O ‘nazimarketing’ de Doria saiu pela culatra

A cobertura jornalistica da barbárie de domingo em São Paulo , somada à notícia de que Doria pediu à Justiça para autoriza-lo a recolher, à força e indiscriminadamente, supostos dependentes de crack, apagou completamente o brilho que o prefeito de São Paulo pretendia ter com a exploração deste drama social.

Primeiro, depois de ser escorraçado, junto com Geraldo Alckmin da imprudência de ir dar entrevista no meio de um lugar conflagrado, teve de ouvir – depois, em novo contato com a imprensa- o próprio governador dizer, diante dele, que não existe a internação compulsória como alternativa a drogados. Alckmin é medido. Doria, quem sabe, poderia ser um aspirante a Mengele.

Depois, durante todo o dia, a TV e os jornais mostraram os habitantes dos prédios que tiveram paredes demolidas e portas emparedadas. Não eram “cracudos”, mas pobres que habitam essa parte degradada do centro de São Paulo, alguns deles acordados com paredes caindo sobre a cama.

Agora cedo, mais dois diretos no queixo do marqueteiro: os viciados apenas se mudaram para um lugar, a poucas centenas de metros da “Cracolância”, mostrando que este tipo de demagogia apenas transfere o problema para outro lugar. E, numa atitude decente, Patricia Bezerra, Secretária de Direitos Humanos, entregou o cargo, indignada com a ação da Prefeitura.

Claro que há uma fração dos paulistanos que está aplaudindo, como aplaudiria qualquer ato de violência contra os miseráveis, que para eles não são seres humanos. Mas é a turma que Doria já divide com Jair Bolsonaro e deixa o prefeito em situação desconfortável na elite supostamente civilizada, que não gosta de ser vista como feroz assim.

Prefere um “projeto social” promocional.

Fernando Brito:

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  • Com tudo que está acontecendo no pais, como pode um político, adotar tais práticas. É uma convicção de que a percepção do eleitor, não mudou, em relação a avaliação do mesmo.

  • O dia que São Paulo acordar verá que está mais para Bangladesh que para Manhattan...

  • O prefake gray está querendo fazer campos de concentração em Sampa ? É um nazista escroto.

  • Dória entrou pelo cano de vez e nem precisou de seis meses de gestão. Boa parte de seu eleitorado achava "chique" ter um prefeito com jeito de bom moço, claramente de direita porém fazendo o figurino simpático e sorridente. Seria um Alckmin mais novo e com a atração irresistível do auto-marketing, acreditava essa parcela do eleitorado besta aqui de SP. Ao igualar suas ações ao discurso violento do bolsonaro, ele acaba de virar eventual futuro candidato a vice do bolso...e olhe lá.

    • Bolsonaro SUMIU. depois que explodiu a bomba da JBS. será deputado federal de novo.

    • Só se for para os 20% da população que votou no CAGADD , pois São Paulo em peso e boa parte do Brasil estao com Dória.

  • Parafraseando um amigo: "Queria Dória descentralizar a virada cultural, acabar com a cracolândia. Acabou com a virada e descentralizou a cracolândia."

  • Bom dia,

    o mais engraçado que quando é pobre é drogado, rico dependente químico? A classe rica de SP, junto com as demais do Brasil que se droga com seus LSD, Barbitúricos, comprimidos, cocaína e demais drogas licitas que consegue com seu Médico de confiança!.. Só pergunta para Aécio de quem era o Helicocca? Essas pessoas precisa de ajuda humanitária e não porrada da policia e desse prefeitinho de Sp que era braço direito de PC farias.

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