A Dra. Mayra Pinheiro, a Capitã Cloroquina, gosta de descrever suas atividades no Facebook e basta ir lá para ver que tanto ela quanto o general Eduardo Pazuello não falaram a verdade em seus depoimentos na CTI.
Claro que fiquei penalizado de ouvir que ela interrompeu seu “recesso de fim de ano” com a “convocação urgente” do Ministro para chefiar uma missão a Manaus, de onde vinham descrições preocupantes sobre o colapso do atendimento hospitalar aos pacientes de Covid.
Fiquei aliviado em saber que só no dia 3 de janeiro foi para lá, com tempo de postar uma foto de réveillon com um “Vinho Bolsonaro” e de participar de uma live do Partido Novo.
Mas isso tudo seria “treta” se não estivesse lá a sua descrição da ajuda do Governo Federal aos manauaras que começavam a morrer sem poder respirar na segunda semana de janeiro.
Pazuello disse à CPI que só no dia 10, ao chegar a Manaus, soube da falta de oxigênio, mesmo dia em que a risonha Dra. Maya comemorava a vitória do Ceará Sport Clube por 2 a 0 sobre o Flamengo.
Também a Capitã não postou nada a respeito da crise de oxigênio. Só no dia 14 colocou uma imagem e um texto para falar das “providências urgentes” do Ministério, onde se lia:
Desde o dia 8 de janeiro aviões KC-390 Millennium e C-130 (Hércules) da FAB estão decolando com cilindros de oxigênio e equipamentos e materiais para montar a estrutura que vai dar suporte ao estado no enfrentamento da doença.
Desde o dia 8? Como, se o ex-ministro, sob juramento, disse que só no dia 10 tinha sabido do problema e que, “no dia 12”, chegaram as primeiras cargas aéreas?
Numa palavra, mentirosos.
Noutra: genocidas.