Flávio Costa e Vinícius Konchinski, no UOL, revelam trechos de relatório da Polícia Federal onde se acusa a Polícia Civil do Rio de Janeiro – e o delegado Rivaldo Barbosa – de ter “utilizado dos cargos e da lotação para ganhos ilícitos”.
A suspeita vem, basicamente, do diálogo supostamente gravado do vereador Marcello Siciliano e o Jorge Alberto Moreth, o Beto Bomba, chefe de uma das milícias que atuam na Zona Oeste do Rio:
Sicilliano: Mas quem estava na sacanagem era o Rivaldo, né? Ou era o Giniton?
Beto Bomba: Isso aí, é o Rivaldo Barbosa, é ele que levou quatrocentos cruzeiros, chefe. Foi quatrocentos cruzeiro, pô, tô te falando! Na hora que eles viram que ia babar, que o bagulho deu muita repercussão, o troço falhou, o troço ficou cara para caralho! Porque, chefe, quem rodar neste bagulho de Marielle vai para Catanduvas [presídio federal no Paraná] e vai ser esquecido, meu irmão! Porra, tô te falando, papo reto. Entendeu? (…)
Beto Bomba: Chefe, quem levou o dinheiro para eles, para esse delegado [Rivaldo Barbosa], foi um inspetor que trabalha com o delegado. Não foi nem o delegado que recebeu o dinheiro em mãos.
Sicilliano: Foi o Marcos?
Beto Bomba: Isso aí, foi o inspetor que levou para ele o dinheiro! Das duas vezes.
A tudo isso, o grupo de promotores responde apenas que “todas as informações contidas estão sendo rigorosamente checadas e investigadas nos procedimentos relacionados ao caso Marielle Franco e Anderson Gomes que tramitam sob sigilo”.
Que sigilo? Um sigilo seletivo, onde vazam barris de imundície por todo lado e em todas as direções e onde já não se tem confiança nas autoridades envolvidas na apuração?
Nada mais pode devolver credibilidade neste caso senão a abertura de todos as informações contida nos processo e nas investigações paralelas que se desenvolvem, exceto aquilo que possa ser sensível e acarretar risco à integridade das pessoas – como, aliás, a identificação do porteiro e de sua moradia, feita pela Veja, há dois dias.
Não é manter o caso “estadual” ou federalizá-lo, é abrir ao conhecimento público esta fossa em que polícia, milícia e poder se unem e da qual só tomamos conhecimento pelas emanações podres que vazam dela.
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A partir de tuíte da fotojornalista Gabriela Biló, do Estado de S.Paulo.
Vamos ter cuidado, A PF de Moro pode está colocando casca de bananas pra esconder os bozos. Quem hoje acredita na Polícia Política Federal (PPF) ?
Essa história de agora deve ser mais uma cortina de fumaça para tentar salvar moradores daquele condomínio, Vivendas da Barra.
Mania de todo mundo de usar ONDE em tudo que é texto. ONDE só se usa quando se refere a LUGAR, só!!! Fora disso, usa-se EM QUE, NO QUAL, NA QUAL... Eu, hein.
O congresso deve abrir uma cpi para acompanhar a investigação, está provado que os responsáveis pelo inquérito não tem nenhuma pressa ou interesse em elucidar esse crime.
O câncer do Brasil, é essa grande mídia podre , que só sai atrás de procurar cabelo em sapo, se esse for pra ela, de esquerda. Cadê que o' Fantástico ' nunca mandou entrevistar o sargento dos 39kg de cocaína? Nunca foi até a casa do Queiroz ouvi -lo? Nunca investigou à fundo a morte de Marielle? Os vizinhos do Bozo que escondiam armas pesadas em casa? Agora com Lula e Dilma, era diferente . São uns lacaios da direita servil, lambe botas e anti Brasil. Da nojo essa parcialidade!
O caso de Marielle e da juíza Patrícia Acioli tem uma diferença absurda: No caso da juíza houve empenho em descobrir os assassinos e no caso de Marielle existe uma máfia dentro das instituições empenhada em ocultar tudo. Na época em que a juíza foi morta a policia - na ausência de câmeras de segurança
- cruzaram linhas telefônicas de mais de um milhão de usuários que passaram pelo local durante um mês; houve um intenso trabalho para chegarem aos assassinos; no caso Mariele e Anderson cada vez que algum indivíduo é revelado e descobrem que o mesmo tem ligação com os Bolsonaro as investigações param e tudo volta à estava zero... Impressionante.