Ficou insustentável a situação do primeiro Ministro conservador espanhol, Mariano Rajoy.
Acusado de receber favores do ex-tesoureiro do Partido Popular, Luís Bárcenas, Rajoy saiu-se com aquela que a gente conhece bem do “faz tempo que não o vejo”.
Bárcenas, de quem se descobriram contas bancárias milionárias – uma delas, na Suíça, tinha mais de 22 milhões de Euros – abastecidas por propinas recebidas em contratos firmados em administrações do PP, também apelou para aquela outra frase famosa: “não se deixa um amigo no meio da estrada” e divulgou as mensagens que até outro dia trocava por celular com Rajoy, que lhe pedia calma e sangue-frio para aguentar os ataques.
Ontem, Bárcenas entregou os papéis da vingança ao juiz Pablo Ruz. São centenas de documentos, muitos deles recibos de próprio punho de dirigentes do partido, prefeitos e integrantes do governo conservador de Jose Maria Aznar, o presidente conservador contemporâneo do nosso queridíssimo FHC.
O caso guarda muita semlhança com episódios que se passaram no Brasil. A diferença é que lá a imprensa investiga e publica o que se passa com os políticos, sejam eles de direita ou de esquerda.
Aqui, o “jornalismo investigativo” é seletivo.