Muita gente boa anda achando que Jair Bolsonaro vai mesmo mudar de comportamento e passar a defender medidas sanitárias e a vacina, como forma de não perder popularidade.
Não vai.
Sua reação diante das medidas restritivas adotadas pelos governadores do Distrito Federal e de São Paulo – e que acabarão sendo seguida por outros, onde o sistema hospitalar entrou em colapso – mostra que Jair Bolsonaro é irrecuperável para qualquer plano de racionalidade e que não vai abrir mão de manipular a sensação de cansaço da população e seu sofrimento econômico com as privações a que a pandemia nos leva.
Não há nem haverá um pingo de piedade ou de solidariedade humana nele, nem hoje, quando o país repete a marca de 2.200 mortes (2.233, segundo as secretarias de Saúde), nem amanhã, quando o país chegar aos três mil óbitos diários, previstos para os próximos dias
Mas há também um plano nisso: o aprofundamento da crise econômica de um país desgovernado será lançada à conta de quem defendeu a vida, como se fosse o “lockdown” que nunca vivemos o responsável pela situação em que estamos.
Bolsonaro, o incapaz, o homem que nunca fez nada de útil a seu país, precisa, indispensavelmente, acusar para não ser merecidamente acusado.
Não haverá “Jairzinho Paze Amor”,só o “Bolsonaro Morte e Horror”.