O governo do “me engana que eu gosto”

Ontem, na abertura do ano legislativo, a mensagem de Michel Temer punha a reforma da Previdência (que a esta altura ninguém mais sabe o que tem e o que não tem) nos píncaros das prioridades nacionais.

Idem fez Rodrigo Maia, presidente da Câmara, jurando que não disse o que todo mundo sabe que disse: que a reforma nem deve ser votada, porque não passa.

Já Eunício de Oliveira, presidente do Senado, teceu loas a um Plano Nacional de Segurança Pública que está prometido desde que, há mais de um ano, cortaram cabeças nos presídios e ninguém sabe e ninguém viu.

O ministro – com licença de usar a palavra antes do almoço – Carlos Marun diz que o governo não vai sugerir a troca do nome de Cristiane Brasil ao PTB, enquanto imploram a Roberto Jefferson para ceder e evitar o inevitável e incrível caso da ministra que não foi sem nunca ter sido.

O Banco Central abre a reunião do Copom com todos esperando que ele baixe mais um pouco a taxa de juros do “mercadão” – porque a do “mercadinho” dos viventes normais, no cartão, no  cheque especial ou no CDC cobra, num mês, mais do que a Selic de um ano. Espera, mesmo contra todas as evidências de que os juros internacionais estão subindo, por conta dos EUA.

E assim vamos sonhando um sonho que só existe em Brasília, na elite dirigente e nos jornais brasileiros.

Do qual, talvez, tenhamos de acordar com aquela campainha que abre o pregão na Bolsa de Nova York.

Lá, onde fica o centro do mundo.

Fernando Brito:

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  • O Banco Central abre a reunião do Copom com todos esperando que ele baixe mais um pouco a taxa de juros do “mercadão” – porque a do “mercadinho” dos viventes normais, no cartão, no cheque especial ou no CDC cobra, num mês, mais do que a Selic de um ano. Espera, mesmo contra todas as evidências de que os juros internacionais estão subindo, por conta dos EUA. Esse e o País Real. Tudo que querem e prender o Lula. Que depressão!

  • Um país com 220 milhões de pessoas nas mão de um governo- judiciário-mídia compostos por pessoas infames, patrimonialistas e da mais alta periculosidade Náo sabemos o que ocorrerá nesta ano de 2018 mas caminhamos para o abismo.

  • Tem um certo ai que se achava um deslumbramento. Agora descobre-se que cagou na entrada no meio e no final também e sentou em cima. Quem lembrar o nome do ditoso infame ganha um picolé (no rabo , junto com o cabo da caçarola (já) enfiada) no c....
    Eu "gostio"

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