Deram-se os primeiros passes, obvios, para a aprovação da nova CPMF no Congresso, ao preço, também obvio, de fazer a alíquota voltar aos 0,38% instituídos por Fernando Henrique na sua criação, em 1996, para viger em 1997.
É esta a divisão com os governadores – todos eles às voltas com deficits, como o governo federal (uma boa prova de que o deficit não vem de qualquer delirante gastança do governo petista, mas da queda das receitas) – que estava “telegrafada” quando Levy falou no “apenas dois milésimos”.
Todos os governadores – tucanos e peemedebistas à frente – precisam de receita extra, mais ainda porque, sem escândalo na mídia, seus orçamentos, ao contrário do federal, não “esperaram” 2015 para tornarem-se negativos. O “competentíssimo” Geraldo Alckmin, por exemplo, entra no seu quinto ano de déficit orçamentário, sem que qualquer jornal tenha feito alarde sobre isso.
O Orçamento paulista só “fecha” graças a operações de crédito, internas e externas, que passaram de R$ 1,2 bilhão em 2011 para R$ 10,5 bilhões em 2015.
O passo seguinte, como se disse ontem, será o de criar um piso, abaixo do qual não incidirá a CPMF, uma providência obvia que tem pouca repercussão prática sobre a arrecadação e deveria ter sido anunciada já na primeira hora, negociando-se, a seguir, seu valor. Como no fator previdenciário, porém, a vocação despolitizadora do Governo Federal deixará a outros fazê-lo, porque sua obsessão de se provar capaz de arrocho aos olhos do “mercado” o faz esquecer de que mortal para ele é deixar que acabe de se esvair sua ligação com o povão.
Se as bancadas estaduais seguirão o desejo dos governadores e aprovarão a nova CPMF é algo ainda a ver. Os alinhados a Aécio Neves e o DEM certamente que não. E haverá, tão certo quanto, o preço a pagar a Eduardo Cunha e Renan Calheiros.
Ontem, ao escutar no rádio a transmissão do anúncio das medidas e a entrevista que se seguiu, não me surpreendi com a mal contida raiva dos repórteres com seus corações e mentes dominados pelo sentimento conservador de que imposto é ruim e é roubo, mas estranhei os argumentos tolos sobre “ficar tudo para a União” e, sobretudo, sobre a perplexidade com que perguntavam porque não antes do rebaixamento da nota de risco do Brasil pela Standard& Poor’s.
É primário compreender que isso mexeu em algo muito importante para o “mercado”, mais importante do que comida, estradas, usinas, ferrovias, portos, progresso.
Mexeu no rentismo, na imensa capacidade que tem o setor financeiro de pensar a economia brasileira como um mercado de varejo.
Boa parte da “batalha do impeachment” será travada na votação das medidas econômicas. Perder é caminho aberto para, em seguida e com ou sem motivo fático, destituir-se a Presidenta. É bom que a esquerda tenha isso bem claro.
Como tenha claro que preço da vitória, afinal, será o de vencer para não mudar.
E o de perder, o da ruptura institucional e o imponderável que se seguirá, com mais, muito mais arrocho do que este que o pacote propõe.
Tivemos, de outubro para cá, a nossa Grécia tupiniquim.
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DENÚNCIA-Pau que dá em Francisco é balela,todos os envolvidos em liberdade:"A Justiça Federal mandou soltar os quatro acusados de envolvimento no transporte de quase meia tonelada de pasta base de cocaína em um helicóptero da família Perrella, no interior Espírito Santo. A aeronave foi apreendida em uma fazenda no município de Afonso Cláudio, na região Serrana, em novembro de 2013. Estão soltos o piloto Rogério Almeida Júnior, o copiloto Alexandre José de Oliveira Júnior e os dois homens que teriam descarregado a droga: Robson Ferreira Dias e Everaldo Lopes de Souza.
Eles foram denunciados por tráfico e associação para o tráfico, mas agora vão responder em liberdade. Também responde ao processo, o dono da fazenda, Elio Rodrigues, mas ele não estava preso. O deputado mineiro Gustavo Perrela, sócio da empresa dona do helicóptero, não foi citado na denúncia. Segundo a Polícia Federal, ele não tem envolvimento no caso."
DENÚNCIA-Pau que dá em Chico funciona:"O Superior Tribunal de Justiça negou recurso de um homem que foi condenado a 4 anos por tráfico de drogas por ter sido flagrado com 0,02 grama de maconha. Essa quantidade - dois centigramas - é menor que um comprimido e, por isso, nem é possível consumi-la. Esta seria a condenação por tráfico com a menor quantidade de droga já registrada no Brasil."
Será que a oposição vai querer assumir o mico? Estou duvidando que exista algum candidato que queira de fato assumir a barafunda, com olimpiadas e eleições no ano que vem.
Temer queimaria o PMDB e a si mesmo.
Aécio queimaria o PSDB e daria de mão beijada para Alkmin.
Vale lembrar que as trapalhadas de Dilma virada para a direita estão dando plataforma para as esquerdas tirando mais uma vez discurso da oposição.
A meu ver o mote das campanhas será desenvolvimento, emprego, segurança social, valorização do salário. Esse blá blá blá de fim da corrupção e moralidade não cola com nenhum politico mais. As reivindicações das passeatas não foram atendidas e tinham cunho humanista. O voto pedia Dilma a esquerda e não a direita.
Segundo o site sonegometro.com, sonegaram-se (roubaram-nos) em 2014 mais de 500 (quinhentos) bilhões de reais. Este ano o roubo, digo, a sonegação já passa de 365 bilhões, segundo o mesmo site. Daí a grita desenfreada contra a CPMF, o imposto mais justo (que deveria ser maior e substituir a outros), pois tira mais de quem mais tem e dificulta a sonegação.
Será que os partidos que defendem o CAOS - braços do Império do Caos - vão lograr seu intento?
BRITO, LENDO ESSE TEXTO (TRECHO QUE SEGUE) FIQUEI EMPOLGADA. NA SUA OPINIÃO NÃO SERÁ ESTE O NOSSO FOCO, SEM ESQUECER DE TRIBUTAR A CONSEQUÊNCIA DESSE PLANO "B" A CULPA DA IMPRENSA E DE PARTIDOS CORRUPTOS QUE QUERER TIRAR DO PODER A PRESIDENTA?
"Golpe do impeachment: dou um boi para não entrar na briga, mas dou uma boiada para não sair dela.
Mas o que fazer se tem tubarão golpista querendo dar o golpe contra as regras democráticas e contra este projeto nacional aprovado nas urnas? Sobra o plano ¨B", que é dar uma boiada para não sair da briga que tentamos evitar.
E o plano "B" é bem mais amplo do que meramente preservar um mandato presidencial. É uma briga que deflagrará uma revolução popular por reformas que modifiquem o sistema de uma vez por todas."
http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com.br/
Claro, claro, vamos pagar mais impostos para continuar sustentando a corrupção e a incompetência do PT. Nenhum das dezenas de milhares de companheiros CCs foi cortado, nenhum centavo das centenas de bilhões dados pelos BNDES às empresas e ditaduras amigas voltou, mas nós temos que pagar por isso. Quem sabe agora a Dilma aprende e se torna competente, talvez ela aprenda até a falar duas frases sem louvar a mandioca ou dizer outra asneira e pare de fugir do povo. É evidente que a CPMF pode ser necessária para tirar o Brasil do atoleiro em que o PT o colocou, mas ela só pode ser aprovada após a renúncia ou o impeachment. Antes, de jeito nenhum.
É isso, Brito. A Dilma abriu mão de condutas políticas na administração do governo federal. Deve achar, como o "grupo da república do paraná" que político é sinônimo de bandido - ao menos um lado do espectro político . Esqueceu ou "foi esquecida"por conhecidos "assessores", de que política é muito, muito mais do que esse toma lá da cá dos achacadores.
Infelizmente há uma burrice de setores do Governo Dilma que até agora permitiram que o PIG falasse sozinho , pior, ainda permitem que o PIG receba dinheiro público em nome da governabilidade.
Eita republicanismo burro este que é seguido por muitos setores do Governo Dilma e por integrantes do PT.
A CPMF é necessária, como é necessária o imposto sobre grandes fortunas que o Governo Dilma poderia propor ao mesmo tempo que escolheu o Levy para ministro,a serviço do Mercado e para ter a confiança do Mercado.
O Governo Dilma tem que falar ao povo, não pode permitir que o PIG fale sozinho e coloque a sua visão como verdade. Que venha a CPMF, que venha a criação de mais níveis na tabela de imposto de renda a pagar mais impostos do que os níveis que ganham menos de cinco mil reais por mês, que venha o fim da Bolsa PIG, que venha o mercado regulatório das comunicações...antes tarde do que nunca.
Perfeito! É lamentável ver a CUT criticando o Levy nessa altura do campeonato. Parecem cegos!