Nassif: Lava Jato, em SP, ganha sua “Dallagnola”, o exibicionismo primário

Está circulando nas redes, esta semana,  um resumo do programa Roda Viva onde Reinaldo Azevedo, insuspeito de “petismos”, desmonta uma promotora que, por sua vez, desmanchava-se em elogios à “perfeição” (a expressão que ela usa é “tecnicismo”, querendo com isso dizer “boa técnica) da sentença de Sérgio Moro que condena Lula. Esta senhora, D. Thameia Danellonintegrante de uma nova “força-tarefa” da Lava Jato, recém inaugurada, começa seu trabalho copiando descaradamente o “goodboy” curitibano Deltan Dallagnol.

Ontem visitei seu Facebook. Até três anos atrás, apenas aquelas fotos de gatinhos e outros bichos e algumas poses, de camisa verde-amarela, na Avenida Paulista. Depois, quando se torna promotora, garota-propaganda das tais 10 medidas contra a corrupção e de Deltan Dallagnol/Sérgio Moro.

É o novo “saber jurídico”.

A nova Procuradora Geral, Raquel Dodge, tem a oportunidade de dar uma freada de arrumação nisso, enquanto está no início, ou tornará o MP uma instituição que tem um chefe formal e outro, prático e público, que se arvora em dono do poder e da verdade.

O texto de Nassif, publicado originalmente no GGN:

Os problemas de Danellon, a Dallagnol paulista

Luís Nassif, no GGN

Não começou bem a história da Lava Jato paulista.

Resume-se à transferência, para São Paulo, do desmembramento de algumas denúncias analisadas pelo STF (Supremo Tribunal Federal), contra réus que não disponham de foro privilegiado. De imediato, ganhou a cara da procuradora Thameia Danellon, lotada em São Paulo, apresentada como a chefe da Lava Jato paulista.

Pelos primeiros movimentos, Thameia representa a face mais comprometedora da Lava Jato.

É ativista política, conforme demonstrou participando ativamente das convocações do MBL (Movimento Brasil Livre) a favor do impeachment. Aliás, é sintomático o fato de terem sido abertas representações contra procuradores que participaram de atos contra o impeachment, e nada ter sido feito contra os que participaram ostensivamente dos atos a favor. Mas, enfim, esta é a cara do MPF.

Em São Paulo, Thameia transformou-se em figura fácil de programas nitidamente partidários.

Em participação recente no Roda Viva, a procuradora expôs todo o Ministério Público, ao receber lições de direito de um jornalista. Sua reação foi ir ao programa da notória Joyce Hasselman, para poder distribuir afirmações taxativas sem risco de ser questionada, ocasião em que atacou o STF (Supremo Tribunal Federal), apontando-o como risco à Lava Jato.

No programa Pânico, da Jovem Pan, ela se permite criticar o hermetismo dos Ministros do Supremo, ou, como diz o apresentador do programa, “dos veinhos que ficam votando”.

Nesses tempos de Lava Jato, o Ministério Público Federal foi afetado de várias maneiras.

Primeiro, o jogo político, no qual os principais lances eram casados com eventos políticos. Depois, o protagonismo indesculpável de procuradores, se colocando como heróis nacionais e se apropriando (inclusive monetariamente, através de palestras) dos benefícios de uma investigação que era mérito das prerrogativas constitucionais do MPF. Some-se a atuação política indevida, com pregações em redes sociais, rádios e TVs. Finalmente, o vazamento escandaloso de informações visando conquistar espaço junto aos veículos de comunicação.

Com exceção dos vazamentos – porque, a rigor, não há ainda o que ser vazado – a procuradora Thameia simboliza todos os vícios desse MPF, o salvacionismo, o ativismo político, a figura fácil em programas de rádio e TV.

É cautelosa apenas nos elogios aos seus chefes presentes e futuros. É significativa a maneira como elogia o chefe que sai, Rodrigo Janot, e, mais ainda, a chefe que entra, Raquel Dodge.

Nos elogios ou nas críticas denota um tipo de personagem público que se pretendia superado depois dos intocáveis de Curitiba, com suas conduções coercitivas espetaculosas, divulgação de conversas íntimas, imposição de humilhações públicas a pessoas e um facciosismo desmoralizante para o MPF. Mais uma vez se verá os episódios canhestros de um MPF a reboque dos MBLs da vida.

Fernando Brito:

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  • É o "BBB JUSTICEIRO" ou o "BBB INQUISITORIAL"?
    Vai ter edredon para as funções por baixo dos panos?

  • Somente agora há pouco vi a surra que essa mulher levou de Reinaldo Azevedo, o autor do termo petralha, quando era empregado de Veja, e não dormia sem pensar no que faria dia posterior para defender tucanos e desconstruir petistas. Mudou, não de lado, mas de tom, talvez para mandar recados aos antigos patrões sobre o que mudou nele, que é muito mais confundir quem o acompanhava, do que defender esse ou aquele petralha. De todo modo, no programa Roda Viva, nem mesmo o apresentador, que incita os debatedores a ficarem na mesma tecla, de esculhambar o PT, nem mesmo augusto Nunes interrompeu Reinaldo, que disse o que queria, e deixou, com clareza, a procuradora numa baita saia juta.

    • A procuradora está mais para atora morcego, ou seja o conhecimento dela quando se trata de enganar os paulistas e defender os tucanos canalhas como esse canalha Augusto Nunes jornalista igualzinho ao Reinaldo Azevedo e uma gama de irresponsável de grupos de mídia tucana.

  • Esperar o que, quando a turminha com complexo de vira-lata recebe acima de 40mil por mes? E' a cara da justica mais cara do planeta no reino da globolandia, uma fabrica de midiotas sonhando ser um dia classe merdia alta.

  • Quando a maioria desses incautos descobrir quem é moro e a quem ele serve ( A "rede esgoto" e aos EUA), vão tudo correr pra apagar essa fotos com ele no Facebook e instagram, assim como fizeram com aecio, tudo com "cara de madalena arrependida"!

  • Ela é uma deslumbrada com a mídia. Tecnicismo ou tecnicinismo?
    Sentença ruim, de baixa qualidade técnica e que só mostra o despreparo técnico do superjuiz. Na certa na hora de estudar, ele estava arrumando o cabelo para aparecer na TV e se olhando no telão igual o CR7.
    A vaidade dele chega a lua.

  • Vem aí mais uma novela de abusos, transgressões e arbitrariedades. Já estão anunciando pequenos fragmentos dos alvos desejados e com afirmações categóricas da certeza de que as delações tem provas robustas.

  • A justiça brasileira tem que ser extinta pq ninguém acredita mais, o ceará está dando o primeiro passo, extinguindo o TCM, o Brasil vejam tribunal do MATO GROSSO DO SUL, criou um plantão para soltar um traficante de drogas filho de desembargadora, O MPF tem que ser extinto, eu já falava isso naquela pec, que colocaria em pauta a discussão, pq todos são suspeitos, temos que arguir suspeição do judiciario brasileiro temos que ser julgados por tribunais internacionais que são isentos.

  • Essa promotora faz muito bem o tipo "bonitinha, mas ordinária!"

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