As vaias e gritos na sua chega a João Pessoa, ontem, deveriam fazer Sergio Moro ver que é um suicídio a tática política que adotou para sua candidatura.
Se você prestar atenção nos gritos verá que dois tipos de apupos lhe eram dirigidos e os menores eram os que se poderia dizer que fossem de algum eleitor de Lula.
O “traidor” vinha, evidentemente, de bolsonaristas e isso vai se repetir por toda a parte.
Ontem mesmo, Jair Bolsonaro voltou a dizer que Moro teria concordado em trocar o diretor-geral da Polícia Federal se fosse garantida sua vaga no Supremo Tribunal Federal e que foi a resistência a entregar-lhe que provocou a saída do ex-juiz do governo.
Este é um petardo a que Moro e suas gaguejadas não podem resistir e que insufla as falanges bolsonaristas, que vão persegui-lo por onde passar.
Moro acha que pode continuar vivendo como vivia quando era cercado por câmeras de TV e agentes da Polícia Federal, desfilando impávido como um reizinho?
Que alguém vai acreditar que ele deixou o governo por “combater a corrupção”, quando nada fez ou denunciou em quase um ano e meio como ministro? Que não aceitou a solidariedade e o apoio do presidentes, em estádios de futebol, quando a barra da Vaza Jato começou a pesar?
O bolsonarismo vai encurralar Moro nesta primeira fase da campanha eleitoral.
Lula, só na segunda, quando houver o confronto público entre os dois.
Se, claro, Moro chegar até lá.