Sérgio Moro, que já não se acanha com nada que poderia ser constrangedor a um juiz com comportamento austero, foi a um evento promovido pela Petrobras que é, como se sabe, parte em muitos de seus processos.
E, chegando lá, perdeu definitivamente a compostura e sugeriu que a empresa pague – é isso mesmo, pague! – aos funcionários que se dispuserem a serem delatores.
“Talvez fosse o caso de pensar em incentivos à atuação dos denunciantes, inclusive compensação financeira, desde que apresentada informação verdadeira, relevante, que através dela seja desbaratado esquema de corrupção. Ninguém deve enriquecer com isso, mas o incentivo deve ser oferecido para tirar as pessoas da zona de conforto”.
É o “Bolsa Dedo Duro”, cujo potencial de injustiça e intriga qualquer um que tenha tido a experiência de trabalhar em qualquer empresa ou instituição é, certamente, capaz de avaliar.
Imagine só todo funcionário colocado diante da possibilidade de “ganhar algum” dedurando um colega ou um chefe?
Vamos ter ninhos de arapongas em toda parte.
E o que acontecerá com o funcionário que quiser se aproveitar do PID – Programa de Incentivo ao Denunciante – e não tiver provas do que denuncia? Seria demitido ou protegido?
As empresas vão ficar iguais às delegacias de política – todas com uma “folha” de “dedos duros”, os famosos “X-9” – que convivem com o esquema escabroso dos alcaguetes profissionais, sempre montando armadilhas, num ambiente abjeto de bisbilhotagem.
A seguirmos a linha de pensamento do Dr. Moro, logo teremos pais pagando aos filhos para vigiarem os telefonemas das mães e filhas recebendo das mães para controlarem o comportamento dos pais.
Afinal, se “dedo duro” é algo tão bom, porque não ter um em casa?
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E o estado policial fascista ampliado.
Quem for delatado será enviado para o KAPO com uma coercitiva.
talvez seja a experiência, sabedoria e prática de ganhar um 'por fora', que o diga o Tacla Durán.
Nessa linha, Tacla Duran ganharia uma baba para entregar um juiz Fascista, bandido, responsável pela quebra da Petrobras, do Rio de Janeiro e também do Brasil, a mando dos americanos.
Enquanto isto nas convencoes do partido do Moro o clima é de velório. Vai faltar vela pra tanto morto. Morreram todos de overdose de traicao ao pais e a democracia. Derrubar o PT e se juntar a Temer custou a vida daquele PSDB que ja nao era la aquelas coisas. So me resta rir, mas rir muito.kkkkkkkk
Afinal, quem é essa figura parda conhecida como DD?
Se for o cara que investe no Minha Casa, Minha Vida aí a coisa vai ficar feia pro juizeco do teto.
É Duis Dinacio? Ou Dilma Doussef? Devem estar ganhando tempo pra arrumar alguém do PT com essas iniciais...Ou uma lista falsa esquecida numa gaveta com iniiciais dessa alcunha de alguém ligado ao PT....O desespero tá grande...Tic Tac.Tic Tac
O Brasil afunda todos os dias e vai reciclando os absurdos sem nunca sair do lugar. Nenhuma ação concreta do lado da esquerda. Somente Lula como um gigante no horizonte. Mas com tanta vilania acumulada e assimilada ao DNA da elite e da classe média, parece que as esperanças de mudança são mínimas.
Moro é o simbolo da contra-revolução arrivista pela qual estamos passando e de que na verdade nunca nos livramos. Ao contrário dos revolucionários que lutam para modificar o mundo, o contra-revolucionário quer se fazer a cara e o focinho de um mundo que persiste e insiste teimosamente em não morrer. Como dizia nosso melhor interprete "são todos arrivistas e viveram a melhor parte da vida tiranizados pela paixão de ganhar dinheiro, seja como for. Os que formam direitamente a grande sociedade, são os médicos ricos, os advogados afreguesados, os tabeliães, os políticos, os altos funcionários e os acumuladores de empregos públicos. Por mais que se esforcem, por mais que queiram, semelhantes homens, atarefados dia e noite, nos escritórios, nas repartições, nos tribunais, nos cartórios, na indústria política, não podem ter o repouso de espírito, o ócio mental necessário à contemplação desinteressada e à meditação carinhosa das altas cousas. Limitam-se a pousar sobre elas um olhar ligeiro e apressado; e a preocupação de manter os empregos e fazer render os cartórios, tirar-lhes-á o sossego de espírito para apreciar as grandes manifestações da inteligência humana e da natureza. Pode ser definida a feição geral da sociedade com a palavra — medíocre. Vem-lhe isto não de uma incapacidade nativa, mas do contínuo tormento de cavar dinheiro, por meio de empregos e favores governamentais, do sentimento de insegurança de sua própria situação. Uma tão vulgar preocupação pauta toda a vida intelectual da sociedade, de modo que, nas salas, nos salões, nas festas, o tema geral dos comensais é a política; são as combinações de senatorias, de governanças, de províncias e quejandos. A política não é aí uma grande cogitação de guiar os nossos destinos; porém uma vulgar especulação de cargos e propinas. Sendo assim, todas as manifestações de cultura dessa sociedade são inferiores. "A gente" desse mundo "gosta de raciocinar por aforismos. Sobre todas as cousas, eles têm etiquetadas uma coleção deles. A falta de generosidade e a sua inquietude pelo dia de amanhã ferem logo a quem examina a sociedade daquele país, mesmo perfunctoriamente.Tudo lá é conforme a moda. Poderia ainda falar nas suas festas íntimas, nos seus casamentos, nos seus batizados, nas suas datas familiares; mas, por hoje, basta o que vai dito, e é o bastante para mostrar de que maneira [essa] aristocracia é incapaz de representar o papel normal das aristocracias: criar o gosto, afinar a civilização, suscitar e amparar grandes obras. Se falei aqui em aristocracia, foi abusando da retórica. O meu intento é designar com tão altissonante palavra, não uma classe estável que detenha o domínio da sociedade, e a represente constantemente; mas os efêmeros que, por instantes, representam esse papel naquele interessante país. Explicado este ponto, posso ir adiante nas minhas breves "notas" sobre o país."
Viva Lima, Lima vive
Uma sujestão: oferecer dinheiro aos ex-funcionários do Banestado, aos funcionários do escritório do Zocolotto, aos funcionários de certa mansão em Paraty e aos atuais funcionários da Mossak para que falem tudo o que sabem. Acho que cairia o TETO. Se é que me entendem...
Verdade...afinal...o peixe não apodreçe pela cabeça!!!!Que os funcionários desses órgãos e escritórios recebam uma gratificação para entregar os podres das cabeças....têm medo do quê?
Fala mais Tacla Duran!!!!
Entre os ex-funcionários encontra-se a ex-funcionária do ex-Banestado, señora de Don Carlos Fernandes, el procurador MPF/PR que há desafiado o dep. Paulo Pimenta/RS para um duelo nas urnas em 2018. Olé!