A adesão do MBL à candidatura Moro, marcada para hoje, tem o peso que o decadente movimento dos rapazes do Kim Kataguiri conserva: nada.
É, claro, alguma coisa para quem, desde que se lançou candidato conseguiu, nas pesquisas e nas alianças, crescimento zero.
Tanto que seu porta-voz informal no site que lhe serve de órgão oficial de campanha, diz que os rapazes são sua “única chance”:
Sabotado pelos partidos, Moro tem a chance, com o MBL, de dar uma guinada em sua candidatura. Ele já entendeu que não poderá contar com Podemos ou com União Brasil, a não ser que consiga, sozinho, subir nas pesquisas.
No UOL, também hoje, reportagem diz que “o baixo rendimento do pré-candidato à Presidência Sergio Moro nas pesquisas eleitorais tem preocupado seu partido, o Podemos, que tenta evitar uma debandada de seus filiados”, segundo deputados do partido.
Até o “não desista, não desista” que Moro disse ser o que mais ouvia de seus apoiadores é mau sinal: ninguém daria este conselho a que está subindo, de vento em pôpa.
A esta altura, até no União Brasil, o partido fictício que se montou sob a presidência de Luciano Bivar, que alugou a Jair Bolsonaro, em 2018, a legenda do PSL e recebeu agora o fruto deste negócio com a dotação imensa do fundo eleitoral, conseguida à custa da bancada bolsonarista eleita naquele ano, Moro tem dificuldades.
Mesmo entregando a vice a Bivar e perdendo qualquer autonomia, há muitos que lhes fecham as portas por lá.
Como já se disse aqui, há tempos, tudo o que Moro faz na política, agora, é desmentir – e sem fatos – as suspeitas cada vez maiores sobre sua atuação.
É o única ribalta que tem e, sem este, é provável que recue mais alguns passos, para o fundo obscuro do palco.
Talvez, até, para fora dele.