“O governo Alckmin diz que, se confirmado o cartel, pedirá a punição dos envolvidos. Serra não foi localizado.”
Apenas uma linha, mas é a melhor coisa na matéria publicada hoje pela Folha em que se noticia que os “diários” da Siemens confirmam que o governo de São Paulo avalizou a formação de um cartel entre a multinacional alemã, a Alstom, Bombardier e CAF para a venda de 88 trens ao Metrô e à Companhia Metropolitana de Trens Urbanos.
Como assim “se confirmado”? Geraldo Alckmin é parte inseparável deste processo, pois era o vice de Mário Covas, seu substituto informal desde o final de 2000 e oficial, depois de janeiro de 2001, além de governador entre 2002 e 2006. O período do “acordão” admitido pela Siemens vai até o governo Serra, onde houve outros casos suspeitos com a Alstom, parte da quadrilha empresarial.
Ou seja, o negócio percorre toda a gestão tucana em São Paulo e o dinheiro que ele rendeu foi dado a homens de confiança do tucanato.
A Folha, apesar da manchete de hoje, vem soltando as informações a conta-gotas, embora tenha ótimos repórteres no caso. As informações, essencialmente, já tinha sido dadas pela Istoé, que fez o que a Folha até agora se poupou de fazer: estimar o tamanho do rombo deixado pela negociata: R$ 435 milhões.
São quase oito vezes o que se diz ter sido movimentado no chamado “mensalão”, mas a autoria explica o silêncio.
Porém, como disse ontem o Edu Guimarães, não dá mais para segurar.
Amanhã a Istoé traz outros lances escabrosos do caso.
O “trem-bola” da Siemens atropelou a tucanada.
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Que seja devidamente apurado e, caso confirmado, que sejam executadas as sentenças sem intervenção partidária/governamental.
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O PSDB é muito, mas muito mais poderoso que o PT, Mesmo com o PT no poder.
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