Depois que vi o filme Tubarão, do Spielberg, ainda no Cine Brasil, que hoje é uma loja de eletroeletrônicos, passei um bom tempo sem entrar no mar de Imbé.
Esse tipo de filme, que era uma novidade na época, mexia com a nossa imaginação.
Acho que o primeiro longa-metragem do gênero filme-catástrofe foi Aeroporto, de 1970, que tinha no elenco Burt Lancaster e Jacqueline Bisset.
Cinema catástrofe é um gênero cinematográfico que mistura três elementos principais: enredo apocalíptico, apelo melodramático e cenas de ação, de preferência com efeitos especiais que enfatizem o clima de tensão.
A gente torcia pelos protagonistas, como se fossem nossos verdadeiros heróis. A gente odiava os antagonistas, fossem eles: tubarões, incêndios, serpentes gigantes, monstros, piranhas ou um vulcão.
O mais odioso, no entanto, era atitude daqueles personagens secundários que atrapalhavam a ação de combate ao verdadeiro problema.
Esses coadjuvantes, que a partir de agora vamos tratar por “coxinhas”, eram sempre pessoas gananciosas que temiam perder poder, dinheiro e prestígio. Mesmo que a causa fosse algo que pudesse matar a todos. O coxinha sempre reluta em ver o real perigo, pois só consegue ver diante dos olhos os seus próprios interesses.
Com alguma habilidade, eles confundiam a opinião pública, destorciam os fatos e acabavam conseguindo criar uma onda de ódio contra, justamente, quem poderia salvar a todos.
A maior parte do filme ficava nessa tensão.
Em, “O Tubarão”, o policial que tenta alertar a todos do perigo, diz o quanto o inimigo é ardiloso e como se deve fazer para destruí-lo. Ele é chamado de neurótico e chega a ser destituído do cargo.
Grande parte da população fica contra o personagem principal, dizem impropérios, xingam e sentem muita raiva. Até que o tubarão começa a fazer suas vítimas.
Em alguns filmes-catástrofe o protagonista consegue salvar muita gente.
Normalmente, os coxinhas aparecem no final do filme sendo engolidos pelo vulcão ou tubarão ou serpente gigante.
Eles têm olhos arregalados e cara de pavor.
Mas é tarde. Tarde para amar.
View Comments (25)
Hoje este sítio ultrapassou todas as espectativas, textos cabais, vide Mino Carta e agora o Jari, analogias perfeitas um real retrato do Brasil com seus nefastos coxinhas e seus monstruosos coleguinhas da casa grande. Excelente.
Excelente analogia. desta vez o tubarão já devorou um bocado do nosso futuro.
simples mas do caralho .parabens blogueiro.
Hey Fernanado agora os trolls somem!
Muito bom, Brito. Como bem alguém já disse, bela analogia.
Analogia perfeita! Mais claro, impossível. Tanto é, que doeu no fígado de uns quantos que comentaram via face...
Acho que ele está mais para Freddy Krueger, de "A hora do pesadelo" (para o Brasil, é claro).
Você ou algum dos chamados "blog sujos" receberam algo do Alckmin? Por que a midia recebeu muito.
No ano de 2015, a empresa O Estado de São Paulo, que publica o jornal O Estado de S. Paulo, recebeu R$ 1.173.910,43 dos cofres públicos paulistas, mais especificamente vindos da Secretaria da Educação, por meio da Fundação para o Desenvolvimento para a Educação (FDE).
Pelos mesmos caminhos, a empresa Folha da Manhã, dona do jornal Folha de S.Paulo, recebeu R$ 1.163.610,83. A Abril Comunicações, da revista Veja, foi aquinhoada com R$ 557.600,40. Para a Editora Globo, publicadora da revista Época, foram R$ 480.548,30. Os dados são oficiais e podem ser conferidos na imagem ao fim deste post.
Em sua página dentro do portal do governo estadual paulista, a FDE é apresentada como "responsável por viabilizar a execução das políticas educacionais definidas pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, implantando e gerindo programas, projetos e ações destinadas a garantir o bom funcionamento, o crescimento e o aprimoramento da rede pública estadual de ensino". E o MP, Janot e Moro não tem nada com isso.
Do blog da Helena
Para refletir o que é o Brasil
http://www.redebrasilatual.com.br/blogs/helena/2016/02/alckmin-usou-em-2015-r-3-37-milhoes-da-educacao-em-assinaturas-de-jornais-e-revistas-dos-amigos-6541.html
Valeu Brito pela analogia perfeita.
Especialmente pela associação de tubarão, que na linguagem popular significa ricaços.
Os coxinhas não perdem por esperar. E o pior que nem poderão fugir para Miami, pois
la encontraram o governo "petista" do Sanders.
Hehehe....
Não foi o Brito....foi o Jari o tolerante com a intolerância. ..
Não foi Brito e sim o Jari"racistas também amam" Rocha. Filmes velhos analogia velha.
Eu era da época que comprávamos coxinha nos cestos dos vendedores, logo após uma sessão de cinema.
Hoje esta versão mais globalizada dela, a transforma numa coisa mais robusta, inchada, quase disforme.
Mas não tem coisa melhor para figurar o " COXINHA".
Parabens...não vou conseguir olhar para o mar sem ver as pontas dos coxinhas..