Nova delação torna mais estranhas as histórias da Odebrecht

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Destaque nos jornais de hoje, a delação  do ex-executivo da Odebrecht  Fernando Migliaccio, um dos responsáveis pelo departamento de Operações Estruturadas da Odebrecht -a área da companhia responsável pela distribuição de propina – traz mais indagações sobre a veracidade do que a empreiteira oferece como prova de suas trampolinagens.

Migliaccio diz que em 2014 – “antes de julho” – Marcelo Odebrecht mandou seus auxiliares envolvidos na manipulação destes recursos para o exterior, por medo de que fossem alcançados pelas investigações, bancando o custos de suas expatriações e os de suas famílias.

Trata-se de algo que pode facilmente ser comprovado ou desmentido com um simples exame dos passaportes dos envolvidos e de seus familiares. Talvez nem isso precise, porque as saídas do país ficam registradas nos computadores da Polícia Federal.

Suponhamos que Migliaccio esteja dizendo a verdade, embora seja estranho que, como ele diz, tenha ido para o estrangeiro, assim como Hilberto Silva, seu chefe, e Luiz Eduardo Soares mas que “independentemente das alocações geográficas dos envolvidos, o Setor de Operações Estruturadas continuou a funcionar normalmente, continuando-se os pagamentos”.

Se tudo continua funcionando dentro do Brasil, para que montar complicadas operações de levar executivos e famílias – no meio do ano – para o exterior e deixar aqui até o final de fevereiro de 2016 – quase dois anos depois – as cópias das planilhas onde, em tese, eram registradas as propinas pagas a partidos e a políticos?

Já era estranho conservarem estas planilhas com Marcelo Odebrecht preso desde junho de 2015, mais ainda fica quando se passa a saber que um ano antes ele já tinha a preocupação em eliminar vestígios da propinagem.

Um dia, pena que muito distante, vamos saber o quanto de podridões e armações existem dentro deste processo de delação que, aliás, é muito lucrativo, como mostra hoje Luís Nassif.

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6 respostas

  1. As delações são mais fajutas que a fajutagem das delações, ou o vice-versa.
    Delatores e inquisitores enrolados em uma corrupta inquisição.
    Corruptos e canalhas.
    Que desgraça estes senhores promovem. Destroem o país. E lhe roubam.

  2. Ainda bem que “Jesus não tem dentes no país dos banguelas”.
    Assim a “coxinhada” pira…KKKKKKKKKKKKKKKKKK
    LEMBRANDO O ÁUDIO da Mariana Fux…KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

  3. A única certeza que temos é que a mentira, desde remotas épocas, não se sustenta por muito tempo. Mentem tanto que acabam tropeçando na teia por eles mesmos armadas. Taí o Vaccari, sendo absolvido no caso Bancoop. Para desespero dos coxinhas/trouxinhas/patinhos/bobinhos.

  4. Nos temos que acreditar na turma dos verdadeiros chefes da quadrilha, Emilio e Marcelo?… e tudo orquestrado!, a situacao e gravissima, prrestem atencao foi tudo planejado deve existir alguma razao para iss0, o jeito e investigar!

  5. O Estadão já tem o placar do julgamento da Chapa Dilma-Temer. Está quentinho na chapa. Dilma se tornará inelegível e Temer seguirá seu reinado tranquilo rumo ao desmonte do patrimônio nacional e dos direitos de cento e noventa milhões de brasileiros otários e feitos de palhaço mais uma vez por ele e pela politicagem de Brasília, congressual e judiciária. Para refletir: Quanto vale um juiz político? Para mim vale tanto quanto o partido que ele milita e defende.

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