Não tem mais ‘vachina’?

Procurei, em vão, nas redes sociais as reações furiosas dos bolsonaristas à compra, pelo Governo Bolsonaro, das vacinas chinesas importadas e envasadas pelo Instituto Butantã e que, afinal, serão a base da etapa inicial do Plano Nacional de Imunização, rebatizado agora “Plano Mão Grande”, quando este vier a ocorrer.

Esperava pelo menos alguns “memes” dizendo que “a nossa vacina jamais será vermelha” ou alguém falando que a vacina ia provocar uma mudança de DNA e fazer o vacinado acordar em metamorfose para urso panda.

Nada. Silêncio. Bicuda.

Isso não foi há tanto tempo: o ex-capitão gritava, nas redes, em letras maiúsculas, no final de outubro que ‘NÃO COMPRAREMOS A VACINA DA CHINA” e que os brasileiros “não seriam cobaias’.

Humilhou o Eduardo Pazuello, que havia anunciado a compra, dizendo que ela ele que mandava e o general foi, servilmente, dizer que “ele manda, eu obedeço”.

A China, quieta, continuou desenvolvendo seus imunizantes e são cinco as fórmulas diferentes que chegaram ao terceiro e último estágio de testes.

E cumprindo até antecipadamente seus cronogramas de fornecimento de vacinas.

Em momento algum aceitou as provocações de Jair Bolsonaro e sua trupe de ignorantes e politiqueiros acusando-a de ter criado o vírus como um complô comunista.

Agora, pressionado e sem nenhuma dose de vacina em território nacional que não a chinesa dá um ultimato ao governo de São Paulo para que entregue as que tem e permita começar-se o processo de vacinação.

Ainda tenta, com súplicas tardias, arrumar algumas doses indianas, apelando com uma carta em que agradece a desova, aqui, de toneladas de matéria prima para a inútil hidroxicloroquina.

Mas, se não conseguir, terá de forçar a Anvisa a reter a liberação da Coronavac para não ter de iniciar com a vacina que “NÃO SERÁ COMPRADA” a vacinação dos brasileiros.

Nem jacaré, nem panda. O efeito colateral da vacina chinesa vai é transformar Bolsonaro em mico.

 

 

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