Sim, eles existem.
Em 2016 brasileiros perguntados pela pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (íntegra), há 20 (1%) que acham “ótima”a situação econômica brasileira, como acha o ministro da Economia, Paulo Guedes, que repete o espantoso mantra de que “a economia está voando”.
Somados aos que acham “boa”, chegam a 8%, o que deve ser mais ou menos a percentagem daqueles para quem o cinto nunca aperta.
Do outro lado, 70% acham que as coisas andam ruins ou péssimas e que, portanto, tendem a escolher um caminho de mudança, até porque só um terço dos brasileiros creem que a economia vá se recuperar em menos de um ano, isto é, até as eleições.
E estão, provavelmente, certos, porque o patamar das expectativas econômicas de comércio e indústrias vêm consolidando uma tendência de baixa (e, portanto, desestimulando investimentos) e mesmo o setor de serviços, o mais afetado pela retração da pandemia, perdeu o vigor que demonstrava até agosto.
É certo que algum alívio pode ser registrado com o aumento dos valor pagos pelo Bola Família rebatizado de Auxílio Brasil. Mas isso, sozinho, está longe de ter o poder de impulsionar a economia, porque não há qualquer rumo ou programa para que haja segurança para investidores privados e muito menos recursos para investimentos públicos.
Com inflação e juros altos, nem pensar em decisões de médio e longo prazo e o dinheiro se conserva na especulação, onde não produz nada, senão instabilidade econômica.
Como diz Jair Bolsonaro, nada é tão ruim que não possa piorar.