São Paulo chegou esta manhã à trágica marca de mil mortos em 24 horas – 1021, exatamente – , e andará perto disso outra vez amanhã, quando terminarão de ser lançados nas estatísticas os óbitos do final de semana.
À noite, o país exibirá, como se disse ontem, os 3.mil brasileiros mortos num dia.
E amanhã, às 300 mil mortes acumuladas em um ano de sofrimento, atraso e dor.
Morrem num país sem Ministro da Saúde, porque ainda às voltas para conseguir um valhacouto da impunidade onde homiziar o General Eduardo Pazuello.
São estes mortos os “fracotes”, os “maricas” de Jair Bolsonaro.
Morrem sem que nada possa ser feito pelos “alarmistas”, como este blogueiro, que olham o que se passa e dizem o óbvio: que tudo ainda vai piorar muito.
O país está parando, apesar das ações e zurros do presidente da República, e isso vai dar alguma melhoria à situação, mas só dentro de três ou quatro semanas, porque quem se contaminou cada vez mais tende a ir para uma UTI e quem nelas conseguiu vagas morre em proporções estúpidas, perto da metade.
Como considerar legítimo que, em meio a isso, o presidente da República continue a ameaçar que tenta fazer algo com o “seu” Exército ou, na falta deste, com uma penca de enrustidos, que se fantasia de fardas militares (o que é crime, não é, “seu” MP?) para marchar na Barra da Tijuca, em homenagem ao aniversário de seu Fu.., digo, “Mito”?
O país está em perigo, invadido e dominado por uma récua de alucinados, dos quais parlamentares e militares, jeitosos e cúmplices, tratam de ordenhar vantagens.
Nenhuma ditadura, nenhuma guerra, nenhum desastre matou tantos brasileiros.
Passou da hora de abrir o peito, soltar a voz e dizer NÃO a um presidente e seu (des)governo genocida.