O dedo de FHC, o porto de Cuba e as hidrelétricas do Aécio

Parece inacreditável, mas a tucanagem inconformada entra no Tijolaço, até hoje, para dizer que a foto onde Fernando Henrique aperta as mãos de Hugo Chávez e de Fidel Castro é uma montagem…

Não riam, por favor, mas eles dizem que era o Lula, porque faltaria “um dedinho” na mão de FHC.

Vá lá no post e veja que coisa de doido os comentários…

Para desespero da tucanagem, fui buscar outra foto, tirada segundos antes, para que possam ficar bem tristes com a verdade: a de que o Brasil de Fernando Henrique – como era correto – também fez negócios  com Cuba e Venezuela, inclusive.

Mas se eles não se contentam com isso, que tal buscarem uma explicação para que a Cemig, do governo do PSDB de Minas, cujo titular, Antonio Anastasia, é o responsável pelo programa de Aécio Neves, estar comprando usinas elétricas na Colômbia?

E  não é para exportar energia para o Brasil.

Pois está disputando a compra do controle acionário da Isagen, estatal colombiana que tem seis hidrelétricas e, “pior”, ainda fornece eletricidade para aqueles “vermelhos” da Venezuela…

Mas a venda da Isagen não saiu, porque o presidente colombiano foi fazer a venda sem autorização específica do Congresso.

E a Justiça suspendeu o negócio.

Aqui, Fernando Henrique nunca precisou disso, já tinha um cheque em branco para vender o que quisesse.

Não estou dizendo que a compra da Isagen seja um mau negócio, porque não deve ser.

E muito menos que o governo brasileiro – incluindo aí as estatais estaduais – faça negócios com países latino-americanos.

Mas é bom lembrar que a Cemig vai devolver, a partir do ano que vem, várias usinas no Brasil, simplesmente porque não quis aceitar as regras do barateamento da eletricidade baixadas por Dilma, cujo acatamento prorrogaria suas concessões.

A tucanagem, em lugar de ficar contando dedos, devia era explicar como a Cemig tira – e muito – do consumidor mineiro para investir nos colombianos e venezuelanos.

Talvez porque o neoliberalismo continue mandando na Colômbia e o lucro seja mais fácil, será?

Fernando Brito:

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