles ganham e toda a mídia direitista dos cofres do governo de SP, que é uma grande caixa preta e não aparece no portal da transparência. Vão se catar e contar outra história, bando de hipócritas e ladrões dos cofres públicos.
Renato, estes dias estava assistindo ao A&E, que quase nunca assisto. De repente, aparece uma propaganda do estadão. Não vi direito, mas no fim dizia: "O Brasil precisa saber". Pensei: saber o quê? Que vocês são podres?
Fiquei fula.
O pior é que estes canalhas vão gerando estas "notícias", uma aqui e outra ali, como se tudo fizesse parte de um jogo democrático. Quando pender a teia do golpe e a monstruosidade da ditadura que eles mesmos teceram, irão tirar o corpo fora e se dizer democratas. Todos deverão ser responsabilizados.
Falar o quê?
Que é o 4º poder que manda no Brasil?Mas quem não sabe disso?
Sinceramente, acho que será preciso uma pressão popular junto a todas as classes de trabalhadores, sindicatos, mais os três poderes,mais os jovens, educadores, mais a ajuda de Deus pra derrubar a mídia. São blindadas pelos EUA. Quero morrer antes de virar colônia dos "esteites".
Olá, Miguel! Espero que esteja tudo bem com o Brito. E com você, claro!
Eu só fico pensando... será que se o Aécio (e sua turma) conseguir dar o golpe, a PF vai continuar com toda essa disposição, em um governo de direita? Afinal, a PF de hoje é bem diferente daquela dos tempos de FHC (especialmente no tamanho e no salário). Será que a PF vai se encolher novamente e recolher-se à insignificância que o PSDB sempre lhe atribuiu, bem como a outros órgãos de fiscalização? Como espero que o golpe não aconteça, torço pra jamais ter a resposta a esta pergunta (a qual, no fundo, eu já sei qual é).
A PF é composta, majoritariamente, pela elite brasileira. Candidatos que, como nos concursos para Juiz, podem estudar sem trabalhar. Muitos filhinhos de papai e mamãe, batedores de panelas dos bairros nobres (especialmente os delegados). Por isso, vemos o que vemos. Um governo do PSDB nem precisaria de muita intervenção política e administrativa, para controlar uma PF tucana e simpática. Já o PT, é praticamente impossível controlar a PF. Culpa do Lula, que fez concurso e aumentou os salários. Bem feito.
Incrível essa história do Adarico Negromonte Filho preso, humilhado, enxovalhado pela Mídia por ser irmão de um ex-ministro das Cidades, Mário Negromonte. Agora foi inocentado e a família vai processar o estado. Nós, por meio dos nossos impostos é que vamos arcar com as despesas de erros grosseiros de quem prende e esfola e depois descobre que é inocentes (não é a primeira). Quantos indenizações iremos ter que pagar com o tribunal de Guantanamo?
Miguel, cade o Fernando?
“Augusto 'fura fila' Nardes exagera no seu golpismo
Relator do caso das 'pedaladas fiscais', o ministro Augusto Nardes, do Tribunal de Contas da União, quebrou o protocolo ao pedir pessoalmente aos presidentes da Câmara e do Senado, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Renan Calheiros (PMDB-AL), que tenham pressa na análise das contas presidenciais dos últimos 12 anos, que estão paradas no Congresso; Nardes tem se empenhado tanto em promover um eventual impeachment da presidente Dilma Rousseff, que já adiantou seu voto, antes mesmo de receber a defesa do Palácio do Planalto; "Antes de receber a defesa de Dilma, Nardes já havia afirmado que votará pela rejeição das contas de 2014", escreveu o repórter Vinícius Sassine, do jornal O Globo; condenar sem ouvir a defesa fere a Lei Orgânica da Magistratura, a que os ministros do TCU estão sujeitos...”
O POVO NÃO PODE ACEITAR QUE UM CORRUPTO DESSE TRABALHE PARA REMOVER A PRESIDENTE ELEITA DEMOCRATICAMENTE DA PRESIDENCIA. ELE, FOI PEGO NA LAVA JATO, MAIS SUJO DO QUE PAU DE GALINHEIRO QUE TIRAR A PRESIDENTE PARA ABAFAR A CORRUPÇÃO DELE E OUTROS IGUAIS A ELE. COMO O BRASIL PODE ACEITAR UM CORRUPTO JULGANDO AS CONTAS DE UMA PRESIDENTA QUE QUER PASSAR O PAIS A LIMPO?! NÃO ACEITAMOS ISSO. PRISÃO PARA ESSE CORRUPTO.
GOLPE DO FURA FILA É JULGAR AS CONTAS DE 2014, SEM TER QUE JULGAR AS CONTAS DE FHC E LULA que agiram do mesmo modo. Logo, em tese, furando a fila as ditas pedaladas seria as primeiras, e o golpe seria então consumado.
O Helio Jorge Cordeiro, no primeiro comentário lá de cima, deu a sugestão certa: uma Campanha pelo AVAAZ pra tirar a nulidade do Min. da Justiça o Zé faz nada; Alguém que conhece e faça, tô dentro e colaborando e divulgando! Porque o futuro é simples ou a esquerda luta ou baila...com LULA DILMA E OS CAMBAU!
OS GOLPISTAS COM PF. CHEGARÃO A INVESTIGAR NOSSOS COMENTÁRIOS AQUI? SE FIZEREM ISSO, VÃO NOS MATAR.
Mais uma que o Zé nem viu. Parece goleiro ruim. Passa tudo e ele não vê.