O tamanho do rombo e o tamanho do arrocho

Henrique Meirelles acaba de anunciar a meta fiscal de R$ 139 bilhões.

Uma parte é claramente um valor que, se necessário, está pronto para ser “arrumado” para mais, se necessário.

O próprio Meirelles deu os números para que não se acredite no que ele diz e, ao mesmo tempo, que o país se apavore com o que serão os cortes feitos nos serviços públicos.

Disse que, mantidas como estão a receita (em queda) e as despesas (em alto), o rombo seria de R$ 270 bilhões.

O que significa que se pretende chegar à metade disso.

Como se conseguirão estes 130 e poucos bilhões?

Meirelles disse que R$ 55 bilhões virão de privatizações. Isso é quase o dobro do que se conseguiria, segundo os próprios cálculos da sua equipe – leia aqui – que estimavam entre “R$ 20 bilhões e R$ 30 bilhões”.

Não se dobra este valor sem colocar ativos de grande porte na pedra para vender.

Nem mesmo colocando à venda áreas do pré-sal, por não há campos semelhantes a Libra ou a Franco que pudessem render valores deste porte, como também não existem aeroportos ou ferrovias gigantes a leiloar.

Mesmo com esta conta, ficam restando R$ 75 a 80 bilhões.

Admitindo que as receitas parem de cair em valores reais – isto é, que subam algo em torno de 8% para compensar as perdas inflacionárias ao níveis em que estão. – e as despesas cresçam apenas em valores nominais, mas não em valores reais (variação zero pelo IPCA), ainda assim a conta não fecha. Não fecha e se arrocha, porque despesas públicas têm um natural crescimento vegetativo que não fica, sem cortes – não apenas arrocho – de 3 a 4%.

A receita líquida do Governo – receita total menos transferências constituicionais obrigatórias – foi, de janeiro a maio deste ano, de cerca de R$ 432 bilhões, isso com queda real de 3%. Com valores estáveis, sem queda inflacionária, seria algo em R$ 445 bilhões.

Mais treze bilhões em cinco meses, o que torna obviamente impossível chegar-se a R$ 75 bilhões em 12 meses.

Isso, considerando que os investimentos fiquem ao nível de hoje: zerados, parados.

Portanto, só há uma forma de atingir estes 75-80 bilhões de superavit arrecadatório: impostos.

Este é o “rolando lero” que se desmascara no discurso do Governo Federal, e a chave da disputa do controle da Câmara dos Deputados, que terá de aprová-los.

E que o nosso “jornalismo de mercado” não vê.

Fernando Brito:

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  • Algum "jornalista" da grande mídia lembrou do mundialmente famoso "Impostômetro" depois do dia 17 de abril? Ou aquela bosta era só para destruir o PT?

  • ATENÇÃO NAÇÃO DO BEM – Urgente

    … O honesto povo trabalhador de bem deste país deve começar, imediatamente, um movimento cívico, democrático, nacionalista e civilizatório nestes termos:
    aproveitar desde o período pré-eleitoral para divulgar e difundir ao povo o nome de todos(as) os(as) candidatos(as) a vereadores(as), prefeitos(as) que apoiam o mais vagabundo &$ descarado golpe de Estado da história mundial.
    Denunciar também todos(as) os(as) ‘dePUTAdos(as)’ &$ senadores(as) &$ governadores(as) também mancomunados(as) com a QUADRILHA da dupla INFAME ‘CU(nha)’/TEMERo$o!
    E que apoiam os(as) candidatos(as) às Câmaras Municipais e prefeituras!
    E não esquecer das siglas partidárias nazigolpistas, terroristas &$, por óbvio, [mega]CORRUPTAS: PSDB, PMDB, DEM, PPS, PSB, PP, Solidariedade do ‘Pauzinho da Força do Dantas’…
    (…)
    E que as ações prossigam por todas as eleições futuras!

    Mãos à obra!
    Mesmo porque a luta contra o nazifasciterrorismo é interminável/inesgotável!
    Mesmo porque, do contrário, ‘nois’ não mais teremos ‘amanhã’!
    Complexo assim!

    Hasta la Victoria Siempre!

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