É coisa de filme de faroeste.
João Doria, no duelo de pistoleiros, sacou mais rápido e apadrinhou a vacinação da enfermeira Monica Calazans, de 54 anos, como a primeira brasileira a receber, em território nacional, uma vacina contra o coronavírus.
Não devemos nos preocupar com a quase certa furiosa reação do governo federal.
Será urro de perdedor.
É um grande passo positivo a decisão da Anvisa de liberar a aplicação das vacinas Coronavac e as , quem sabe e talvez, importadas do Instituto Serum, da Índia. flexibilizando uma aplicação mecânica de seus protocolos e considerando expressamente que “não há terapêutica” para a Covid 19 – uma bofetada em Jair Bolsonaro e no general da Saúde Eduardo Pazuello, inclusive pela fala do Almirante-presidente da Agência em favor do uso de máscara e do distanciamento social.
Na prática, portanto, a única que existe de fato: a vacina chinesa trazida em cooperação com o Instituto Butantan, ainda sujeita, porém, à assinatura de um compromisso que faça o laboratório paulista assinar um compromisso de fazer a comunicação dos estudos de imunogenicidade – algo perto da duração dos anticorpos gerados pela vacina – o que é coisa de algumas horas, não mais.
Questionamentos jurídicos vão esbarrar na tecnicalidade de que a primeira vacinada, que fazia parte do grupo controle (placebo) dos ensaios com a Coronavac e, francamente, vão resultar em nada.
Eduardo Pazuello, se é que isso é possível, ficará com mais cara de idiota.
A vacina, agora já aplicada, precisa ser acelerada e para isso depende de que o governo, em lugar de seu festival de improvisos, pressione a entrega, incerta e sem data, dos insumos para que a Fiocruz – que perdeu tempo e prestígio com o inexplicável arranjo da imaginária importação de vacinas indianas – possa produzir vacinas aos milhões.