Ao invés de aproveitar o carnaval e tirar férias no exterior ao lado de sua esposa, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, resolveu trabalhar no feriado. Ao lado de sua esposa.
Aproveitando um momento em que a sexualidade dos brasileiros parece explodir, ele decide liderar, em pessoa, uma campanha em favor do uso de preservativo, que ainda é a melhor maneira de se prevenir de doenças sexualmente transmissíveis, como a Aids.
É uma campanha séria e oportuna, ainda mais após estatísticas confirmarem um repique da doença, que tem crescido de forma alarmante junto aos heterossexuais, e atingindo em particular as mulheres.
Imagine o ministro, no meio de uma campanha dessas, aparecendo ao lado de um mulher seminua, que não é sua esposa?
Imagine se a imprensa o flagrasse, como fez com Itamar Franco, ao lado de uma modelo sem roupa íntima?
O próprio ministro tentou explicar à imprensa que teve essa preocupação. Por isso viajou acompanhado de sua esposa. É carnaval, por isso mesmo é prudente e compreensível que o ministro viaje ao lado de sua companheira.
Antes, consultou o departamento jurídico do Ministério, recebendo autorização de levar sua mulher no avião da FAB que usou para se deslocar pelas três capitais onde fez a campanha.
Não adiantou. A Folha, no melhor estilo do sensacionalismo baixo nível, estampa a seguinte manchete na principal página política do jornal:
O problema é que a gente sabe que esse sensacionalismo tem lado. O presidente do STF, Joaquim Barbosa, por exemplo, veio assistir, meses atrás, um jogo de futebol no Rio, acompanhado de familiar, e viajou em jatinho da FAB. Não veio fazer nenhuma campanha contra a Aids, veio se divertir no camarote de Luciano Huck. Não teve nenhuma página inteira contra o ministro.
É fundamental que a nossa imprensa seja crítica ao poder, mas o que temos assistido é um simulacro de crítica. É a escandalização do nada. O que não falta são denúncias de corrupção sérias a serem veiculadas. Denúncias sérias, que os jornais recebem todos os dias, mas que não publicam, não investigam, abafam.
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Uma notícia normal tratada como escândalo. A "Foia" padece da mesma Síndrome que o tem Deputado tucano, o promotor Carlos Sampaio. Ridiculite aguda.
Enquanto isso, tudo normal com o "trensalão" em São Paulo, nada a declarar sobre o "cartel" Siemens e Alston, ou a respeito do mensalão tucano de Minas Gerais.
Claro, vamos no papel atingir Chioro, por tabela atingir Padilha, e indiretamente atingir Dilma, a perdulária que se aproveita de uma parada técnica da aeronave presidencial para se refestelar num hotel e banquetear num restaurante. Brincalhões. Mas sabe come é que é, não dava pra botar uma receita de bolo no lugar sempre reservado para malhar o Governo Federal.
Na falta de matéria, vai uma não matéria.
Sem mencionar a matéria mais do que relevante de que Dilma repetiu uma roupa!! Isso sim, é um escândalo. Mas, damos muita trela para esse povo. Só 6% lêem jornal (coitados), enquanto 47% acessam a internet
Relevância por relevância,, voto na edificante reportagem sobre os pombinhos FHC e não sei quem.
O Príncipe dos Sociólogos continua um incorrigível sedutor.
A Mídia golpista é tão imunda que trata o mensalão tucano como MENSALÃO MINEIRO.
Mensalão mineiro ... E os mineiros não reagem. Gente calma, sô.
Felizmente, quem lê, ainda, a "Falha" são os mesmos, do mesmo lado direitista. Mas isso é bom, porque, com uma notícia que não consegue disfarçar um sensacionalismo pífio, até os direitistas ficarão desanimados com este verdadeiro panfleto... ( sem intenção de ofensa aos panfletistas verdadeiros...).
Notem a manchete "leva mulher",não poderia ser "esposa",dá até impressão que levou uma amante!!!
E viva a lei de imprensa
Isso nao e jornal. E um franco atirador esperando passar alguem do PT, pra fazer coco em cima.
Leiam neste mesmo blog o post "Secom divulga raio-x da mídia brasileira" e veremos a importância que tem a folha na formação de opinião. E se pararmos de repercutir as bobagens por ela publicada sumirá do mapa muito antes do que imaginamos.
Palavras ao vento, é disto que eu falo..
E isto é feito por jornalistas.
Esta é a Profissão que faz isto..
Todos...????
Os jornalistas tem que responder.
A DITABRANDA, ops, folha, tornou-se um jornal cansativo e repetitivo.
Para o jornalismo declaratório - que se transformou a DITABRANDA - as previsões da economia são sempre depreciativas.
A grande maioria das previsões não se concretizam.
E quando a verdade contrária ao jornalismo declaratório surge nas estatísticas, aí a DITABRANDA parte para expressões como "apesar de ", "surpreendentemente",...
São expressões para tentar justificar as previsões erradas e/ou intencionalmente falsas do seu jornalismo declaratório e de seus economistas de plantão.
Para quem apoiou a ditadura - dizendo que foi DITABRANDA - ela só tem um caminho a seguir: o vil jornalismo declaratório.
O ministro esteve, pessoalmente, em todos os canais de TV, na véspera e durante o carnaval, aqui em Salvador. Inclusive naqueles programas às 7h da manhã. Sempre falando da prevenção às DST. A Folha, a cada dia que passa, perde minha atenção. O ministro foi trabalhar, viajando 3 capitais em cinco dias, e não podia levar sua esposa? Ela tinha de ir num vôo comercial, é isso? Ô, gente, vamos cobrar postura das autoridades, sim, mas isso aí já é demais. Cai no descrédito.
Quanto ao camarote, o ministro tinha de divulgar a campanha - como todos viram! - e depois ir se trancar no hotel? Não podia ir ao camarote? Que ridículo. Um certo senador bebum, esse pode se esbaldar no Rio, sem problemas...
E a patetice da abordagem à presidente? Ela, separada, leva a filha certamente para ajudá-la, no mínimo a se vestir, se pentear, maquiar, essas coisas. A moça, uma procuradora federal, é discretíssima, mal se consegue vê-la.
A Folha está de doer!
Eu até concordo com a denuncia que o articulista faz contra a Folha!Devo arrazoar contudo,que este panfleto dos fascistas paulistanos,não tem leitores,senão entre aqueles que apoiaram a última ditadura,e mais alguns que não são naturalmente,analfabetos políticos,senão um bando de reacionários da pior espécie,que estão desesperados por perder seus privilégios históricos!
Não tem jeito, tirando o Jânio de Freitas, não sobra nada de bom naquela porcaria de jornal, feito para os Simpsons.