• Fernando Brito in Geral

O Brasil do emprego ainda não é o Brasil da justiça

Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra Domiciliar, a PNAD, divulgados hoje pelo IBGE mostram, ao mesmo tempo, o quanto e o quão pouco o Brasil avançou na dignidade com que trata os seus filhos.

O gráfico aí de cima mostra que há mais trabalho, confirmando em escala nacional os levantamentos do IBGE realizados nas regiões metropolitanas.

Temos o percentual mais baixo de desempregados da série histórica medida pela instituição.

Reverteu-se, com grande esforço, a obra desumana do período Fernando Henrique – e de outros, antes dele – que transformara o Brasil num país onde os trabalhadores andavam pelas ruas à procura de um improvável cartaz oferecendo alguma vaga para trabalhar.

Mas, de outro lado, a desaceleração do crescimento da economia aumentou a injustiça na distribuição da renda nacional.

Cada pessoa que 1% mais rico da população, ganhava 84 vezes o rendimento médio daqueles que integravam os 10% mais pobres, em 2011. Em 2012, essa relação passou a 87 vezes.

Mas não pensem que estes 1% são o Neymar ou o Eike Batista, não. A renda média dos 1% mais ricos deste país anda na faixa dos R$ 18,9 mil mensais.

Escandaloso é que os 10% mais pobres tenham uma renda média de apenas R$ 212.

Além de mostrar como não se pode pensar senão em ampliar os mecanismos de transferência para este grupo, isso comprova que temos o dever de reacelerar, já, a expansão da economia.

Crise pode não ser boa para os ricos, mas é ruim, mesmo, e muito mais, para os pobres.

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Fernando Brito:

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  • Só quem não se comove com a miséria é que não percebe o mal que isto causa.
    Além de comida temos de disseminar a educação, ela é que liberta.
    Vi programa que entrevistou Elke Maravilha, me pareceu ótima pessoas. Segundo ela seu pai lhe disse ainda pequena : "O pais que não da instrução (porque educação se dá em casa) não sabe o preço da ignorância."

  • Pra ser mais honesto, o grafico devia começar de zero, e não de seis. Ele passa impressão que dilma quase acabou com o desemprego. Quando na verdade o desemprego é 2 vezes maior , do que ela reduziu.

  • Para acelerar, basta o governo criar mais estatais e aumentar a área de atuação das atuais. Por exemplo, com a telebrás oferecendo serviços de telefonia, celular, tv a cabo e internete ao consumidor doméstico e empresas.

    Se o governo ficar esperando os empresários aumentarem o investimento, ao invés dos preços, deve esperar sentado, pois os investimentos viram assim que os bancos privados resolverem baixar os juros, ou seja, NUNCA!

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