A matéria da Folha com as críticas de Wellington Moreira Franco ao Governo pode impressionar alguém em São Paulo.
Aqui no Rio serve, ao contrário, como um imenso elogio.
Porque, nestas bandas, não existe quem tenha se desmoralizado mais na política que o “gato angorá”, como o chamava Leonel Brizola.
É de dar gargalhadas a frase dele: “O PMDB não trai”.
Repasse-se o seu currículo:
Estudante, foi a AP, a Ação Popular, marxista leninista.
Casou e foi ser genro do genro de Vargas, o almirante Amaral Peixoto, dono da política no antigo Estado do Rio.
Para ser governador, com o apoio de João Figueiredo e sua histórica vaia na Quinta da Boa Vista, passou-se para o PDS, novo nome da Arena.
De lá, para o PMDB, queridinho de Sarney, cujo Plano Cruzado o elegeu governador do Rio de Janeiro. De seu mandato, sobraram memórias como o abandono dos Cieps, a promessa imbecil de “acabar com a violêcia em seus meses” (que teria um fim irônico ao ter como assessor um dos envolvidos no sequestro do publicitário Roberto Medina, o do Rock in Rio) e a melancólica reunião com os bicheiros no Palácio Guanabara, que ilustra este post.
Depois, foi ser homem de confiança de Fernando Herique Cardoso, de quem foi assessor direto até o final de seu mandato.
No governo Lula, abocanhou uma diretoria da Caixa, agora ocupada por um homem de Eduardo Cunha, o diretor Fábio Cleto.
Foi parar na Aviação Civil na cota de Michel Temer, ao qual se grudou como carrapato político.
Moreira Franco é um cidadão sem condições de falar em Orçamento, austeridade e economia do dinheiro público.
Como governador, assinou uma “confissão de dívida” – claro, para seus sucessores – de nada menos de 150 milhões de dólares por obras contratadas e não pagas do Metrô. O popular “calote”.
É de dar mais gargalhadas sua afirmação de que o PMDB não tem ligações com a corrupção, na hora em que Eduardo Cunha é denunciado no STF.
Se existe um nome absolutamente inútil na construção de um acordo digno de governabilidade, o nome dele é Moreira.
Moreira irá para onde puder lhe estenderem o pires, ronronando como um gato agorá.
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Caro Fernando, não fale assim do meu ex-chefinho na Aviação Civil. Por aqui, ele teve uma passagem marcante, fazendo coisas como ..., é, ..., deixa ver, ..., acho que foi, ..., gasp!, ........................
Isto,como se diz aqui na minha terra,é um dos HOMENS MAIS" CISCO" que se pode imaginar!
Boquirroto e modorrento.
E ainda teve que vender um apartamento na Lagoa pra devolver uma grana do erário que ele usou indevidamente numa campanha, se não me angano...
Ou o Lula assume a reforma ministerial ou tá tudo fedido. Veja quem se acha no direito de dar opinião.
Moreira Franco, o ocupador de espaços, como magistralmente PHA definiu. Agora, está a ocupar um outro espaço, o do golpe. Usa de "sutilezas" e vigarices para tanto, só que está com a máscara caindo.
Ele está fazendo exatamente o papel que lhe cabe ,dentro da estrutura do PMDB , lá existem vários gatos angorás , raposas , crocodilos , urubus e hienas e muitos outros bichos . Um verdadeiro zoologico "apoiando" o governo . Somando-se oposicionistas travestidos a petistas .ISSO QUE É APOIO.
É o que eu vivo falando: Hoje um bando de escroques têm voz e proteção da mídia, bastando apenas falar mal do PT. Falar mal do PT virou plataforma política. Vide o Paulinho da Força que a primeira coisa que declarou quando seu processo foi pro STF foi que estava sendo perseguido pelo PT. Cunha idem. Fábio Jr. meteu o pau "no que está aí" e no dia seguinte estava promovendo o seu show em São Paulo.
Resumo da ópera: Quer aparecer e roubar à vontade? Fale mal do PT.
O que não entendo é ele ter tido tanto espaço nos governos Lula e Dilma.
Até hoje, e por muito tempo, vou lembrar dessa criatura destruindo trabalhos do Brizola, destruindo os CIEPS, queimando materiais... Quando vi este pestilento no governo, fiquei muito decepcionada. É assustador como esse tipo de gente sobrevive. Foi acolhido mas ainda vai querer morder a Dilma. Não se dá oportunidade para cobra. Que esta peste desapareça.