Da coluna da Ilimar Franco, hoje, em O Globo:
“A proposta do vice Michel Temer de instituir o distritão ganha corpo no Congresso. O PMDB está fechado com o modelo que acaba com o voto de legenda. Este tem sido uma vantagem para o PT, sigla com o dobro de simpatizantes do segundo colocado. No distritão serão eleitos os mais votados. As cúpulas do PP, PR e PTB aprovam. O ministro Gilberto Kassab (Cidades) garantiu o apoio do PSD. O DEM, que preside Comissão da Reforma Política com o deputado Rodrigo Maia, também caminha nessa direção. Esses partidos somam 223 votos. Resta saber o que fará o PT, que não tem votos para aprovar o voto em lista. Eles podem ajudar a construir a mudança ou obstruir qualquer proposta que não seja a sua.”
Vamos, está visto, caminhar como caranguejos, com passos para trás, restabelecendo o poder dos “donos de curral”.
Com dinheiro das empresas e as estruturas dos “seus” prefeitos, quem pode ser derrotado?
Já tivemos voto distrital por aqui, nos “círculos” do Império, que asseguravam cadeiras no parlamento às oligaquias locais.
Idem no sistema eleitoral que prevalece, em parte, ainda hoje nos Estados Unidos, onde até o Presidente da República pode ser eleito perdendo no voto popular, pelo sistema de eleição de “delegados”.
Sem falar no “Gerrymandering” uma mistura da palavra salamandra com o nome do ex-governador de Massachusetts e vice-presidente Elbridge Gerry, que redesenhou os distritos eleitorais de seu estado para garantir vitórias eleitorais.
É de lá dos EUA que vem a ilustração do que é possível fazer com este gerrymandering distrital.
As bolinhas vermelhas e azuis são em número igual, mas dividindo espertamente os distritos, o partido da bolinha azul fica com três representantes e o da bolinha vermelha com apenas um.
Qualquer semelhança que o distinto leitor veja nisso é mera coincidência…
Parece aquelas charadas que se faziam com palitos de fósforos na infância, mas é neste “parte e reparte e fica com a melhor parte” que se pensa, até porque de bobo ou não ter artes nada tem este pessoal.
Claro que os argumentos serão todos de uma pureza angelical: uma eleição mais barata, com deputados mais próximos das “bases” e a abolição das figuras exóticas (ou nem tanto) dos Tiriricas e Romários.
E, na prática, o fim dos partidos políticos, como observa o meu colega Fernando Mollica: “Já é difícil governar com partidos inorgânicos, sem um mínimo de coesão. Mas será o caos com o ‘distritão’. Cada parlamentar será, na prática, um partido, um bloco do eu sozinho, não terá qualquer interesse em participar de uma articulação partidária. Defenderá apenas – ainda mais do que hoje, sim, isto é possível – seus próprios interesses. Teremos então 513 partidos na Câmara dos Deputados(…)
Pelas mãos de Cunha, quem duvida que o “distritão” vai virar o “varejão” do voto?
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Esse congresso é obsoleto e qualquer proposta que vier deste virá para impedir os avanços políticos que o país necessita.
Paulo, acho que palavra correta é OBSCENO.
Ainda prefiro distrito a legenda. Como seria o voto em lista?
legenda
No Voto em lista fechada vc não tem liberdade em escolher quem vai te representar, vc vota na legenda e a legenda que vai colocar N candidatos dela que vc não vai poder opniar.
Legal que não tem escolha, se tiver um candidato em particular da sua região e ele não foi colocado em posição boa na lista vc não tem como escolher ele se não for antes todos os outros acima na lista q ele
Vc não vai ter mais aquele candidatos cuja ideia particular te represente, vai ter q se contentar em "comprar" o pacote de ideia do partido.
Rodrigo o buraco é mais embaixo! Uma verdadeira Reforma Política deveria fortalecer os partidos políticos e não os "caciques", como esse famigerado "distritão" preconizado pelo velho e atrasado PMDB. E que nos fará retroceder ao tempo da República Velha coalhada de instabilidades e crises políticas. E isso é assim em todos as democracias estáveis do planeta. Na lista fechada o eleitor sabe sim quem provavelmente poderá ser eleito porque a ordem de prioridade é previamente conhecida e determinada em convenção partidária. De forma que se determinado candidato que encabeça a lista não atende as expectativas dos filiados e simpatizantes da legenda quem sofrerá as consequências nas urnas será o próprio partido. Uma vez eleito o político não mais se sentirá "dono do mandato" , mas sim o partido que lhe emprestou a legenda e a ele cabe obediência a seus ideais. Os eleitores, por sua vez, poderão cobrar dos partidos coerência com aquilo que publicamente defenderam nos pleitos. Em alguns países existe ainda a "lista flexível" onde o voto maciço em determinado candidato pode alterar a ordem de prioridade da lista previamente definida, mas ele continua vinculado ao partido ao qual livremente escolheu. Aqui apenas se dá um pouco mais de liberdade para que o eleitor altere a lista prévia do partido.
PT já era.
Dilma está perdida e sem rumo.
O PMDB manda e faz o que quer.
Então a responsabilidade pelo que vier é do PMDB e não da Dilma ou do PT, que isto fique bem claro, certo? Simples assim...
Não é a Dilma que está perdida. SOMOS NÓS!!!!!
Muito bem Fernanda!
Esse pessoal gosta de criticar o PT como a elite critica o Brasil!
Por outro lado, a maioria tem preguiça de pensar política e acha que faz grande coisa votando no dia da eleição!
Antes de tudo, o cidadão precisa entrar para os partidos e ajudar a melhor definir os candidatos!
Sou contra isso que esse canalha do cunha esta propondo!
El é uma ameça a democracia, é a vanguarda do atraso!
A coisa ta bonita no Parana! Deputados chegando no onibus da tropa de choque pra votar o pacote de maldades do richa! TV paranaense (filiada da globo) jogando a culpa no governo federal.
RAPAZ, VC TA DORMINDO NO PONTO IGUAL O PT! NO PARANA OS PROFESSORES DERRUBARAM O "PACOTE DE MALDADES DO RICHA/PSDB" NA MARRA, INVADIRAM A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA E MOSTRARAM A FORÇA DO POVO E VOCE NA DIZ NADA???
Conseguiram finalmente detonar a grande aliança que tem feito os governos mais fecundos e nacionalistas do país. Não adianta o PT e o governo federal tentarem agora fabricar outro partido de centro para substituir o PMDB. Os inimigos observaram qual a fraqueza do PMDB para então se concentrarem nesta fraqueza, e a fraqueza maior que foi detetada foi o excessivo amor pelo dinheiro. A aliança que sempre fez os grandes governos do Brasil é históricamente esta: O maior partido de centro (antigo PSD e hoje o PMDB) irmanado ao maior partido trabalhista (antes o PTB e agora o PT). Esta aliança construiu o Brasil moderno, grande e com mais justiça social, através do governo Vargas, do governo Juscelino e agora através dos governos Lula-Dilma, sempre debaixo de furiosos ataques da mídia mancomunada com os partidos de orientação ideológica liberal ou neoliberal de tendências entreguista e dependente (antes a UDN e agora o PSDB). A aliança tem centro-trabalhista tem impulsionado o Brasil e vencido inúmeras batalhas. Mas agora os entreguistas/dependentistas conseguiram quebrar finalmente esta última, duradoura e fecunda aliança. O principal capítulo deste ataque vitorioso foi a infiltração de um engenheiro de explosivos chamado Cunha nas hostes do velho PMDB. E o explosivo usado parece ter sido coisa em redor de bilhão de dólares. Agora, talvez Deus mais uma vez saia de seus etéreos cuidados para salvar o Brasil; isto seria porém outro de seus mais impressionantes milagres.
O chamado "gerrymandering" é uma praga infernal nos EUA. O estado de Ohio dividiu o voto para Congresso 50%-50% e ficou com 12 Republicanos e 4 Democratas... e assim por diante em vários estados. Esse sistema de distritos só vale quando tem regras claras sobre como desenhar os distritos ("compactness") que evitam a formação de gerrymanders, que eu chamaria "tucanomandras" aqui no Brasil.
(E só para corrigir, Elbridge Gerry foi governador de Massachusetts, não de Alabama.)
É VERDADE, VOU CORRIGIR
Tudo de que o país não precisa.
Entrar em obstrução para obrigá-los a negociar e aprovar uma reforma política negociada.
... E por falar nos Pinóquios da [eterna fascigolpista] oPÓsição ao Brasil...
Perdão, Pinóquio!...
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Eduardo Cunha defende a si e a 80 deputados ao ser contra impeachment de Dilma
Por jornalista Renato Rovai
fevereiro 12, 2015 14:26
(...)
O Supremo Tribunal Federal já tem os nomes dos deputados e senadores que podem ter metido a mão na cumbuca na Lava Jato. E muitos serão processados por isso, caso esses vazamentos seletivos não venham a impugnar a ação.
(...)
Por isso, amigos, o super Cunha de hoje pode se tornar o pato manco de amanhã.
E a Dilma manquitola de hoje, pode sair dessa crise mais forte. Principalmente se não se dobrar aos espertalhões. E, neste caso, o tempo joga a favor da presidenta. Por mais absurdo que isso possa parecer. Dilma tem quase quatro anos de mandato. Cunha e os prováveis enredados na Lava Jato não sabem quanto tempo têm até serem desmascarados.
O hoje nunca é garantia de amanhã. É por isso que Eduardo Cunha está tão ansioso.
FONTE: http://www.revistaforum.com.br/blogdorovai/2015/02/12/eduardo-cunha-defende-si-e-80-deputados-ao-ser-contra-impeachment-de-dilma/
Deus te ouça!
Desde que o PT não esteja até o pescoço, que venha o processo da Lava - Jato!
Dinheiro declarado não é corrupção e nem propina - portanto, não é ilegal.
Penso que esses delatores estão inculpando muito só o PT e por esse motivo, desconfio que o PT e seus deputados estão fora desse jogo.
Assim esperamos!
Não era/é possível que quem sofreu um "mensalão" no lombo tenha caído em um Lava-Jato. Não acredito!