Tal como aconteceu no último aumento da gasolina e do diesel, a Petrobras deu ontem a senha para a remarcação dos preços, ao anunciar que não poderá atender aos pedidos das distribuidoras no mês de dezembro, por estes estarem em volume “atípico”.
Traduzindo: as distribuidoras estão pedindo mais combustível nas refinarias da estatal porque o preço de importação é mais caro que o pago aqui, no parque de refino nacional.
Nada imprevisto, até porque no dia 1° de novembro Jair Bolsonaro disse, em Roma, que “foi avisado pela Petrobras extraoficialmente que a empresa fará novo reajuste de combustíveis nas refinarias em cerca de 20 dias“.
O preço médio nas bombas subiu 6,46% na primeira quinzena de novembro, ficando em 6,98 reais por litro, segundo levantamento realizado pela ValeCard, uma empresa de cartões de abastecimento, divulgado na quarta-feira.
Portanto, provavelmente teremos em todo o país um preço superior a R$ 7 e, em alguns postos, até a R$ 9.
Ponto para a inflação, que deve repetir, este mês, o 1% em que vem se sustentando há dois meses.
O preço do petróleo, que caiu quase 10% desde o início do mês não aliviou a situação, porque o câmbio continua salgado, depois de ameaçar uma queda.