Estava em trânsito quando chegou a notícia da morte de Eduardo Campos, mas achei necessário parar para escrever sobre o episódio, embora o Miguel já tenha expressado nossa posição.
Não vou, irresponsável ou morbidamente, como estou vendo na cobertura de televisão, ficar especulando sobre as causas do acidente ou, pior ainda, sobre suas consequências políticas deste desastre horrível.
Aliás, quero repudiar as insinuações feitas na TV Globo de que não era provável que fossem problemas mecânicos, o que já “empurra” para os pilotos a “culpa” pelo acidente.
Voei muito, acompanhando Leonel Brizola em campanhas eleitorais, desde jatinhos até teco-tecos.
A arremetida, embora seja um procedimento de segurança, guarda muitas semelhanças com a decolagem e é uma situação de vulnerabilidade para qualquer aeronave, sobretudo quando não há muito espaço nas áreas de aproximação após a pista, como é o caso da Base Aérea de Santos. O avião está em baixa altitude e baixa velocidade.
Mas isso é assunto para os investigadores aeronáuticos, não para se ficar dando palpites.
Agora o importante é reconhecer que, independente das posições políticas, o respeito ao ser humano, à sua família e seus amigos deve prevalecer.
Por isso, explico a retirada do post onde se comentava a entrevista de Campos, ontem, ao Jornal Nacional.
Não tem sentido manter comentários sobre seu desempenho e isso teria, agora, uma característica mórbida e indesculpável.
A política, hoje, silencia, para que se escute apenas o som do pesar.
PS. Peço o mesmo respeito e moderação nos comentários. Retirei alguns do post anterior que poderiam ser interpretados em outro contexto, mesmo sem a intenção de ofender.
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Meus parabéns Brito,faço minhas as tuas palavras e me associo à dor de familiares, amigos e companheiros.
Concordo inteiramente com a sua postura. Isso se chama ética. Devemos total respeito e sobriedade num momento desses, em especial diante da família das vítimas. Parabéns pela elegância.
A Postura de Fernando Brito não é política, é de respeito a dor dos familiares e amigos de Eduardo Campos.A compaixão é um sentimento do caráter humano, assim deveria ser, mas nem todos tem capacidade para entender isso, principalmente aqueles que se escondem por detrás de um pseudônimo.
Sensato. Parabéns pelo blog e pela postura.
Concordo com o Tijolaco e uma tragédia sobretudo familiar, os outros campos ficam para depois.
Censurar p q? Não é hora de política, p q? Eduardo morreu fazendo o q? Sua postura, Brito, é política. Os efeitos da morte são essencialmente políticos, por isso sua repercussão.
Não seja inocente.
Os blogs ditos progressistas são muito visados. Qualquer desrespeito à morte de Eduardo será superdimensionado pela grande mídia. Só você não sabe disso?
Eduardo morreu fazendo política, mas sua morte não foi política, foi uma fatalidade. Respeitar a dor do momento, mesmo que você considere como uma postura política, é nobre.
Que papo mais furado...Vc pensa que nossos adversários estão nesse momento fazendo o que, chorando?! Estão é querendo transformar essa fatalidade na "bala de prata" deles. Se vc acha que devemos nos comportar com bom mocismo para evitar qualquer superdimensionamento vc não entende nada de luta política.
Macunaíma, para de ser ignorante, é uma fatalidade e ponto final, a política continua, mas quem é o adversário? a família do Eduardo Campos? os Amigos? isso é irracionalidade, isso não é política, é politicagem ¬¬" em uma política séria, a postura é exatamente a tomada por esse blog ¬¬"
A vida é feita de valores, e ela própria é o maior de todos. O ser humano, gênero da espécie eleitor (se é para te sensibilizar), geralmente entende isto muito bem... portanto, mesmo como ferramente política (se é para te sensibilizar), é momento de parar e fazer luto e pesar por uma fatalidade que matou um candidato a presidência e outras nove pessoas, todos com o mesmo valor da vida!
Enfim, não é praticar bom mocismo, é ser humano... fundamento básico de quem queira fazer Política.
então fale por você...
Pessoal, os abutres do pig e do "mercado" já festejam marina como candidata pois segundo eles, agora sim, pode haver segundo turno.
E mais: essa morte foi depois que ele e aécio no jornal nacional não se mostraram capazes de barrar a reeleição de Dilma; as pesquisas que não mostram dão maior vantagem para Dilma e a máfia deve ter mandado matá-lo para que marina venha e - ela sim - vá ao segundo turno, já que sabem também que aécio não vai longe.
Desculpe, mas com a máfia não se brinca. Não acho coincidência todos os líderes contrários aos EUA morrerem ou terem sofrido de câncer.
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Respeito primeiro, política depois.
Convergências ou divergências ideológicas e políticas não devem nunca justificar atitudes oportunistas diante de uma tragédia. Eduardo Campos era um jovem quadro da política brasileira, neto de Miguel Arraes, um defensor dos pobres e do Nordeste. Campos colaborou com os Governos Lula e Dilma. Se, por circunstâncias políticas, decidiu seguir outros rumos, isso não lhe acrescentou nem diminuiu méritos ou defeitos. Mas, nesse momento, o Brasil é quem perde e sofre com essa fatalidade.
Antes de tudo vale lembrar que todos nós estamos sujeitos ao infortúnio e a morte. Quem morre não é apenas o outro, mas um pouco de nós também. Portanto, o momento é pesar e lamentar o acontecimento. Que Cristo conforte a todos.
Se me permite, sujeitos não, estamos fadados à morte!
Atitude irretocável. Perfeita!
Brito vc dá orgulho às pessoas que o seguem diariamente neste Blog. Parabéns por manter seus princípios e virtude. Esperamos que este episódio triste não seja usado de forma irresponsável por parte da grande mídia. Espero que pelo menos um mínimo de decência habite os corações dos editores.
Parabéns, Fernando e Miguel, pela postura séria e ética num momento de pesar.
Quanto à Globo, não nos espantemos. Eles adoram testes de hipóteses e adoram abrir espaços para os milhões de "especialistas" que aproveitam esse tipo de acidente para aparecer. Lamentavelmente, não surpreende.